O artigo 102 da Constituição precisa ser reescrito.
Jair Bolsonaro disse que o escolhido para compor a Corte Suprema no lugar de Celso de Mello deve preencher um requisito essencial, além dos previstos da Constituição de possuir “notável saber jurídico e reputação ilibada”. Tem dito a seus interlocutores, segundo informa a coluna de Mônica Bergamo, na Folha, que dever ser alguém que ““toma cerveja comigo no fim de semana”.
O Supremo Tribunal Federal, na visão bolsonarista, deve transformar-se num botequim, onde “a galera” leva tudo no papo e qualquer inconstitucionalidade “sai na urina”.
Passa-se a ter um “relacionamento harmônico entre os poderes” assim, nas libações alcóolicas.
Mas todos sabem que não é raro que conversas ssim terminem com alguém “pagando uma geral”, talvez na base do “acabou, porra!” que já não ficou assim tão para trás. Ou que apareçam um cabo e um soldado para fechar logo a vendinha.
E como fica o país com uma briga de bar, apesar de – solícito como um garçom pela gorgeta – o novo ministro se apresse em passar o pano na mesa onde a cerveja entornou?
Que nada, é só descer mais uma, ou mais duas ou três, que tudo se acalma.
Não tem problema, o povo é quem paga a conta.
A república tornou-se mesmo uma espelunca, não é, Ministro Fux?