Já com certo enfado, os “pitis” de Donald Trump ainda seguram as manchetes do dia no mundo e, aqui, a criminosa atitude da Anvisa em suspende o teste da vacina chinesa e a ameaça de Bolsonaro de fazer Joe Binden sentir “o cheiro de pólvora” garantem igual teor de nonsense aos nossos jornais.
Mas o que vem por aí é pior, muito pior, do que o teatro dos adoradores da morte, prontos para nos acusar de sermos “um país de maricas”
Hoje, muito provavelmente, teremos um recorde de perdas de vidas para a Covid-19 no mundo e não vai levar muito tempo para que os números, que vêm sendo sonegados com a desculpa de “problemas nos computadores” do Ministério da Saúde mostrem que, no Brasil, já se registra um preocupante crescimento no número de casos da doença.
O número de casos novos diários na Europa, segundo a Reuters, chegou a 280 mil , alta de 10% em relação à semana anterior e as mortes já somam 300 mil. Nos EUA, número de infecções diárias ficou em 202 mil e também o número de hospitalizações de contaminados aumentou para 61.694 internados, a maior marca já registrada.
Até agora, tem sido possível “fazer de conta” que a vida voltou ao normal e as notícias sobre o sucesso das pesquisas sobre vacinas fazem da Covid-19 um problema que se dissolve.
É o contrário disso e é simplesmente impossível que, além das perdas humanas, a economia mundial não sinta o impacto de uma segunda onda da pandemia, mais grave que a primeira.