O comando da Procuradoria Geral da República driblou a manobra de Luiz Edson Fachin para blindar os arquivos secretos da Força Tarefa da Lava Jato de Curitiba, aos quais o Procurador Augusto Aras foi proibido pelo Ministro do STF de tomar conhecimento.
Impediu-se o Procurador Geral, mas não se pode impedir a Corregedoria do MP, que tem o dever funcional de investigar a legalidade dos atos dos procuradores.
Em princípio, não há o que o ministro Aha-uhu possa fazer.
Neste momento, dezenas de milhares de documentos estão sendo copiados para a procuradora Elizeta de Paiva Ramos, corregedora-geral do MP.
O curioso é que Elizeta foi quem abriu sindicância sobre o caso criado pelo pedido da também procurador Lindôra Araújo que, como enviada de Aras, pediu acesso à “caixa-preta” mantida pelos procuradores que eram chefiados por Deltan Dallagnol.
Pelo visto, da apuração destes fatos ficou na procuradora que, de fato, ela pudesse conter o que o procurador geral disse serem documentos obtidos ilegalmente sobre milhares de pessoas.
Se estas provas aparecerem, o Ministério Público não tem como alegar sigilo para ocultar os abusos da turma do Paraná.
Ou então ficará a impressão de que é uma briga de compadres e comadres, que têm o direito de torcer a lei para satisfazer suas brigas políticas, e não apenas as de dentro do MP.