Apenas 17 dias depois de retomarem as aulas, as escolas municipais do Rio de Janeiro voltaram a fechar. É a parca medida tomada pelo zumbi Marcello Crivella diante do salto no número de casos de Covid-19 registrados no município, que não tem sequer mais um leito de UTI para assistir os doentes que chegam às centenas.
Mas shoppings, academias de ginástica, e até a venda de ingressos para festas de réveillon nas praias seguem a todo o vapor. Praias lotadas, ônibus lotados, trens lotados, porque não hospitais lotados, não é?
Os indicadores de saúde, pelos próprios parâmetros da Prefeitura carioca, mostram que estamos numa situação pior do que aquela que antecedeu às primeiras medidas de flexibilização.
Mas, agora, “liberou geral”.
O Rio tem uma taxa de letalidade – quantas pessoas morrem entre as que se infectam – de 6,3%, mais que o dobro da média nacional e isso quer dizer, basicamente, que os pacientes diagnosticados aqui ou são tardiamente atendido ou, pior, nem chegam a receber o atendimento adequado.
De ontem para hoje, foram anotadas mais 126 mortes. A média móvel semanal de casos é de 2.899 casos por dia, amaior desde o início da pandemia.
O prefeito eleito tem de tomar a frente do processo, vir a público pedir que a população se isole o máximo possível, pedir que não se deixem levar pelo clima de irresponsabilidade.
Melhor que ficar telefonemas com piadinhas com Jair Bolsonaro.