Passe-se em revista aos resultados do jogo de intrigas e de pressões que misturou Copa América, CBF, técnico e jogadores da seleção brasileira de futebol, agora amarelinhos como a camiseta.
Todos perdem e só por isso não se inclui na lista o catalisador maior desta confusão: Jair Messias Bolsonaro, a quem nada importa senão permanecer no centro de polêmica, no mais das vezes, idiota.
Da Copa América, o que dizer: já murcha, esvazia-se de público de público e de verbas, só vai mesmo ser uma competição de perigos.
Jogadores de má vontade – a grana de premiação baixou, perdendo as férias da temporada europeia e se expondo politicamente como mercenários a quem não importa a saúde pública, o que é péssimo para contratos de publicidade.
Aliás, os patrocinadores também vão para o centro dos riscos ou. ao menos, da polêmica de estarem patrocinando um evento que pode ter tudo, menos a responsabilidade social na qual seus departamentos de marketing gastam rios de dinheiro e esforço para dizer que promovem.
Tite, quase uma unanimidade, até poucos meses, ficando no posto mas naquela condição de “prestigiado” em que, sabemos, um treinador não tem de ser bom apenas, mas ótimo e contar com a sorte de não ter resultados negativos, agora que, para a torcida bolsonarista, ele é um “esquerdista, comunista, petista e lulista”. O que não é, mas fica sendo.
E o Renato Gaúcho – que tem méritos enormes como treinador – fica sendo aquele que, indo ou não indo um dia para o comando da seleção terá ido por ser “peixe” de Bolsonaro.
E o caboclo Rogério, que entrou nessa maluquice de oferecer a Copa América a Bolsonaro como aperitivo para uma Copa de 22 atrelada à campanha presidencial, perdeu o cargo e dificilmente a ele não voltará, a não ser que receba a paga política do governo, que não costuma agradecer a fósforo já queimado.
Só Jair Bolsonaro sai de dono da bola desta história. E não duvido que, no íntimo, torça hoje pelo Paraguai, para técnico e jogadores ficarem de “bola baixa”.
Afinal, como com Rodrigo Maia, não aceita insubmissões nem mesmo “a nível de” notas de repúdio, como se lançará amanhã. Ele, a propósito, é como a “Rainha de Copas” do país das maravilhas que existe em sua mente: quando não gosta, vem o “cortem-lhe a cabeça”.