O preço impresso da inflação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado, a inflação oficial, chegou a 9% (8,99%) em 12 meses.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que mede os preços para famílias com renda de até 5 salários mínimos (portanto, a imensa maioria da população) chegou perto de 10% (9,85%).

São taxas que acionam o mecanismo perverso de elevação de preços pela simples razão de que subiram.

Não é pouco termos tido a maior taxa para o mês de julho nos últimos 19 anos.

Mesmo que não se repita em agosto o índice, na prática, a inflação de praticamente 1% no mês passado – e isso ocorrerá apenas pelo o adiamento do reajuste na bandeira vermelha da tarifa de energia elétrica – o IPCA subirá para perto de 9,5% em 12 meses e o INPC para 10,3%.

Só chegamos, em tempos recentes, a estes níveis nos meses de crise do final de 2015 e início de 2016 e todos sabem as consequências políticas disto.

O “voto impresso” que Jair Bolsonaro finge querer pode estar, nestes meses, sendo impresso mesmo nas etiquetas e cartazes com preços nos supermercados.

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