Parece que o método de liberar verbas através de emendas parlamentares às vésperas da votação da proposta de Emenda Constitucional foi mais eficiente para convencer deputados a votarem pela volta da apuração manual dos votos do que a patética “tanqueciata” promovida por Jair Bolsonaro.
O Estadão faz a conta, na edição de hoje, e mostra que cerca de R$ 1 bilhão foi o montante das liberações de “cheques em branco” para governos e prefeituras indicados pelos parlamentares nos dois dias que antecederam a votação em plenário.
O repórter Breno Pires indica que mais da metade dos 229 deputados que votaram a favor de Bolsonaro receberam recursos para ajudar em suas campanhas eleitorais com obras e contratações em seus municípios de influência. Foram, ao todo, R$ 931,7 milhões.
Um dos deputados que traíram a orientação partidária, Júlio Delgado, do PSB de Minas Gerais, disse ao jornal que o pagamento de R$ 1,7 milhão em emendas foi “mera coincidência, igualzinho ter a votação na Câmara no dia que os tanques foram para a rua”.
Coincidência ou “dinheiro impresso inauditável”, deputado?