E lá se foi Jair Bolsonaro para o Ministério da Economia fazer um agrado (e não um desagravo) público a Paulo Guedes, na esperança de que o ex-superministro continue sendo seu miniministro .
Vai deixar “todo mundo” feliz.
O mercado gostou, porque teme que o que outro ministro entre já mais fraco do que o ex-homem forte do governo Bolsonaro. E, claro, adepto ou concorde com a gastança eleitoral que temos pela frente.
O Congresso, porque tem um ministro da Economia fraco e dependente dos arranjos que por lá se façam para viabilizar as gambiarras que se tornaram a política econômica e que não crie problemas com a gastança das emendas com que contam para 2022.
E feliz também Bolsonaro, mais além de seu prazer mórbido em humilhar auxiliares, com a certeza de que ameniza a impressão – verdadeira – de que obrigou mais um a ajoelhar-se diante do altar do mito, frente ao qual todo homem de mau caráter despe-se de qualquer escrúpulo.
O “tigrão” das reformas virou o tchutchuca do Jaja, que aceita ganhar muita pressão, diz que não, mas acaba fazendo.
Tudo muito bom, tudo muito bem, o dólar e a Bolsa passaram a perder menos, embora não se saiba como será a tendência da segunda-feira, porque um mero final de semana passou a ser uma eternidade na gangorra de sobressaltos da economia brasileira.
O trem fantasma ainda está só no início dos trilhos e antes da primeira curva ainda há os espantalhos do vale-diesel, da pressão dos caminhoneiros, do aumento, dado como iminente pelo próprio presidente, do vale-gás, da PEC dos precatórios, só para ficar no mais destacado no mais noticiado.
O ministro morto fica, até o cheiro ficar forte demais para ser suportado pelo povão, onde o teto de gastos é o fundo do bolso vazio.