Covid é desastre que irresponsabilidade não cura

A Folha publica estimativas da Universidade de Washington que apontam para o que seria a incrível marca de mais de 1 milhão de casos diários de Covid no Brasil.

Seria, porque não é, absolutamente, um devaneio, diante de números oficiais muito mais baixos, mas que não consideram sequer a totalidade dos pouquíssimos testes aplicados no país.

Oficialmente, teremos hoje algo como 70 mil novos casos, perto de 1/7 dos 500 mil que o estudo acadêmico estima.

Mesmo que se mantenha apenas nesta proporção e não hava nenhum acréscimo de testagem – e deve haver, se os testes em farmácia passarem a ser incorporados na contagem – chegaríamos a um número “oficial” acima de 170 mil casos diários.

Esta semana começarão os primeiros sinais de colapso das estruturas de saúde, seja pelo acréscimo de procura, seja pelo absenteísmo de profissionais, tal como já está acontecendo no transporte aéreo.

A única providência oficial é pretender baixar o tempo de isolamento dos que testarem positivo para cinco dias, sob o argumento que lá fora se está fazendo assim. Claro, ninguém diz que se faz porque, ao cabo de cinco dias, a pessoa testa novamente e, dando negativo, é liberada. Aqui, nem testes há.

Ninguém pode se dizer surpreso com o avanço da contaminação. Outra vez, tivemos o aviso do mundo (2,5 milhões de casos novos por dia, esta semana) para nos advertir.

E o que fizemos? Reveillon sem cuidados, fogos par comemorar (a doença?), procrastinação das vacinas, aglomeração na praia do jet ski.

A lógica ilógica do consumo e do dinheiro é o velho nornal e, no fundo, todos se comportam como “bolsonaros light” porque, afinal, todo mundo morre um dia.

Ainda assim, a realidade acaba por se impor e, apesar de toda a irresponsabilidade oficial, a maioria vai se precaver.

Claro, é a minoria irresponsável e barulhenta o que vai aparecer nos jornais.

Uma pena, porque poderíamos estar tendo o “Carnaval do Camarão”, mas só vamos ter o do ‘m… na cabeça”.

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