A ex-presidente Dilma Rousseff deu, no Twitter, um “chega pra lá” curto e grosso na tentativas de criar intrigas entre ela e candidatura Lula.
” Nossa relação de confiança já foi testada inúmeras vezes e é inabalável”, escreveu.
A Folha, naquela linha, dá manchete numa suposta “autocrítica” – termo que não é usado pelas repórteres – da cúpula do PT, por conta de um documento do partido em que “não só [se] defende a gestão petista, mas também reconhece [-se] seus equívocos.
Bem, um documento que analise 14 anos de gestão petista e que não contenha também erros, além dos acertos, seria impensável.
A especulação de que um governo Lula teria Dilma no Ministério não é nada além de uma tolice e, em primeiro lugar, porque um ex-presidente só poderia assumir um ministério em situações de crise institucional. Fora disso, nunca houve isso e nem haverá, porque seria o mesmo que criar uma instância paralela de autoridade que inviabilizaria o funcionamento da administração, até porque, como dizia a minha avó, “quem foi rei não perde a majestade”.
Há, nesta história, também um certo machismo, de gente que acha que a ex-presidente não sabe se defender. Sabe e sabe fazê-lo com dureza, se necessário. Parecem ter esquecido que ela enfrentou a ditadura e amargou uma longa prisão sem vergar-se ao regime.
Dilma dirá a Lula o que pensa, como sempre fez, mas jamais fará disso motivo de controvérsia pública.
Quem achar que vai conseguir algo por aí, exceto com seus próprios “convertidos” vai acabar sangrando a veia da saúde e trazendo para o confronto alguém que, por não ser candidata a cargo algum (como ela própria reafirma, também não tem a obrigação de “pegar leve”.
E, podem ter certeza, não vai pegar.