Só os que acham que são ricos permanecem com Bolsonaro

Bruno Boghossian, em ótima compilação de dados, mostra na Folha que, comparando-se pesquisas de intenção de voto, em vários segmentos da população. Lula inverteu, com sobras, a situação que Jair Bolsonaro tinha frente a Fernando Haddad em 2018.

Reuni, aí em cima, os gráficos que o jornal apresenta separadamente: entre os jovens (até 24 anos), o que foi uma desvantagem expressiva (35% Bolsonaro e 18% Haddad). hoje são acachapantes 54% para Lula contra 17% de Bolsonaro.

Na Região Sudeste, que tem 43% do eleitorado do país, onde Bolsonaro tinha, em 2018, mais que o dobro de Haddad (40 a 16%) agora é Lula quem dobre com folga a intenção de voto presidencial , com 43% contra 21% do atual presidente.

Entre os com escolaridade superior completa, onde – Deus nos perdoe – o “Mito” teve 3 por um 1 sobre Fernando Haddad (45% contra 15%), agora a situação quase se inverte: Lula tem 39% e Bolsonaro apenas 24%.

Esta “virada” vai se repetindo por quase todos os segmentos em que se disseque as pesquisas, menos dois.

Os evangélicos, ainda assim num virtual empate, ainda que com vantagem numérica para Lula e em outro, que está à espera de análises sociológicas: os que ganham mais de cinco salários mínimos por mês, que representam 14% da população. Entre eles, dependendo da pesquisa, a vantagem ainda é de Bolsonaro. Embora mais estreita que em 2018, ainda é grande, em algumas pesquisas, perto de ser o dobro.

Se tivesse de ser definido sumariamente, o reduto restante a Bolsonaro é o das classe B e C, o “empresário” (em geral trabalhador por conta própria), homem e de meia idade.

O “cara” que ascendeu, justamente, com Lula e que está falindo com Bolsonaro.

Eu disse que era uma análise sociológica? Desculpe, errei: é uma análise psicológica que merece a subelite brasileira.

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