O novo indicado para presidir a Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, foi, como se esperava, uma solução quase “prata da casa”, para não criar mais problemas numa nomeação que está para lá de confusa.
Não é funcionário da Petrobras, mas é “quase”: pertence aos quadros da Empresa (estatal) de Planejamento Energético e preside o Conselho de Admnistração da PPSA, empresa do governo que cuida da comercialização da parcela do petróleo do pré-sal que, pelos contratos de partilha, pertence ao Estado brasileira.
Não há uma declaração explícita mas, como integrante do PSDB que foi, é provável que seja mais um privatista a dirigir umaestatal. A ver.
Currículo, reconheça-se, não lhe falta e nem experiência atual no setor. Falta, talvez, expressão para um cargo deste tamanho, num momento dificílimo como este, em que dois pesos-pesados – Roberto Castello Branco e Joaquim Silva e Luna – ruíram diante das pressões de Jair Bolsonaro sobre os preços dos combustíveis.
A impressão é de que José Mauro vai “mergulhar”, fugindo do noticiário, em profundidades abissais. É o que fará se tiver prudência.