O que vai dizer o general?

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio de Oliveira, vai hoje ao presidente do STF, Luiz Fux.

Não há pauta divulgada para a reunião e, na verdade, não há pauta possível para este encontro.

Mesmo que o general fosse dizer que as Forças Armadas se manterão distantes do processo eleitoral e que respeitarão o resultado das urnas, isso não deveria ser um tema, pois é um pleonasmo.

E não precisaria ser dito em voz baixa, num gabinete fechado, porque é o que a nação tem o direito de ouvir.

Agora, se o general vai dizer que está preocupado com o processo eleitoral, é de perguntar: porque agora, se tivemos uma penca de eleições realizadas com os mesmos métodos e isso nunca chamou a atenção dos verde-oliva?

Estará se prestando ao papel de mensageiro de chantagens? Espera-se que não.

Aliás, pelo tamanho do estrago causado pelas declarações presidenciais e pelos ataques que o Supremo vem sofrendo, bom seria que o general fosse reafirmar que as Forças Armadas não darão um passo fora de suas funções constitucionais a todos os 11 ministros da Corte.

E aos 214 milhões de brasileiros.

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