Mesmo com o governo sendo ajudado com o bom-mocismo da oposição, que aceitou um “fatiamento” das votações de hoje, há um curto-circuito na base governista.
O “apagão” do sistema de votação alegado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, evidentemente não é por qualquer sabotagem das empresas que fazem a conexão da casa com os deoutados, e logo duas de uma vez.
A farta maioria de 393 votos obtidos na aprovação do texto-base não significa que seria atingido no destaque supressivo do “estado de emergência” iria se forma outra vez. Quando um dispositivo é destacado supressivamente de uma PEC, os parlamentares interessados em retornar o trecho ao texto-base (já aprovado) é que devem formar maioria correspondente ao quórum de votação da proposição.
Pode ser – e é mesmo provável – que a operação “cata-Centrão” ao longo desta noite, com ameaças de travar a liberação de emendas, surta efeito e se consiga número até amanhã.
Mas o que eles querem é “cuidar da vida” eleitoral que está em jogo e nenhum deles acha que o Auxílio-Brasil vai fazer o povo, grato a Bolsonaro, dar-lhes o voto.
Alegar “ataque hacker” num sistema tão primário quanto o já absurdo sistema de votação telefônica no caso de uma emenda constitucional é uma conversa fiada que não convence ninguém.