O presidente Jair Bolsonaro estava ativo no Twitter até 11 horas da noite, quando debochou a advogada e apresentadora Gabriela Prioli, que disse que não o queria em seu programa da CNN. Hoje cedo, logo depois das 5 horas, voltou às redes, para dizer que é mentira que esteja segundo verbas para a cultura, embora tenha editado uma Medida Provisória para adiar a liberação dos recursos das leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, aprovadas pelo Congresso.
Teve tempo, portanto, para publicar, ainda que de forma hipócrita, alguma condenação à tentativa de assassinato de Cristina Kirchner, vice-presidenta da Argentina. Mas não o fez.
O sujeito, cheio de tatuagens nazistas, só não a matou porque a pistola calibre 32, que ele mirou à queima-roupa no rosto da líder argentina “engasgou” na primeira das cinco balas que tinha no pente.
Mesmo vivendo há muito tempo na Argentina, sua origem brasileira cria uma situação ainda mais delicada para nosso país, diante do seu principal parceiro na América do Sul.
Mas nosso presidente, pelo silêncio, demonstra o que sente: ódio.
Jair Bolsonaro está engasgado da mesma forma que a pistola do terrorista.
PS. Daqui a pouco, no Café da Manhã do Diário do Centro do Mundo, com Kiko Nogueira, falo mais do atentado, das pesquisas eleitorais e da relação entre o Brasil e a África.