Saiu mais uma rodada da pesquisa Genial/Quaest, ampliando em 3 pontos a vantagem de Lula sobre Bolsonaro (46 a 33%). Ou 50,5% a 36,3% nos votos válidos, os que realmente contam na decisão eleitoral.
É a terceira pesquisa presencial em que se amplia da vantagem do candidato petista e que o coloca acima dos 50% de votos necessários à vitória em primeiro turno.
Não é preciso ser um estatístico para saber que há uma tendência mais que clara a uma definição da disputa já no dia 2, ainda que o debate de amanhã possa carregar, para cá ou para lá, algumas mínimas frações do eleitorado. Pelo comportamento emocional dos dois candidatos, porém, é difícil crer que possam ser mais pra lá do que pra cá.
Felipe Nunes, diretor da Quaest, calcula que, “entre os eleitores de Ciro, Tebet e outros candidatos, 24% mudariam o voto para Lula vencer no 1º turno”.
“Dos eleitores de Ciro, 27% mudariam o voto para Lula vencer no 1º turno (ou seja, 1,62 pontos); dos eleitores de Tebet, 30% topam mudar voto (ou seja, 1,5 pontos). Isso daria para Lula 49,12% dos votos totais, ou 53,9% de votos válidos.”.
É inevitável que, com a polarização absoluta a que chegamos, isso, em boa parte aconteça. E que ocorra, também, entre os que se dizem indecisos (5%): no total, um quarto dos que não declaram voto em Lula ou em Bolsonaro (21% do total de eleitores) dizem que podem mudar seu voto para que Lula vença no primeiro turno.
Duas coisas que se repetiu aqui – a da que não havia espaço para um tertius na eleição e que ela se resolveria no “duelo” de rejeições – estão se confirmando e se acentuando.