Não são os dez pontos da pesquisa Ipec, mas os seis pontos de vantagem de Lula nos votos válidos apontada pelo Datafolha – embora eu creia que há um “cuidado” dos institutos de pesquisa com a ofensiva bolsonarista para criminalizá-los – continuam a oferecer uma situação de vantagem significativa para o ex-presidente.
Por que? Porque a rejeição a Bolsonaro segue acima de 50%, porque o índice de definição dos votos é altíssimo (93% no geral, 95% no caso de Lula) e apenas 2% se dizendo indecisos.
Lula, que terminou o primeiro turno com 48,4% dos votos válidos, alcança agora quase cinco pontos a mais. Bolsonaro, que teve 43,2%, alcança quatro pontos de incremento. Portanto, a diferença, ainda que ligeiramente, ampliou-se.
Em igual sentido, a maioria dos eleitores de Simone Tebet (43%) e de Ciro Gomes (51%) ser favorável ao voto em Lula deve ser considerada, embora apenas como indicador, porque a amostra pequena não dá para fazer análise estatística.
É claro que não há eleição definida e menos ainda ganha. Todo esforço e todo combate será pouco para que possamos passar pelo turno final do enfrentamento ao fascismo.
Não acho que haja uma ascensão forte de Bolsonaro. Ele não estaria, se fosse assim, em estado de completo desequilíbrio na “entrevista-gritaria” que deu hoje no Planalto, do que tratarei no próximo post.
Os números de pesquisa que ele recebe, é possível, devem estar piores do que os Datafolha.