A “australiana” racista ganha habeas-corpus canguru. Pra ela não tem Sheherazade. Ainda bem, somos civilizados

A imprensa brasileira se compraz de ver um juiz negar prisão domiciliar para José Genoíno, mesmo este tendo graves problemas cardíacos.

É isso aí, Juiz tem que ser impiedoso, durão, implacável.

Mas não li uma palavra de indignação, um comentarista “cult” protestando contra o que aconteceu em Brasília, com a soltura, quase que imediata, de uma mulher, de naturalidade australiana – mas naturalizada brasileira  Louise Stephany Garcia Gaunt-  que reiteradamente praticou crime de racismo, ao se recusar a ser atendida por uma manicure negra, mandou-se se retirar do ambiente e ainda ofendeu outra cliente, negra, e um policial – também negro – que  atendeu o caso.

Nem mesmo 24 horas a cidadã ficou presa, por um crime que é inafiançável.

Foi solta por um habeas-corpus, sobre o qual a imprensa nada diz, inclusive o nome do sr. Juiz que o concedeu.

Nenhum senhor Promotor Público apareceu protestando e recorrendo, em nome da sociedade, da decisão.

Não teve “Sheherazade” para dizer que seria “compreensível” se a negra Tassia, desencatada com a Justiça que “protege australiana bandidinha” tivessem acorrentado a mulher pelo pescoço a um poste e arrancado suas roupas, deixando-a para a polícia.

Porque Tassia, suas colegas e a dona do salão foram pessoas civilizadas, que fizeram o correto, enfrentar a ofensa e chamar a polícia, que cumpriu a lei e levou a racista à prisão.

Sua atitude é um exemplo de que a sociedade não é feita de bárbaros, diz a Barbie que fala que nosso país não é civilizado. Talvez a senhora Gaunt., que estudou na escola Americana de Brasília, é quem não seja. E olhe que ela é servidora pública, com o salário pago por todos, inclusive a negra Tassia.

Ninguém quer agredi-la ou linchá-la, mas que seja tratada com a lei. Nem que mofe na cadeia, mas que a imprensa ao menos apure e divulgue o que levou o juiz a soltá-la.

Temos uma lei, a lei Caó, que pune o crime e não permite o relaxamento da prisão por fiança e temos uma imensa maioria de pessoas que quer vê-la respeitada.

Maioria talvez não tão grande numa Justiça que funciona de maneira descaradamente discriminatória, que sai correndo para cuidar de gente “boa” como a D. Louise.

Gente tão boa que  destila ódio nas páginas dos sites da grande mídia, como você  pode ver vos comentários postados a respeito do vídeo, no site do Terra.

 

 

 

 

 

Fernando Brito:

View Comments (28)

  • sei nem o que comentar...
    eu aqui realizando um trabalho na áfrica do sul, tentando aprender sobre o que foi o apatheid, observando as relações interraciais e aí me aparece um caso desses, onde, no brasil! incrível se não fosse trágico.

    • Fiança e habeas corpus são coisas distintas, entenda isso. Não estou defendendo a decisão, apenas explicando que não houve nada ilegal nela.

  • O que se pode esperar de um ORGÃO PÚBLICO,aparelhado pela direita,cujos componentes,em sua quase totalidade,são oriundos da PEQUENA-BURGUESIA,cães de fila da classe rica!Entretanto,vale a denúncia desse blog.Parabéns!

  • Gente odienta, deveria ser expulsa do Brasil, pior do que o crime racista é o crime da justiça que libera essa mulher de um crime inafiançável.

  • deveria ser crime afiançável com multas pesadas já que o "inafiançável" não funciona..

  • É o complexo de vira lata subserviente a flor da pele. Basta ser estrangeiro pra esses justiceiros usarem calça de veludo.

  • Esses vídeos são antigos,mas acho que vale a pena rever, principalmente o primeiro.

  • Não foi o PIG que disse que Joaquim Gomes mudou o Brasil,as leis,comportamentos e colocou o Brasil nos eixos depois de 388 anos de escravidão?

    Em breve está sujeita estará sendo contratada pela Folha de São Paulo ou pela Veja ou pela Globo News junto com José Neummane Pinto para as jornadas de outubro,já que os dois encaram o perfil do PIG e Mercado Especulativo do Brasil falando o que pensa e dando a sua opinião sensata do jeito que os coxinhas e os Black Blocs gostam.

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