A burguesia industrial brasileira faz o jogo de seu algoz financeiro, por medo do povo

burgn

Do economista  Paulo Lyra, da Unicamp, em seu blog, uma exposição didática, que ajuda muito a compreender as forças profundas em jogo na política brasileira, além da espuma das acusações e do moralismo, quase sempre hipócrita:

Numa sociedade capitalista, o natural seria que a classe capitalista, a quem pertence o comando das decisões empresariais, assumisse a hegemonia no plano ideológico e liderasse o processo de industrialização.

No Brasil, não foi assim, pois sem forte participação autônoma do governo e da burocracia estatal, em aliança com o setor privado, especialmente depois da Revolução de 1930, é pouco provável que houvéssemos atingido o nível de industrialização alcançado.

A estagnação econômica dos anos 90, deu os primeiros sinais de que a burguesia industrial não era capaz de liderar o processo de desenvolvimento, pois, fraturada entre o capital nacional e o capital estrangeiro, não possuía a coesão necessária para fazer a industrialização avançar na direção da maior autonomia requerida para sustentar um projeto de desenvolvimento nacional.

A partir dos anos iniciais da década de noventa, com as reformas neoliberais e a entrada em ação do processo de desmonte do aparelho estatal, incluindo as empresas estatais — que culminou com o intenso processo de privatização nos governos de FHC, sob a pressão externa dos organismos multilaterais, especialmente FMI e Banco Mundial, comandados pelas grandes potências industriais — fragilizou-se ainda mais a capacidade da burguesia industrial de liderar o processo de industrialização.

A realidade não se compadeceu com as “boas intenções” declaradas dos empresários privados, nem dos dirigentes políticos do PSDB responsáveis pela política econômica, sob a batuta do FMI e do Banco Mundial, de que a abertura econômica e as privatizações produziriam um surto de desenvolvimento.

Muito pelo contrário, a falta do apoio estatal levou a indústria a ingressar num processo continuado de perda de competitividade — muito além do que se justificaria pela experiência histórica dos países industrializados — e de queda em sua contribuição para a sustentação do processo de desenvolvimento.

Entrava, assim, em marcha forçada, em pleno funcionamento a estratégia de integração-dependente na economia internacional, sob a égide das grandes corporações privadas internacionais, cada vez mais dominadas pela financeirização de suas atividades.

A assunção ao poder do PT, em 2003, reabriu a possiblidade de que as lideranças da classe trabalhadora, através de seus representantes no governo, fossem capazes de recuperar a dinâmica da industrialização do país, desta vez sob a hegemonia da classe trabalhadora, mas em estreita aliança com a burguesia industrial nacional, liderada por grandes empresas privadas constituídas para aproveitar o mercado interno de obras públicas e pelas poucas empresas estatais que restaram do processo de privatização, especialmente a Petrobras.

Já nas vésperas de assumir o governo, o presidente vitorioso, entretanto, premido pelas ameaças internas e dos organismos internacionais que davam as cartas na rolagem da elevada dívida externa contraída no governo de FHC, teve de fazer fortes concessões e a comprometer-se a não alterar a política econômica, nitidamente desfavorável à recuperação do processo de industrialização.

Essa política mantinha a taxa de câmbio apreciada, desestimulando as exportações e favorecendo a penetração dos produtos importados no mercado interno. Mantinha as taxas de juros da dívida pública elevadas em nome do combate à inflação e gerava superávits fiscais elevados para pagar os serviços da dívida, restringindo a capacidade do Estado para realizar investimentos na infraestrutura econômica.

Desde os governos militares já havia surgido no cenário econômico um novo e poderoso ator econômico, um setor financeiro altamente concentrado e com fortes articulações internacionais, com grande poder não apenas de estabelecer as regras do jogo no mercado financeiro, como também de influenciar o processo político em seu favor.

Esse novo ator patrocinou desde o início as reformas neoliberais, pois estas vinham ao encontro de sua lógica de funcionamento, vinculada ao favorecimento do aumento da acumulação financeira, no contexto do que tem sido denominado de “financeirização”, em detrimento da acumulação produtiva.

A burguesia industrial nacional, em nenhum momento, se mostrou interessada em articular-se com as forças políticas vinculadas à classe trabalhadora, que chegavam ao poder, para resistir às investidas do setor financeiro na captação dos recursos financeiros para uso não produtivos ligados à pura acumulação financeira. Prevaleceu, assim, o temor de contribuir para o fortalecimento das forças populares que subiam ao Poder e de submeter-se a sua hegemonia.

Com a entrada da China no comércio internacional de produtos primários, aumentando substancialmente as exportações e algumas mudanças introduzidas pelo novo governo na política econômica, especialmente no campo social e na retomada dos investimentos produtivos, sob a liderança do BNDES, e das empresas estatais, desfrutou-se de um período de aceleração do crescimento econômico, até pouco depois da crise financeira internacional de 2008.

Tanto a burguesia industrial, quanto a classe trabalhadora se beneficiaram do soerguimento da atividade econômica, mas a primeira jamais disfarçou sua antipatia frente ao governo popular e nunca se interessou em enveredar, de modo decisivo, por uma aliança estratégica para a criação de um bloco de poder que possibilitasse a conformação de um novo modelo de política econômica assentado em maior participação estatal na atividade econômica e em mais autonomia em relação aos mercados.

Posteriormente, já no primeiro governo de Dilma, quando foi feita uma tentativa de fugir à rigidez da política econômica voltada para a acumulação financeira e a integração-internacional-dependente, a burguesia industrial colocou-se ao lado do sistema financeiro para boicotar sua continuação.

A burguesia industrial durante todo o período concentrou seu poder em reivindicações de redução da carga tributária e no combate às políticas que aumentavam os gastos sociais e os salários reais, deixando de lado qualquer articulação contrária ao controle da ação predatória do sistema financeiro, que permanecia extraindo capacidade financeira da sociedade, para esterilizá-la em aplicações financeiras recorrentes, num círculo vicioso e perverso contra o aumento da formação de capital produtivo e a reindustrialização.

A campanha de desestabilização dos governos vinculados à classe trabalhadora começou desde meados do primeiro mandato de Lula, com denúncias de corrupção, orquestradas pela imprensa e, certamente, vistas com bons olhos pela burguesia industrial, cuja representação política vislumbrava no resultado dessa ação o retorno ao poder, sob a liderança do PSDB.

Com a desaceleração do crescimento econômico e o aparecimento de desequilíbrios importantes nas contas fiscais, no balanço de pagamentos e o aparecimento de pressões inflacionárias, como consequência da inadequação do modelo de política econômica voltado para a acumulação financeira e a integração-dependente na economia internacional, criou-se o clima favorável para a exacerbação das pressões contra a permanência no Poder dos representantes da classe trabalhadora.

A campanha contra a corrupção, sob a liderança da grande imprensa, com o apoio da burguesia industrial, do capital estrangeiro e, principalmente, do setor financeiro, sob o comando político do PSDB — contando com a mobilização de setores da burocracia estatal instalada na Poder Judiciário, e na Polícia Federal — intensificou a crise econômica que já vinha tomando forma em decorrência da mudança na conjuntura internacional e da incapacidade do modelo de política econômica em lidar com o problema da desaceleração do crescimento econômico.

Vive o país nestes dias um período crucial para os rumos que tomará seu processo de desenvolvimento econômico e político nos próximos anos, o da disputa feroz entre duas ideologias de desenvolvimento: a ideologia, dominante, da integração-internacional-dependente, que entregará definitivamente aos mercados a direção do processo de desenvolvimento; e a ideologia social-desenvolvimentista, ainda em etapa de consolidação, que propugna pela participação decisiva do Estado na condução do processo de desenvolvimento e na sustentação de políticas sociais em benefício da classe trabalhadora.

A fragilidade política em que se encontra o governo e a incapacidade revelada pelo PT, ao longo de seus governos, para consolidar junto à sociedade e sua própria base social, a ideologia social-desenvolvimentista, já determinaram uma primeira derrota frente ao modelo de política econômica adotado pela ideologia de integração-internacional dependente, com a adoção das medidas de reajuste fiscal e monetário vigentes.

As pressões externas, cujas manifestações através das agências de “rating”, ameaçando o rebaixamento do “grau de investimento”, são apenas a ponta do iceberg dos interesses das corporações internacionais privadas, que atuam ao lado das pressões internas lideradas pelo PSDB e apoiadas pelo sistema financeiro, sob a orquestração da grande imprensa, em favor de uma rendição total à ideologia da integração internacional-dependente.

Restam, entretanto, alguns baluartes, que a duras penas o governo vem tentando preservar, como é o caso, no campo econômico, da consolidação do complexo minero-industrial e de construção naval, que gira em torno da Petrobras e dos recursos do Pré-Sal, e a preservação dos bancos estatais; e no, campo social, a política de aumentos reais do salário mínimo e as políticas de universalização dos serviços de saúde e previdência social.

A preservação das chances de consolidar um bloco do poder que dê sustentação a ideologia social-desenvolvimentista está na dependência da capacidade e sensibilidade das lideranças políticas e empresariais para articularem um pacto de resistência às pressões internas e internacionais, mormente as do capital financeiro para uma rendição total à política econômica de corte neoliberal ainda dominante.

No campo político, a preservação da democracia é indispensável para manter a classe trabalhadora com chances de se manter no Poder e abrir espaço para, num futuro ainda distante, consolidar sua hegemonia na sociedade e tornar viável uma alternativa ideológica pós-capitalista, cuja etapa preliminar consiste na consolidação da ideologia social-desenvolvimentista.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

13 respostas

  1. O capital nunca caminhará ao lado de quem ele explora.

    Um país que é refém dos rentistas há décadas,com uma política de juros escrota e absurda,possui um empresariado que se acostumou a só investir com dinheiro do governo, os seus lucros raramente são reinvestidos na modernização ou ampliação de seu parque produtivo,pois é dificil e caro competir no mercado global,então todos eles se tornaram rentistas também, é mais fácil e mais lucrativo.

    Interessante é nunca ver os especialistas diplomados,associarem a desindustrialização monstro da manufatura no Brasil e o crescimento monstro do setor de serviços,ao fato de que este se tornou um país de rentistas.

    Sobra dinheiro ganho fácil pra se gastar com conforto e luxo.

    Quando uma minoria rentista dita o ritmo da economia de um pais ,a maioria da baixa burguesia e da classe trabalhadora não passam de peso de papel,e o futuro daquilo que se chamaria nação soberana não existe.

  2. Excelente texto. E como comentou o Jorge Graciano, de que adianta se a sociedade é míope? Pior, além da sociedade ser míope, o Governo se mantém inerte para reverter essa miopia. O PT chegou ao Governo, mas nunca chegou ao Poder. O Poder é algo mais subterrâneo e com longas garras espraiadas em toda a sociedade. O PT só chegará ao Poder quando e se os filhos da classe trabalhadora, que agora estão tendo acesso às Universidades, alcançarem os diversos cargos no Judiciário, principalmente, e nos mais diversos postos da administração pública. Isso só será possível para as próximas gerações e se o PT conseguir se manter no Governo, o que será sempre muito combatido.

  3. O conluio político brasileiro, está muito complicado.
    O PT aliou-se ao congresso (PMDB) e aos banqueiros (vide lucros)e afastou-se do povo e dos movimentos sociais.
    É preciso brotar outra alternativa, ligada visceralmente ao povo.

  4. Como nos ensinou Raimundo Faoro, nossas elites são formadas a partir do regime monárquico português que veio para o Brasil com a família imperial a fugir de Napoleão.
    A nobreza vivia pelo caixa do rei que distribuia suas mesadas e quinhões conforme lhe desse na telha – por serviços prestados.
    Aqui a elite vive dos recursos dos Tesouros Federal, Estadual e Municipal.
    Esse é um dos motivos da briga pelo poder executivo. O cofre.
    Os juros normalmente escandalosos da SELIC são uma forma de repassar recursos para os detentores do dinheiro.
    Nesse bolo – a turma da bufunfa – entram os grandes empresários. Eles nunca tem prejuízos pessoalmente. As firmas quebram mas eles permanecem ricos. Por isso não tomam posição. Ficam sempre do lado de seus iguais, como diz o Mino – a Casa Grande.
    Os pequenos e médios empresários são os grandes prejudicados nesse jogo. Mas estão aprendendo a “se defender” formando capital próprio, um pouco pelo justo lucro, outro por caixa 2.

  5. Talvez não fosse errado concluir que os maiores inimigos do capitalismo – ou “disso” que ainda chamamos de capitalismo -, hoje em dia, são os próprios capitalistas. Aliás, poderíamos dizer, que o capital produtivo parece não ter mais futuro. O processo de destruição de riqueza, que chamamos de “financeirização”, mostra que só uma profunda transformação social é capaz de salvar a humanidade da barbárie.

  6. O texto é muito esclarecedor e com uma linguagem muito acessível. Me ajudou a entender o processo de enfraquecimento do setor produtivo. Só há uma questão que não consegui achar resposta. O que faz a chamada “burguesia industrial”, a qual creio eu, seria a principal beneficiária na reconstrução do tal capital produtivo, ser tão traíra? A resposta do texto não me foi suficiente. Parece-me que a única justificativa para o autor, ou a principal, é a luta de classes. Enfim, a burguesia industrial não apoia as políticas econômicas do PT porque não quer fortalecer o poder de um governo voltado pra classe trabalhadora. Achei pouco. Até porque, se não querem que classe trabalhadora melhore de vida, é porque devem lucrar alguma coisa com isto. A exclusão social por si só, parece trazer mais “benefícios” do que a inclusão social e o consequente incremento no mercado interno, impulsionado pelo poder de compra. Algo deve dar mais lucro do que produzir mais e vender mais.
    Então, o que me parece óbvio é que o que se entende por “burguesia industrial” recebe este nome apenas por vício intelectual. Quer dizer, é uma “burguesia industrial” pero no mucho. Os caras não vivem nem lucram com a indústria, ao menos esta não é a principal fonte dos lucros. Caso fosse, sairiam ganhando com as políticas desenvolvimentistas, ué? Me parece que o que se chama de “burguesia industrial” no Brasil não é muito diferente de um bicheiro, um dono de drive-in ou qualquer outro dono de alguma fachada qualquer. O bicheiro abre um boteco de dois por dois e o que dá dinheiro é aquela portinha minúscula perto do banheiro. Você entra e banca de jogo tá lá. Além é claro, da Escola de Samba, onde ele lava o dinheiro. Já o dono de drive-in, ganha com suas funcionárias informais. Então, se a produção não é o grosso do faturamento da “burguesia industrial”, sobretudo a paulista, tudo pode ser, inclusive o mercado financeiro, ações… E tem também aquela coisa que só petista faz: a corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, contas em paraísos fiscais.
    O problema do PT foi ter feito vista grossa aos pecadinhos usuais do brasil-sil-sil, achando que não ia levar bolada nas costas. Nossa “burguesia industrial” et caterva, conhece muito bem o caminho dos lucros extra-grandes neste país. E, como dizem os filósofos de crasse média que abarrotam os círculos da high-society: “você pode tudo, desde que ninguém saiba”. Eles sabem o que as empreiteiras fizeram nos verões passados. E sabem como esconder o que fazem muito bem, antes de puxar o rabo alheio. Porque então, se apossaram do judiciário e das polícias do país, bem embaixo das barbas do “sabe nada, inocente” Lula e seus jênios logrados?

    1. Nossa burguesia industrial faz o que faz ou deixa de fazer porque aposta no retorno de seus aliados ao controle da chave do cofre.

  7. “Posteriormente, já no primeiro governo de Dilma, quando foi feita uma tentativa de fugir à rigidez da política econômica voltada para a acumulação financeira e a integração-internacional-dependente, a burguesia industrial colocou-se ao lado do sistema financeiro para boicotar sua continuação.”

    Este parágrafo resume o que se passa hoje n o Brasil.
    Os problemas do governo Dilma começaram justamente no final de 2012, época em que a Selic chegou a 7.25 a.a e o governo utilizou os bancos públicos para forçar uma redução nos spreads bancários.
    Foram agravados quando os inocentes úteis ou inúteis do tal MPL tomaram as ruas para protestar contra um aumento de R$ 0.20 nas passagens de ônibus. Os rentistas não são bobos e são muito unidos. Aproveitaram a oportunidade que se apresentava e tomaram as rédeas do processo com o apoio maciço da mídia que foi sua aliada desde sempre. A estes juntaram-se funcionários públicos concursados do judiciário, ministério público e polícia federal, sem qualquer compromisso com o país, visto que, teoricamente, não podem ser demitidos, causem o dano que causarem, e o resultado é este.
    Infelizmente o governo Dilma está sendo e será derrotado pelos rentistas, aqueles que não gostam de trabalho, apenas de “sanguessugar”.
    Parece que ela ainda não percebeu pois colocou um representante deles no ministério da fazenda.

    1. Ô Jossimar, concordo contigo. Faz-me um favor se puder. Vai lá no Viomundo e fala, de uma vez por todas que a luta por conquistas trabalhistas do funcionalismo público foram instrumentalizadas para a defesa do corporativismo de seus agentes, incluindo no pacote reivindicatório proteções que extrapolam o sentido de direito. Falei exatamente isto num post de uma entrevista do Patrick Mariano, argumentando que a leniência com a PF e seu fortalecimento ilegal se deu justamente em função deste cacoete da esquerda que acha que toda luta por espaço é válida, bastando pra isto, rotulá-la de “direito da categoria tal”. Acham que com isto, conseguirão apoio dos representantes do setor, quando na verdade, só fazem criar cobras embaixo da cama, empecilhos para a implantação dos projetos do executivo, já que os abusados têm proteção legal pra fazer o que quiserem sem correrem grandes riscos. Acho que pensamos da mesma forma, não? E isto ocorre em todos os setores do funcionalismo público, não só no judiciário e nas polícias. O Estado está tomado por corporações que detém privilégios que só beneficiam aqueles que desejam exercê-los, em detrimento do civismo, do republicanismo e da legalidade. Lá no Viomundo tá cheio de funcionário público que não enxerga isto. Citei os serviços básicos de atendimento como a saúde e a educação. Precisa ver a cólica coletiva que isto gerou. Eles não percebem que coisas como a estabilidade ampla da categoria, dá garantias apenas aos que necessitam dela pra se manter no cargo. O que deve ser conquistado, como a defesa da qualidade dos trabalhos e das próprias instituições, não é aprofundado. E isto só gera sofrimento aos que acreditam ser possível oferecer um trabalho decente, sem ter que conviver com o abuso ou com ameaças.

  8. Penso que isso ocorre porque essa burguesia industrial mantém seus excedentes financeiros nos bancos e não no incremento da produção.Afinal o dinheiro dos bancos vem de onde?

  9. Ou seja, a nossa burguesia industrial é burra e suicida, ela não enxerga que está ajudando o inimigo (PSDB e udenistas) a destruí-la.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *