Longe de mim qualquer apego a teorias conspiratórias.
Mas as coisas precisam ter lógica.
A Confederação Nacional dos Transportes encomendou uma pesquisa ao Instituto MDA, cujos questionários foram aplicados entre os dias 8 e 12 de agosto.
Mas a pesquisa não foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral e, portanto, não poderia ser divulgada publicamente.
Só no dia 14, dia seguinte ao acidente que vitimou Eduardo Campos, foi pedido o registro no Tribunal, com previsão de divulgação no dia 19, os cinco dias depois obrigatórios por lei.
O questionário depositado no Tribunal, neste dia, aponta Eduardo Campos como o candidato do PSB, como era, de fato, no momento das entrevistas.
Seria conveniente que a CNT explicasse a razão do seu gesto.
Se a pesquisa perdeu seu valor, por que registrá-la a posteriori?
E se o objetivo era divulga-la, por que não foi registrada antes?
O mundo das pesquisas continua obscuro e misterioso.
Já que elas substituíram o debate, os partidos, os comícios, bom seria que fossem feitas com mais transparência e menos esperteza.
6 respostas
É simples, o resultado, depois de visto, interessou a alguém.
Sim, Fernando, mas foi divulgada? O que diz ela?
RONALDO, ela só poderá ser publicada no dia 19/08, pois eles tinham feito a pesquisa, mas provavelmente era para uso interno de alguém e não para uso público, eles já tinham os dados da pesquisa porque ela terminou no dia 12/08, mas ESTRANHAMENTE, resolveram registrar ela no TSE para poder torná-la pública, somente após o falecimento do Eduardo Campos.
Estranho porque qual a serventia dessa pesquisa para o público agora?
E quais os motivos que levaram a querer tornar pública uma pesquisa que era para fins internos e justamente agora?
Esta na hora do TSE contratar auditoria externa para validar estas pesquisas, me parece uma grande rede de manipulacao a servico do PIG vigarista.
Maracutaia maior é a pesquisa do Datafolha que deveria ter sido divulgada em 14/08/2014, quinta-feira e não foi. Só o Jornal do Brasil se deu conta do fato.
As pesquisas por aqui servem para tentar induzir a certo resultado, faz muito tempo que não refletem a verdade que seria revelada pelos números. Temos uma sociedade que não se definiu moralmente, o apreço pela correção é desprezado por nossa sociedade. Preferimos o falso moralismo udenista. Quando não existe o compromisso de refletir a verdade, joga-se com os números para emplacar aquilo que interessa.
Quem não se lembra de mudanças bruscas que ocorreram nas pesquisas, quando a diferença entre concorrentes se estreitava de um momento para o outro, voltando a ser ampliado “assim” sem mais nem menos. Tem sido assim, sem que ninguém mostre qualquer insatisfação ou indignação. Aqui é parte da nossa normalidade, do caráter de Macunaíma, da falta de definição do caráter da sociedade. Qualquer fim justifica os meios. “O importante é levar vantagem em tudo”, certo ? A famosa lei do Gerson. Lei que está acima de todas as outras leis na prática de nossa sociedade.
Na eleição para a prefeitura de São Paulo, enquanto pesquisas internas e feitas de forma precária davam ao então candidato Fernando Haddad a posição de já estar no segundo turno; os números das pesquisas o mantiveram lá embaixo. Então o candidato deu uma daquelas impressionantes arrancadas e venceu as eleições. Tem dó, né ?
Quem ficar olhando para as pesquisas por aqui, pode se dar mal. Tem que correr atrás até o último voto. Acreditar que a verdade pode convencer, e não dar a menor trégua para conquistar o máximo dos eleitores.