A demora que fala

Diz-se que daqui a pouco, às 11 horas, o sr. Nélson Teich toma posse como interventor, de fato, no que já está sendo chamado de Sinistério da Saúde.

A demora fala muito sobre o que vem aí à frente.

É lógico que, pela gravidade do quadro sanitário, a posse deveria ter sido ontem mesmo – nada o impedia – seguida de encontro com as principais áreas, receber relatórios e já hoje cedo estar tomando decisões, até porque algumas das principais cidades começam a ficar sem leitos de UTI.

Nada disso ocorreu e Teich foi fazer à noite papel de figurante na live presidencial. E dizer que está “perfeitamente alinhado” a Bolsonaro.

Será que está “perfeitamente alinhado” no sentido de restabelecer as aulas, de acordo com a “teoria” do presidente de que crianças não morrem de coronavírus, embora possam levar o vírus como “dever de casar” a contaminar pais e avós?

Exibir publicamente que não há pressa em não deixar acéfala uma pasta que é, neste momento, o front da gerra contra a pandemia é o que se pode chamar de silêncio eloquente deste Governo.

Pressa, mesmo, só para reabrir tudo e mandar as pessoas para o matadouro.

 

Fernando Brito:

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