A ‘escolha difícil’ do Estadão

A nova rodada da pesquisa XP/Ipespe saiu sem novidades.

Lula segue com folga à frente de Bolsonaro (44% a 31%) e, em votos válidos, tem 48,8%, muito perto de uma vitória ainda em primeiro turno.

Mas, no segundo, havendo, a diferença é de 54% a 34%, ou 61,4% a 38,6%, considerados apenas os válidos.

20 pontos de diferença no total e quase 23% se descontados os nulos e brancos.

Para lembrar: a vitória de Bolsonaro, em 2018, acachapante, teve diferença de 10% nos válidos.

Mas, para o redator da capa do site do Estadão, Lula ainda lidera no 2° turno, quem sabe fiando-se nas previsões e Arthur Lira, o emendíssimo presidente da Câmara dos Deputados, que prometeu “a virada” até o final do mês.

É incrível que não se dê atenção ao fato de que Bolsonaro, entre o 1° e o segundo turno, sobe apenas 3 pontos, enquanto Lula galga 10, o que denota, com clareza, que mesmo os que não optam por dar-lhe o voto inicialmente, entre ele e o atual presidente tomam na base de três para um, a escolha de votar no ex-presidente.

O Estadão, a que antigamente chamávamos de vetusto, bem parece merecer agora aquele demolidor “velhaco” com que Ulysses estigmatizou os que perdem o pudor com a idade.

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