Jair Bolsonaro disse ontem que “o Brasil é um exemplo para o mundo” em matéria de economia.
E é: exemplo de um país que consegue ignorar mais de um terço das famílias que vive em situação de fome intermitente e que abandona à corrosão inflacionária de 5 anos sobre o maior, mais simples e mais barato programa de alimentação infantil: a merenda escolar.
Um aluno do ensino fundamental merece do governo federal um repasse de meros R$ 0,36. No caso das creches e do ensino integral, apenas um real para café da manhã, almoço e lanche da tarde, que para a maioria substitui o jantar.
Algo certamente muito mais importante que a isenção de impostos para games, jet-skies e proteína para “bombados” de motociatas, prioritários neste governo.
E vai piorar, porque Bolsonaro vetou o reajuste de 34% nos recursos para merenda escolar no Orçamento, assim como acaba de retirar 60% das verbas para a entrega de remédios, sobretudo a idosos, pelo Farmácia Popular.
Esta gente, invisível para um presidente que diz que não há fome no país, entretanto existe, embora não seja possível prestar atenção nela desfilando de motocicleta.
Como disse um dos pequenos monstros criados pela estupidez de nossos tempos, que eles vão pedir a Lula.