A guerra se ganha ou perde na mente, antes da batalha

Fico aqui me lembrando de um bordão de propaganda de biscoito que dizia “São Luiz vende mais por que é mais fresquinho ou é mais fresquinho por que vende mais?”

É impressionante como algumas  pessoas lúcidas e esclarecidas, ainda assim, entram de inocentes no jogo da mídia.

Sábado, depois de multidões encherem as praças com o “EleNão”, estavam eufóricos.

Segunda à noite, com a pesquisa Ibope, passaram a deprimidos.

Não estou dizendo que não funcionou o medo, que não funcionaram as montagens via whattsapp e que não influíram os selvagens ataques do programa de Geraldo Alckmin sobre Haddad.

É claro que tiveram algum efeito.

Mas, repare, se é este alegado “antipetismo” que fez aumentarem os votos de Bolsonaro tão rapidamente quantos as pesquisas indicam, porque os demais candidatos não perderam para ele “votos úteis”?

Ciro não subiu nem desceu. Marina já nem tem o que perder. Alckmin também um e, por certo, este foi para o ex-capitão. O que já não se pode dizer do ponto perdido por Guilherme Boulos, certo? Assim, nada menos que todos os votos de indecisos (2% a menos), mais os que Alckmin pudesse ter perdido e ainda uns “trocados nas frações de ponto dos outros que outros tenham perdido.

Só que este é o tipo da profecia auto-realizável, porque injeta desânimo nos eleitores de Haddad, pelo menos naqueles que se deixam envolver por este “climão” que mídia e pesquisas criam.

E é por isso que se submetem a ridículos judiciais, para que não se ouça a voz experiente de Lula servindo de “muita calma nessa hora”.

O monstro tem muitas cabeças, escrevi outro dia aqui.

PS. O biscoito era Tostines e não São Luiz, corrigem-me leitores. Como eu não comia nenhum dos dois, mais “creme craquer”, porque também não falava inglês, troquei a marca.

 

 

 

 

Fernando Brito:

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