A repórter Débora Bergamasco, do Estadão, foi, até agora, a única que, até agora, teve a decência de reproduzir o despacho do Ministro Teori Zavascki que literalmente descarta que esteja sendo sequer arquivada uma denúncia feita em relação a Dilma Rousseff, como os nossos covardes jornais registraram por um bom tempo.
Nem mesmo se recusou a investigação de Dilma por qualquer restrição constitucional que o exigisse.
Simplesmente não existia nada.
Diz o ministro, em seu despacho, que, diante da narrativa dos fatos, “constata-se que o procedimento foi instaurado exclusivamente em relação a Antonio Palocci Filho, porquanto, em relação a “referência a envolvimento indireto” (fl. 68) da campanha da Presidente da República, o próprio Procurador-Geral da República já adiantava excluir, dos elementos à vista, conclusão que conduzisse a procedimento voltado à Chefe do Poder Executivo. Portanto, a rigor, nada há a arquivar em relação à Presidente da República. ”
O documento está na internet e de posse de todos os jornais, que preferem ignorá-lo.
Às favas com os escrúpulos, com já disse uma vez Jarbas Passarinho.
Nunca o jornalismo brasileiro esteve tão desgraçadamente entregue à conspiração política e, pior, já que depois de pouco mais de três meses da eleição de um governo pelo voto popular, de forma tão indisfarçada adubando os cogumelos golpistas.
Inexiste, está claríssimo, qualquer acusação de participação de Dilma em corrupção, mas é preciso construir o clima de que ela está “sob investigação” ou, se não está, que se encontra “sob suspeita”.
Não é nem parecido com o que ocorreu com Aécio Neves, um arquivamento que, dependendo de mais provas, cancela-se. Omitindo-se, porém, que há menções ao recebimento, por ele, de dinheiro escuso.
6 respostas
Em uma reuniao,nesta sexta feira, envolvendo alguns, entre outros neoudenistas, disse, após deixarem a bola quicand, o. (falavam da lista, em piadinhas)…. …”… sabem que o jardineiro do planalto no foi para a lista e nem foi solicitado seu arquivamento?”… no que me olharam com um certo espanto e depois riram…alguem que entendendo de imediato . Replicou e disee..” nem o meu nome”
Patetico, foi no Jornal da Tarde da Globo de hoje(07/03/15) Abrita, falar que quando Dilma Deixar o cargo podera ser investigada. Ta na hora da Globo, trocar sua assessoria juridica.
Então…como fica o pt com o Cerra? Será que as coisas chegaram num nível tão baixo…que já não existe oposição ou situação…mas grupos especializados em ocultar mal feitos, uns dos outros?Estou decepcionada com o pt…Somos os petracoxinhas…ou massa e manobra!
Primoroso, correto e instigante o texto. Concordo e aplaudo. Quanto à questão dos escrúpulos, não teria sido o Rubens Ricúpero em rede nacional (“o que bom a gente mostra”) em vez de Jarbas Passarinho?
O ERRO CENTRAL DE JANOT: SÓ VALE SE FOR NA PETROBRAS
Por que o procurador Rodrigo Janot decidiu arquivar a denúncia contra o senador Aécio Neves, citado pelo doleiro Alberto Youssef como beneficiário de um esquema de caixa dois eleitoral em Furnas? A explicação, escrita por Janot, é o fato de Furnas não ter relação com a Petrobras; ocorre, no entanto, que a Lava Jato, que transcorre de forma controversa no Paraná, também não é sobre a Petrobras, cuja competência jurisdicional é o Rio de Janeiro; é sobre um doleiro paranaense, Alberto Youssef, que, por acaso, trombou com a Petrobras, assim como trombou com Furnas, com a Cemig e com vários outros esquemas; confinar sua atuação à Petrobras é o mesmo que fraudar a Justiça
7 DE MARÇO DE 2015 ÀS 19:44
247 – Responda rápido: por que a Petrobras, sediada no Rio de Janeiro, vem sendo investigada pela Justiça Federal do Paraná?
(…)
Afinal, se Youssef trombou com uma história relacionada à Petrobras, dando origem ao ‘petrolão’, também seria necessário investigar outros casos de lavagem de dinheiro que envolveriam o doleiro, como, por exemplo, o ‘Cemigão’.
Cemigão, Furnão
Oficialmente, a Operação [Lava Jato] trata de um esquema de lavagem de dinheiro que tem como personagem central o doleiro Youssef. E é apenas isso que garante a sua permanência no Paraná. Se Moro pode investigar crimes cometidos na Petrobras, por que não na Cemig?
Afinal, se Youssef trombou com uma história relacionada à Petrobras, dando origem ao ‘petrolão’, também seria necessário investigar outros casos de lavagem de dinheiro que envolveriam o doleiro, como, por exemplo, o ‘Cemigão’.
(…)
… Aliás, se fosse investigar apenas a Petrobras, ou o chamado ‘petrolão’, Janot deveria, evidentemente, ter mandado arquivar o caso do ex-governador e senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Até porque, caso ele tenha mesmo recebido R$ 1 milhão, como denuncia o ex-policial Jayme Alves, maleiro de Youssef, os recursos não seriam oriundos da Petrobras – mas de algum outro esquema.
Alguém precisa dizer a Janot, urgentemente, que a Lava Jato não diz respeito à Petrobras, mas sim a um doleiro paranaense. Confinar sua atuação à Petrobras é o mesmo que fraudar a Justiça.
FONTE: https://www.brasil247.com/pt/247/poder/172437/O-erro-central-de-Janot-s%C3%B3-vale-se-for-na-Petrobras.htm
Caro Weldison, fale em seu nome apenas, por favor! Não nos inclua em sua opinião!