Enquanto Jair Bolsonaro faz demagogia mezzo mossarella- mezzo calabresa comendo pizza nas calçadas de Nova York, por não ter a vacina exigida para entrar em restaurante na “capital do mundo”, aqui nos preparamos para mais um dia em que você vai ver o dólar subindo e as bolsas caindo.
Não, desta vez não saiu nenhuma nova bobagem da boca presidencial para fazer o “barulho político” que Paulo Guedes aponta como a causa da depreciação do real, mas o golpe que os fundos internacional devem ter com a insolvência do complexo chinês EvergrandeGroup ameaçando espalhar uma crise no mercado de construção civil no país, que captaram dinheiro mundo afora.
As bolsas internacionais registram forte queda e isso vai chegar aqui, no câmbio e no mercado de ações, com a piora de percepção da economia mundial e o crescimento da aversão ao risco dos investidores internacionais.
Já seria uma segunda-feira de maus momentos, porque o Boletim Focus do Banco Central vai completar 28 semanas elevando a expectativa dos bancos e financeiras para a inflação deste ano (por enquanto para algo em torno de 8,5%, e subindo) e para 2022 (prognóstico de cerca de 5%) e reduzindo outra vez, e forte, a estimativa do Produto Interno Bruto do ano que vem.
O dinheiro sempre sobrevive e pode ser que seja uma pequena marola de expectativas econômicas o que esteja acontecendo, mas a situação de otimismo com um salto de recuperação pós-pandemia está mesmo se dissolvendo.
Portanto, o pessimismo com a situação econômica que a Folha revela hoje (69% acham que a economia piorou) tende a se ampliar nos próximos meses, sem reajuste de Bolsa Família que possa atenuá-lo.
Bolsonaro, que sonhava com uma pizza gorda e bem fermentada para ajudá-lo na eleição, melhor já ir se agostumando que ela será magra e solada.
Mezzo inflação – Mezzo recessão.