A política, dos líderes aos meganhas e, agora, aos amanuenses

amanuenses

O PT entrou no TSE com um pedido de auditoria das contas da campanha de Aécio Neves.

Motivos, há: os tucanos substituíram 87% dos recibos eleitorais emitidos em prestações de contas “retificadoras“, num total de 2.397 comprovantes de doações eleitorais de autores ou valores modificados, entre eles os de grandes empreiteiras.

Também apareceu um “depósito em dinheiro” de origem não identificada, de R$ 1,2 milhão.

A demora explica-se pela lentidão com que o Tribunal Superior Eleitoral tornou disponível para consulta as duas retificações dos tucanos, entregues em 17 de dezembro de 2014 e em 11 de março de 2015, mas só dadas a público em 4 de setembro último.

Há diferenças graúdas e há, também, mixórdias, como o caso de três funcionários do gabinete do Senador que receberam para trabalhar em sua campanha. Algo que só serve para mostrar os pezinhos de barro dos nossos “megamoralistas”.

É natural que o PT peça a auditoria, até para colocar o Tribunal diante da vergonha de ter procedido com rapidez e rigor diante das contas da campanha de Dilma e entregue-se a uma enorme leniência com as de Aécio. E também as de Marina, porque até hoje não se sabe como foi parar na campanha da chapa do PSB o “jatinho sem dono” que terminaria por matar Eduardo Campos.

Mas, francamente, é deplorável ver a discussão da maior e mais importante disputa eleitoral reduzida ao que está, no âmbito do TSE e de outros: um duelo de amanuenses para ver quem tem os papéis “mais certinhos”.

Vigia-se tudo, menos a maior das imoralidades, que é o fato de nossas campanhas terem se tornado milionárias, com a intervenção de injeções financeiras de tal ordem que nem o mais crédulo dos ingênuos pode achar que são gratuitas.

Pior: no caso de Dilma, a ferocidade do exame determinada por Gilmar Mendes, o mesmo que defendeu, quase a patadas, financiamento privado das campanhas, faz isso parecer-se tanto com moralidade quanto uma verificação exigente do livro-caixa de um bordel.

Aliás, logo ele, que duvida tando de doações espontâneas que até as “vaquinhas” feitas para pagar multas de condenados do chamado “mensalão”, disse serem uma “armação”.

Agora, diante do “troca-troca” de recibos de doação dos tucanos, vamos ver se será este o comportamento.

Ontem, falei aqui que a vida política brasileira andava de forma a deixarmos de lado as eleições para os cargos de Governo e passamos a votar para juiz, promotor e delegado, porque são eles quem, na prática, dirigem e querem dirigir o Brasil.

Hoje, acho necessário agregar à lista os contadores, profissionais tão bons que nunca se viu, em balanço algum de qualquer empresa, em tempo nenhum, uma diferença sequer de um centavo entre receitas e despesas. Um mundo fantástico, onde ninguém perde, sequer, uma moedinha…

 

 

 

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8 respostas

  1. O Dias Toffoli e o Gilmar Mendes nem deveriam esperar por algum pedido de auditoria, para agirem.

    Quer dizer, se fossem sérios, né?

    1. Privataria Tucana, Caso Banestado, Lista de Furnas, aecioporto, dinheiro da Saúde de MG desviado, publicidade do governo mineiro toda na mídia da família Neves, contas de campanha que não fecham e nossas “republicanas” instituições não só fecham os olhos para tanta bandalheira como blindam e protegem os criminosos. Por tudo isto (e muitas maracutaias mais) a tucanalha é que tem o que comemorar.

  2. Isto só demonstra o que já sabemos de longa data: CUnha e a patroa são trombadinhas quando comparados com aécim de Furnas e sua irmã.

  3. Tá faltando remédio tarja preta na praça? Pois acredito que esteja, dado os comentários de um tal de Padilha. Vai pra casa, infeliz

  4. Não existe tucano desonesto! As propinas praticadas por eles são propinas do bem. Corrupção limpinha e cheirosa.

    O PeTê sim é uma quadrilha. O PeTê inventou a corrupção. Antes, no governo do P$DB tudo era lindo e baravilhoso.

    Je Suisse Cunha.

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