O PT não inventou o jogo das campanhas milionárias.
É verdade que as aceitou e não pode haver campanha milionária, evidente, sem milhões.
Ou bilhões, porque em 2014, os gastos das campanhas para Presidente, Governador, Senador, deputados federais e estaduais já passaram e muito do bilhão: chegaram a R$ 5 bilhões, isso o declarado.
Ainda nos falta muito para alcançar o padrão de democracia que os nossos liberais querem para cá.
Nos Estados Unidos, as eleições de 2012, entre o Congresso e Casa Branca, foram custeadas com exatos US$ $6.285.557.223, ou R$ 23,25 bilhões, ao câmbio de hoje.
Valores neste montante vão ser doados pelos militantes, em “vaquinhas”, ou reunidos em feiras, rifas ou quermesses?
Fala sério, como diria o falecido Bussunda.
Esse é o nó de toda esta história das doações de campanha terem sido ou não “propina”.
Ora, para o PT, para o PSDB, para o PSB e para qualquer partido, ressalvada uma outra pequena quantia dada por simpatias pessoais ou partidárias, são sempre – no mínimo – a porta para estimular (ou receber) gratidões e influências traficadas.
E como estas doações serão feitas, se não forem pedidas?
E como um administrador ou um parlamentar pedir a um empresário que tenha negócios com governos sem que isso. amanhã, não seja apresentado como achaque, mesmo que eventualmente (e olhe lá este eventualmente) não seja?
Todos os “príncipes da moralidade”, tucanos e demistas, sem exceção votaram pela continuidade do financiamento privado das eleições.
Todos eles receberam e em imensos volumes o dinheiro das empresas execradas como corruptoras na Lava Jato.
A deles, claro, foi “honesta”, desonestas foram só as dos seus adversários.
A imprensa, “indignada com a corrupção”, assistiu sem grandes protestos as manobras de Eduardo Cunha – tentando constitucionalizar esta podridão – e de Gilmar Mendes, sentando em cima da decisão do Supremo que as proibia.
A regra do jogo eleitoral é o dinheiro e é ela quem está tornando, aos olhos de parte da população, política em corrupção.
Esta é a verdade que a hipocrisia tenta ocultar com sua falsa histeria.
14 respostas
(Aqui só se cada brasileiro doasse 10 reais – R$ 10,00 x 200 milhões dá 20 bilhões? – tô com preguiça de fazer a conta). Então, não entendo, a UTC doou mais para o PSDB que para o PT e será que alguém da investigação perguntou ao Pessoa qual foi o caminho dessa doação, de onde saiu esse dinheiro para o PSDB? Creio que dificilmente as empresas teriam um esquema para um e outro esquema para outro, não? Se o esquema fosse só do lado do PT, com o Vaccari no meio do campo, não seria lógico que a UTC tivesse doado mais para o PT? Mas não foi o que se deu… Alguém me explica?
artigo direto ao ponto: ( 1+ 1 = 2) Mais que isso só desenhando.
Parabéns Fernando.
Haverá um momento em que o povo tomará consciência de que está atirando pedras na Maria Madalena equivocadamente. Haverá um momento em que o povo tomará consciência de que os gatunos do PMDB, do PP, do PSDB, do DEM e de tantos outros partidos é que devem ser os verdadeiros alvos das pedras que tem sido desferidas diuturnamente em Dilma. Será que haverá um tempo para se arrepender?
Conseguiram calar os comentaristas do Conversa Afiada, do Viomundo e de outros blogs de esquerda. Estamos nos aproximando do domínio total da comunicação pelas forças reacionárias no Brasil.
Nem é preciso defender que as empresas podem apoiar quem quiserem e isso pode ser totalmente legítimo. Suponhamos que o financiamento empresarial fosse proibido. O que impediria o governante corrupto de fazer um esquema de desvio com uma empresa depois? NADA. Ele poderia obrigar o empresário a lhe pagar o pixuleco em espécie, em contratação de falsas consultorias, em palestras sem serventia, etc. Lavar uma parte do pixuleco como contribuição eleitoral adicional é só mais uma opção quando isso é permitido legalmente.
Prezado Mauricio Dias,
Já viu a capa da Época ?
Pois bem consiga a foto de FHC com FIDEL CASTRO.
Vamos espalhar por todos os lugares, principalmente, os mais próximos da Globo e do PSDB
o petismo fez uma proposta do povo brasileiro: todos só votaria nesse que só apresentaria candidato honesto e nunca roubaria nada para fazer campanha. Mas como o povo não aceitou…..
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.:.
:: 04:13 Ouvindo As Vozes do Bra*S*il e postando:
… .
Até o Olavo (Bilac) oPTou ! ! ! ! Perceba: Ora (direis) ouvir estrelas! . . .
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XIII
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“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-Ias, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto …
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E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
*
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
*
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”
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Olavo Bilac
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Ley de Medios Já ! ! ! ! Lula 2018 neles ! ! ! !
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até mesmo o mais arrebatado imbecil sabe que em país fundado por escórias sociais, estatais são criadas exatamente para ser corruptamente roubada, pois sem isso nem haveria quem quisesse qualquer qualquer cargo político
Já preparei meu estilingue e as pedrinhas de cascalho.Quando o Pixuleco passar por aqui,vou furar….
Fora de Pauta
A visão seletiva da Lava Jato sobre o “estorvo do processo”
DOM, 06/09/2015 – 08:22
Luis Nassif
Em direito existe o que se chama de “estorvo do processo”. Todo cidadão está sujeito a ser processado, do mais humilde ao presidente da República.
Mas existe também o conceito da repercussão política do processo, princípio que rege muitas decisões judiciais.
Por exemplo, por mais justo que seja determinado pleito, nenhum Ministro do STF vai votar a favor de uma ação que implique na quebra do país.
O mesmo princípio vale para processos com repercussão política. Um juiz deverá tomar duas vezes mais cuidado para expor o presidente da República ao “estorvo do processo”. Não significa que deva poupá-lo, mas que tomará cuidado redobrado antes de expô-lo e com a própria exposição em si. Porque expor a presidência da República significa expor o país.
O Procurador Geral da República tomou a decisão de expor ao “estorvo do processo” campanhas de Lula e Dilma. Dilma é a presidente da República.
Lula é um ativo nacional, o político que representa a esperança de milhões de brasileiros e – queiram ou não os opositores – o brasileiro que melhor representa a face legítima do país perante o mundo. Ele está para o Brasil como Mandela para a África do Sul, Ghandi para a Índia, Luther King para os Estados Unidos.
Já Aécio Neves é um senador, candidato derrotado a presidente da República. Geraldo Alckmin é o governador de um estado importante, assim como José Serra, um ex-governador, os três sem um centésimo da representatividade de uma presidente da República ou de uma personalidade internacional como Lula.
Todas as empreiteiras citadas na Lava Jato colaboraram com a campanha de Aécio, seja por dívidas passadas, seja por promessas futuras. A não ser que se acredite que empreiteiro pague dízimo para ir para o céu.
Contra Aécio pesa uma delação premiada com todas as peças de esquemas de financiamento eleitoral ou de enriquecimento pessoal: os valores recebidos (US$ 150 mil mensais), a ponta pagadora (Furnas), a empresa que lavava o dinheiro (a Bauruense) e a destinatária (a irmã de Aécio).
Mesmo assim, Janot não julgou adequado expor Aécio ao “estorvo do processo”.
As empreiteiras implicadas na Lava Jato têm obras em Minas Gerais e São Paulo. Algumas delas têm mais obras com os respectivos governos estaduais do que com a própria Petrobras. No caso paulista, há em curso uma denúncia de suborno do cartel dos trens abafada pela cúpula do Ministério Público Estadual.
No entanto, Janot teve cuidado para não submeter ao “estorvo do processo” os ex-governadores Aécio Neves, José Serra e o governador Geraldo Alckmin.
No caso mineiro, Janot aceitou a denúncia contra o mais insuspeito dos políticos: o ex-governador Antonio Anastasia. Aparentou uma neutralidade discutível, porque quem conhece Minas, Aécio e Anastasia sabe onde o calo pega – e não é em Anastasia.
Que a lava Jato faça o PT purgar seus erros, sim. Arreglos políticos que permitiram descontroles de tal ordem, a ponto de um mero gerente acumular mais de US$ 100 milhões em dinheiro desviado, merece toda punição do mundo. E se o partido não tem a mínima capacidade de se defender de manobras políticas, problema dele.
Quando investe contra o instituto da presidência e contra o brasileiro mais reputado do planeta e, ao mesmo tempo, poupa todos os próceres do PSDB do “estorvo do processo”, Janot patina.
Não adianta alegar que o inquérito será isento, dando todas as oportunidades para as partes se defenderem. O efeito político é imediato. O “estorvo do processo” é combustível para campanhas de impeachment, para desestabilizações políticas mesmo que, ao final, absolva o investigado. Ao poupar Aécio, a Lava Jato abre espaço para que a oposição amplie a campanha do impeachment, com Aécio posando de grande cruzado da ética.
A opinião pública que conta – aquela realmente bem informada – sabe que o rei está nu. O que se pretende com essa blindagem?
Não adianta os bravos Intocáveis da Lava Jato sustentarem que seu foco são apenas os malfeitos na Petrobras. Não faz lógica que, tendo à mão a possibilidade de interrogar os maiores financiadores de campanha do país, aceitem ouvir apenas as denúncias contra um lado. Se podem passar o país inteiro à limpo, porque não aproveitam a possibilidade? De posse da denúncia, que se abram novos inquéritos para outros procuradores tocarem, permitindo à Lava Jato manter o foco.
Caro Antonio…totalmente dentro da pauta. É perfeito o comentário do Luis Nassif sobre o “estorvo do processo”. Ora desde a lista de Furnas engavetada, já durante as eleições passadas, que o Janot dava ares de golpe baixo ao próprio governo que o acolhera. Dilma teve a chance de mudá-lo, novamente marcou e o reconduziu ao cargo. Agora paga o preço -e o povão junto- pois ele tem o poder por mais dois anos, ou seja, até o inicio da nova campanha presidencial. E porque Janot age assim? Corporativismo puro! Se a tucanada corrupta assume o País, mais a mão no bolço da viúva, com mais benefícios à “gang togada” , que por decreto “jurídico” se concede todo tipo de pinduricalho salarial, isento de imposto. Exemplo mais descarado do que o próprio Juiz da Laja Jato…rendimentos do Mr. Moro = R$ 77 mil mensais, ou seja duas vezes o soldo da “republicana investigada” a própria presidenta da República!
Como os ‘criativos’ daqui chamariam o pixuleco dos EUA?
O Tijolaço tem um mérito que outros tão queridos blogs não teem: é facílimo dar um pitaco, sem baixarias, é claro. O Conversa Afiada agora instituíu um novo modelo de comentário que exige uma senha que não sei qual é. Não é do email usado nem nenhuma outra que tentei. Nem dá a opção do DCM de comentar como visitante. Com muita tristeza estou deixando de acessar o admirável Conversa Afiada por isso. Tentei enviar um email explicando minha dificuldade mas retornou com um número enorme que não serve para nada. Já deixei de frequentar outros blogs nossos com os quais até colaborava mas que tinham obsessão em repercutir as mentiras do “detrito sólido de maré baixa”, por isso os nossos blogs vão ficando cada vez mais restritos, exceto o Tijolaço pela simplicidade de seu acesso e pela facilidade de se dar pitacos nele.