Publico abaixo a resposta do professor Rudá Ricci ao post que fiz sobre a sua entrevista à Folha.
Apesar de não concordar com tudo, não vou fazer tréplica porque senão vão pensar que é briga, e não é.
É apenas debate político, bastante amigável, aliás, graças a Deus.
Acredito que estamos todos completamente exaustos do clima de guerra de campanha eleitoral.
Desejamos desesperadamente polêmicas, mesmo que incandescentes, fortemente polarizadas, mas conduzidas com respeito mútuo, bom humor e espírito democrático.
O debate continua, porém, porque os leitores irão comentar. E nenhum debate político, numa democracia, termina.
A razão de ser de uma democracia é existir o debate.
Um debate infinito em busca de mais democracia e mais liberdade.
Obrigado pela resposta, Ricci.
O espaço estará sempre aberto para suas opiniões.
*
RESPOSTA AO TIJOLAÇO/CAFEZINHO A RESPEITO DE MINHA ENTREVISTA NA FOLHA DE HOJE
Miguel,
Em primeiro lugar, agradeço esta oportunidade de diálogo. Não preciso reforçar que escrevemos e damos entrevistas para o debate. Sociólogo clandestino é tudo, menos sociólogo. O agradecimento é ainda maior porque você leu com muita atenção minha entrevista, o que aumenta minha responsabilidade neste diálogo.
Vou seguir suas observações. Mas, antes, gostaria de reafirmar que pensamento crítico não se alinha, necessariamente, ao de um partido. Aliás, embora seja verdade que não é todo partidarismo que se transforma em correia de transmissão, a história política é farta em confirmar que este fenômeno não é algo tão estranho.
Vamos lá:
1) O respeito entre nós é mútuo. O que nos obriga a dialogar quando divergimos um do outro. Como dizia Hannah Arendt, “o silêncio é o início do fascismo” porque ignora o outro;
2) Não usei o termo “manipulação” como criminalização. Nem de longe gosto da postura de vestal em análise política. Eu utilizo o termo como tantos autores o empregaram no pensamento crítico, principalmente aquele inaugurado por Foucault. A campanha de Dilma – e eu tenho farto registro do nosso acompanhamento diário, incluindo troca de mensagens – elaborou uma estratégia de comunicação detalhada. Na última semana do primeiro turno, fomos informados que a escolha de Aécio Neves como adversário era fundamentada em dados minuciosos de pesquisa, que indicavam claramente a facilidade de desconstrução de seu personagem. Esta mensagem em específico, detalha o que ocorreria durante a primeira semana do segundo turno e como ele seria descontruído a partir do debate que seria realizado na Band. Terminava com o assombroso vaticínio que Dilma venceria com 53% dos votos;
3) Eu coordenei o programa agrário da campanha de Lula, em 1989. Nem de longe tínhamos tal grau de informação e precisão que percebi nesta campanha. Manipular é quase sinônimo de “desconstruir”. Porque significa que você sabe como o eleitor pensa e como fazê-lo reconstruir seu olhar. Não se trata de algo que tem relação com o processo educacional, que é longo. Tratava-se, no caso, de mudança de opinião em uma semana. Você pode escolher a palavra para isto. O que menos me importa é nomenclatura. O que importa em termos políticos é o que se faz e como se cria a opinião pública. E foi exatamente isto que a campanha de Dilma fez, com precisão milimétrica. Estamos lidando com um novo paradigma de campanha eleitoral (não vou entrar na origem e significado deste conceito que você avalia ser acadêmico, mas não é);
4) Sobre a frase “o PT não foi formador direto de opinião”, houve um erro na formulação O que eu afirmava é que as redes sociais não são, ainda, formadores de opinião direta. Elas impactam os militantes – petistas, no caso – que irradiam. A ideia é esta. Há quem, sem estudar o fenômeno, acredite que as redes sociais formaram opinião. Há farto material comprovando que não ocorreu isto porque os partidos brasileiros só falam com iguais ou pares, não sabem dialogar com quem pensa diferente. A linguagem partidária é direta (ataca o adversário e se autopromove) não é interativa ou lacunar, como caracteriza qualquer rede social. Imagino que, com o tempo, os partidos aprendam;
5) Você afirma que não é verdade que o PT pensava o eleitor como alguém a ser formado. Prove. Eu tenho como provar, com facilidade, o que foi feito em poucas semanas, tanto com Marina, quanto com Aécio;
6) Não gosto de moralismos em política. O que a campanha fez foi inocular o desejo ou intenção. Não se trata se o fato é verdadeiro ou não. Trata-se de criar uma comoção que não existia antes, mesmo o post de Juca Kfouri já ter sido postado antes da campanha. Não se iluda: não foi apenas o post de Juca que criou uma “onda emocional” das mais inteligentes. Foi a fala de Lula na mesma noite do debate onde Dilma citou a Lei Maria da Penha, foram as inúmeras postagens nas redes, enfim, foi uma belíssima ação programada e articulada para criar uma onda de desconstrução. Pense um pouco no significado político (e concreto) da palavra desconstrução;
7) Sinceramente, penso que o moralismo é seu. É perceptível sua intenção de não explicitar uma estratégia de marketing muito bem articulada pela campanha de Dilma, absolutamente profissional e que dá um passo adiante na americanização do jogo eleitoral no Brasil. Mas, sigamos à frente;
8) Aprendi que quando se utiliza muito adjetivo numa análise é porque não há substantivos a apresentar, ou seja, a argumentação definhou. Você se agarrou ao argumento único do moralismo. Até para concordar com o óbvio. Você afirma que eu fui ingênuo ao citar a campanha mais bem estruturada e empresarial que o país já viu. Contudo, em seguida, afirma que isto seria o óbvio para uma campanha presidencial brasileira. Seria importante você se decidir: o óbvio é ingênuo ou é apenas o óbvio?
9) Sobre a votação de Aécio, você percebeu, a redação ficou truncada. Minha observação é a seguinte: São Paulo se contrapôs ao nordeste como polos eleitorais. A votação de Dilma no nordeste só tem paralelo em termos percentuais com São Paulo. Nem o sul, nem centro-oeste, chegaram próximos das diferenças entre os dois candidatos. Sem São Paulo, Dilma provavelmente teria vencido no primeiro turno. São Paulo deu 10 milhões de votos para Aécio no primeiro turno, mais que a votação de Serra, a soma da votação de Skaf e Padilha, a soma da votação que Marina e Dilma tiveram em São Paulo. Não há dúvida que o desempenho de Aécio no final do primeiro turno e mesmo no segundo se deve à decisão paulista. Esta polarização é facilmente comprovada. Brigar com os fatos não é sinal de inteligência;
10) A polarização que revela sinais de esgotamento não é de projetos, mas de comandos partidários. A polarização PT-PSDB está demonstrando nítidos sinais de esgotamento. Aécio quase despencou, em setembro, a um dígito em intenção de votos, desmantelado pela figura de Marina. Marina desintegrou porque não sustentou a promessa de novidade. Na primeira pesquisa Datafolha em que ela aparece substituindo o nome de Eduardo Campos, já se apresentava com 21% de intenção de votos (em segundo lugar na corrida eleitoral). Ao decompor este eleitorado, descobria-se que vinha dos indecisos, dos que afirmavam que anulariam o voto ou votariam em branco (Marina capturou 50% desses eleitores). Na segunda pesquisa, Marina subiu mais 7% na intenção de voto, agora capturando o eleitor evangélico. Foi aí que errou grosseiramente porque procurou atrais os evangélicos e perdeu os que buscavam a terceira via. Ao se apresentar como candidata tradicional – dada a aproximação com empresários e pastores dos mais tradicionais -, desintegrou a canalização dos eleitores insatisfeitos.
Este fenômeno vem se apresentando em todas eleições, desde 2010. Esteve presente nas manifestações de junho de 2013. Há uma parcela significativa do eleitorado (entre 35% e 40%) que vem oscilando e se apresentando de maneira movediça. Um eleitorado conservador, que se formatou em termos de cultura política e valores sociais com a inclusão pelo consumo que, como sabemos, promove um pensamento egoísta, de valorização da família e da ordem social, em detrimento da solidariedade social. Fenômeno já estudado, por exemplo, nos EUA da década de 1950. Desconsiderar que na última década combinamos este fenômeno com ausência de embate ideológico (de ampliação de direitos) em virtude da conciliação de interesses que formatou o lulismo será um dos exercícios mais complexos e mirabolantes que um analista poderá fazer;
11) Acredito que você não tenha a menor ideia do que é Aécio Neves. Ele não tem condições de liderar o país e vai demonstrar isto em poucos meses. José Serra, em poucas semanas, demonstrará a diferença de estofo entre os dois, na mesma casa legislativa, o que facilitará o didatismo para apresentar esta prova. Não se perde da maneira como Aécio perdeu em sua terra, perdendo cavalo, exército e estandarte, e se apresenta como general de cinco estrelas. Nem em lendas quixotescas me parece provável;
12) Você avalia que “talvez” o ataque aos programas sociais tenha criado a insegurança nos pobres que eu cito na entrevista. Infelizmente, não lido com condicionantes e hipóteses sem qualquer base de comprovação;
13) Finalmente, a militância tucana. Não havia registros de ações de rua nitidamente tucana. Nesta eleição, houve. Se foi um erro de investigação, não posso dizer. Só trabalho com dados concretos. E eles não existiam. Portanto, não farei ilações. Aliás, parece que você também não tem a menor certeza se havia militância antes. Se continuarmos neste nível de imprecisão, chegaremos a dar razão à inquisição que pressionou Galileu.
Miguel, acredito que você se preocupou com minha entrevista porque eu desnudei parte dos bastidores da campanha eleitoral. Evidentemente que qualquer análise política se baseia em dados e fatos e, como dizia E.P.Thompson, é o historiador que dá sentido à história. Não sou historiador, mas sou casado com uma. Não negaria a autoria e, portanto, o encadeamento dos dados que eu faço ao analisar. Por isto mesmo, a melhor maneira de discutirmos é a partir de fatos e dados, ou seja, o mérito ou essência do que eu afirmei. Tentar desconsiderar com um ou outro adjetivo seria retornar às brigas internas do início do século entre os primeiros militantes do PCB.
Afinal, nem eu, nem você, somos candidatos a algum posto de direção política. Portanto, nosso objetivo é aprofundar e organizar uma leitura sobre a realidade e nossas possibilidades de avanços democráticos. Eu tenho, evidentemente, minhas convicções políticas. Não sou dos que acreditam que o poder está no governo. Li muito Gramsci e fui filiado à Democratici di Sinistra. Creio que é possível ter poder sem ser governo, uma máxima da esquerda gramsciana e que orientou o PT durante mais de uma década.
Creio na necessidade da reforma democrática do Estado brasileiro, tornando-o mais poroso ao controle social. São crenças que os aferrados ao Fla X Flu eleitoral desconsideram. Meu horizonte de leitura política, evidentemente, não é este conservadorismo que se limita à quem recebe mais votos na urna eletrônica. Se fosse assim, estaríamos jogando todas inovações que tantos de nós lutaram para incluir na Constituição Federal de 1988 ou em inúmeras leis federais. Criamos 30 mil conselhos de gestão pública com intenções mais ambiciosas que fazer registros sobre o número de reuniões ou conferências nacionais de direitos individuais e sociais. Mas, há quem se limite a este rame-rame institucionalista. Vê o mundo pelos olhos dos partidos e Estado. Não deixa de ser um olhar. Mas me parece absolutamente vesgo para quem se pensa de esquerda.
37 respostas
Citando Hannah Arendt, a incapacidade de pensar em profundidade leva a banalidade mal. O autor definitivamente não conhece a militância autônoma e combativa do PT que nem passa pelos comitês para receber orientações de como convencer o eleitor. O militante do PT não busca argumentos emprestados dos outros. Seu argumento é a sua convicção de que o governo está fazendo uma reparação histórica para os que viveram à margem da miséria põe séculos. O problema é que o professor pensa academicamente, muito longe da realidade.
Pensa seletivamente e de forma preconceituosa. Inadmissível até para um ociologo.
Já os coxinhas repetem exaustivamente o que leem e veem no PiG: bolivarianismo, cuba, comunismo, corrupção, mensalão, petrolão, Yussef, etc.
O ociologo não consegue ver a monumental diferença.
anac, assino embaixo… esse cara é soberbo e pretensioso demais…
Concordo com você e falo com o sentimento de uma militante anônima, como milhares que existem por aí. O que aconteceu nessa campanha foi que esperávamos há muito tempo que o PT saísse das cordas em que se deixou colocar desde o estouro muito bem calculado do dito “mensalão”, e voltasse a ser combativo.
Finalmente, isso aconteceu e o reflexo foi a volta da combatividade de militância, que estava hibernando desde então. Foi a coragem (cálculo? bem feito, pela primeira vez em anos) da campanha e a postura da Dilma (calculada? muito bem, pelo visto), que voltou a incendiar todos aqueles que esperavam munição para dar o troco aos absurdos que a mídia propaga diuturnamente.
Desconstruir é um crime só quando o PT divulga os podres do Aécio e da Marina, de forma bem fundamentada. Que nome o sociólogo dá ao fato de falarem – sempre mal -do PT e do governo a cada segundo do dia, sem fundamentação nenhuma? Ou ao não divulgar notícias importantes, mas que são boas para o país, que nome isso tem? Omissão, será? Manipulação, talvez?
Quanto ao fato de o debate nas redes não formar opinião, acho que ele não usa as redes, ou lê análises descoladas da realidade. As redes foram fundamentais nessa eleição, e só quem não militou por elas pode pensar o contrário.
A campanha da Dilma e do PT se profissionalizou, sim. E só posso ficar contente com isso. Ganhou a militância, que passou a ter material para trabalhar em cima, ganhou a população, que pode se informar melhor pela primeira vez em anos sobre o que o governo vem fazendo, e o país ganhou mais 4 anos de projetos voltados para o social por meio do desenvolvimentismo econômico. Viva o povo brasileiro, que está exercendo o seu direito ao voto apesar de tudo e de todos, nesse aprendizado por vezes doloroso sobre o que é uma democracia e o que estava em jogo nessas eleições.
Muito bem, Thelma Oliveira!
A mídia nas mãos das 5 familias, fazem campanha politica diariamente desconstruindo o atual governo, se utiliza de golpes fascistas nessas revistas decadentes e essa oposição tem a cara de pau de dizer que foram perseguidos, levantado falsos testemunhos e outras lorotas contra sua campanha, pra justificar suas incompetência, tenha a santa paciência. Dar espaço e papo a esses lesa pátria, que encontram eco nesse tipo de defensores é jogar contra o próprio patrimônio. Tem que ficar bem claro para qualquer cidadão, essa oposição representa o Caos. Deixaram o país quebrado, em 2002 e conseguiram, pasmem, acabar com o Plano Real, do governo Itamar, com taxas de inflação de 12%, taxa SELIC de 45%, risco Brasil de 2000 pontos e vem esse papo maroto que a campanha da oposição não falou em acabar com os programas sociais. Como não? Se falou que não viam muito sentido nos instrumentos que proporcionam a execução dessas politicas, os bancos publicos BB, Caixa e BNDES. É substimar a inteligência e a capacidade de raciocínio do cidadao comum. Minas e São Paulo vivem o Caos, com décadas de administração da oposição. Se não tem competência pra administrar essa pequena região querem voltar pra acabar e vender o resto do pais? Parecem cupim, por onde passam só destroem. Qual a obra estruturante que fizeram no pais? Qual ideia própria implementaram? PROER? Importante, mas a mando do FMI e, depois de salvar banqueiros com dinheiro publico, só o Cacciolla levou 1,5 bilhões de dólares esta aí livre, solto e saltitante com a merreca no bolso. Como levar a sério esses vendilhões e súditos do Rei Mercado?
Cara de pau que nega o Manchetometro, o golpe – bala de prata – do esgoto veja no ultimo minuto da eleição.Disso ele não fala.
Perigoso para ele é a militância virtual petista. Não são as cinco famílias com seu monumental poder – TV, revistas, jornais, sites, blogs, milhões de jornalistas, etc – seu monopólio midiático que atinge milhões de brasileiros diuturnamente manipulando informação, mentindo, injuriando, difamando, caluniando diuturnamente o governo petista. O ociologo quer enganar a quem? Pensa que todos são otários?
Lendo as respostas qualificadas ao professor(enunciado com o mais americano dos sotaques)é de se crer que o tal se deu ao trabalho de responder às criticas da forma que o fez(com desqualificações, assim como nas críticas à propaganda do PT)porque se sentiu atingido. Ele, assim como tantos na mídia se valem de uma grife, no caso o de sociólogo diretor de um instituto, para deixar a reflexão e a análise balizada de lado e partir para a reação polêmica e fugaz. Tempos de internet não livram ninguém de opiniões rasteiras, nem mesmo doutores com PhD.
Caro Fernando,aprecio sua civilidade,portanto como não militante do PT e fazendo parte dos que não querem os anus FHC de volta ou mesmo,queremos furar o ovo da serpente,tomo a liberdade de responder:Ricci,vg escreve na Fallha por que é coxinha e ponto final!
Certo, um bom debate. Porém a frase “Sociólogo clandestino é tudo, menos sociólogo” pode ser parafraseada para “Sociólogo que não vai às ruas, que não sai de seus livros que lê em gabinete refrigerado sem observar cientificamente o que se passa na sociedade, também não é sociólogo. A impressão que passa hoje a sociologia é esta: Um grande distanciamento do seu objeto de estudo por preguiça de gastar as solas dos sapatos. Que o diga FHC que quando teve que governar desdisse o que havia escrito, colocando em situação melindrosa os seus orientandos com suas teses universitárias. Se os sociólogos tivessem observado “in loco” as manifestações de junho de 2013 hoje compreenderíamos melhor o que se passou e qual a verdadeira natureza daquilo que foi a exteriorização das atitudes fascistas que hoje transbordam para as ruas e ameaçam a democracia. Mas não; aqueles mauricinhos e patricinhas foram tomados como povo e cooptados pelos interesses capitalistas e da oposição para atacar o governo e bloquear no congresso leis que não eram do interesse da direita.
Rudá é um analista respeitável, sem dúvida. Com uma ótima posição política que, por exemplo, lhe permitiu, muito antecipadamente, defender o não-voto em Aécio. Palmas.
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Mas, ao tentar vender que não trabalha com ilações, não lida com condicionantes e hipóteses sem qualquer base de comprovação, só trabalha com dados concretos, Rudá força a barra. Fosse assim, não teria se decepcionado com Marina APENAS no decorrer da presente campanha eleitoral, quando os fatos e dados concretos da função política enganadora desta senhora já estavam postos há muitos anos. Fosse assim não teria se extasiado tanto com as “jornadas de junho”, a ponto de não notar e não dar o merecido valor aos ovinhos de serpente semeados na avenida. Rudá deveria reconhecer a parcela de crença sonhática e moralista que incorpora à sua ciência, e que o leva a cometer, pelo menos, atrasos temporais importantes em suas análises e conclusões. Deveria usar mais a intuição e incorporar outras ferramentas, além da história, para poder identificar mais rapidamente o comportamento das pessoas, em especial no que diz respeito às falsidades de vários tipos.
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E interessa a nomenclatura, sim senhor, Rudá. Sem uma linguagem comum, não dá para discutir. Não dá para fazer adequações e reinventar significados das palavras ao bel prazer.
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E tampouco é razoável criticar o uso da verdade para desconstruir a mentira dos generais de papelão e das santinhas do pau oco.
Esse é um só-ciológo nada mais, tucano até a última penugem do rabo.
Caro amigo Ruda,
a meu ver, nao ficou claro em sua entrevista , se vc coloca a palavra manipulacao na conservadora
folha, como algo positivo ou negativo !
Se vc tivesse usado a palavra desconstrucao, os eleitores da falha poderiam acreditar, que o PT ,
chegou ao nivel dos EUA como um fato positivo, soando assim como elogio (merito ) ?
Nao o fazendo, os mesmos, que nao leram os filosofos, ficam com a certeza, que o processo nao foi justo e potencializa aos mais exaltados,forcas e vontades para o terceiro turno ?
Vc nao acha que deveria ter dado enfase nesta entrevista, que o PT e a politica de um modo
geral foram desconstruidos (manipulados) e portanto, os acertos em que fomos protagonistas, por
todos estes anos,deveriam ter sido mostrado, deveriam vir por gravidade ?
Erro nosso estrategico e estamos pagando caro por ele, o que nao ficou claro em sua explicacao,
objetiva e nem mesmo citou, que isto e pratica corrente do psdb e foram como sempre, sem a
ajuda do silencio da midia, incompetentes!
Este debate e muito serio, talvez a terceira via seja mais importante em 2018, pq ate entao,
so existiram ,nos contra eles.
Nao existe militancia do psdb e sim militancia anti-PT e anti-povo !
Abracos do amigo Raul.
Com a ajuda da mídia .
Acho interessante dizerem que a campanha petista tentou desqualificar os adversários. Mas apenas mostraram o que seriam, caso eleitos, baseado simplesmente em suas propostas de governo. Afinal, todos sabemos o que representa o neoliberalismo e o conservadorismo.
Também as questões levantadas sobre Aécio Neves e seu desgoverno em MG é de conhecimento público (mesmo que o PIG não se interesse em noticiar).
Por outro lado, os mesmos que acusam o Partido dos Trabalhadores dessa estratégia política, não se interessam em nenhum momento em analisar os ataques (sem provas), o fascismo, o ódio irradiado, a desconstrução contínua do partido, de seus dirigentes, de sua militância, diuturnamente, há 12 anos… e usados como “arma” pelos dois candidatos e seus eleitores…
se eu fizer, vale… se você fizer, é terrorismo… sei…
Brm, primeiro o elogio. O professor Ricci está muitos belos degraus acima em qualidade de pensamento de “vacas de árvore” como Marco Antonio Villa. Só pelo fato de desejar MAIS democracia do já temos hoje o qualifica como uma voz legítima, isso é muito positivo. Mas quero deixar uma coisa clara que foi totalmente omitida em seu pensamento: desconstrução de adversário é o parque de diversões da direita brasileira, que faz isso desde a redemocratização. É um sofisticadíssimo aparato construído sob uma ressonância informativa. Vamos chamar, para não ferir sensibilidades, de “reformação de caráter”; a coisa nasce lá em cima, na Liderança, é delegada ao(s) partido(s), imprensa aliada (90% da mídia brasileira) e a militância. A tal “reformação” é apresentada pelo(s) partido(s), ganha a rua via imprensa, é amplificada via TV, internet e rádio e é sacramentada “verdade” nas redes sociais, onde passa a ser mantra. O ápice, a piece de resistànce desse método, refinado e apurado ao longo de décadas, foi o mensalão. Muita energia teve que serusada para convencer milhões que homens sem absolutamente nenhum sinal de riqueza eram ladrões. O PT de 2014 apenas percebeu que deixou a Central de Desconstrução crescer além da conta. E adotou parte do modus operandi, mas ao contrário da direita, sempre pisou dentro dos limites da realidade.
Pena que se falou somente nas estratégias do PT, esqueceu de evidênciar o papel da mídia golpista e omissa, que durante os 4 anos de mandato do PT, só atirou pedras e escondeu todas a falcatruas da oposição.
Faz bem ler argumentos racionais, nao importa se voce concorda ou nao. Esse odio irracional visto em algumas demonstracoes apenas commprova que eles sevem para uma unica coisa: manipulacao.
Esse professor tucano é uma piada. Quer dizer que o PT pode ser desconstruído diariamente durante anos e não podemos mostrar as garras dos tucanos (reacionários) durante os 45 dias do horário eleitoral. Aliás, não vejo nenhuma diferença entre Aecioporto, Serra, Alkimim FHC. São todos farinha do mesmo saco. Concluindo, essa polarização entre PTXPSDB não existe o que há é a eterna disputa entre a CasagrandeXSenzala.
Continuo insistindo: o novo paradigma dessa eleição – aliás, desde a eleição de 2012 – é a junção da mídia com o judiciário para tentarem acabar com o PT. Nós, votantes em Dilma, enfrentamos e vencemos os partidos direitistas, a mídia e o judiciário.
Sr. Allan Ferreira, concordo com tudo o que o Sr. escreveu.
Ótima e necessária a discussão.
Um ponto que gostaria de desenvolver é o da “militância tucana.”
Tenho dúvidas se ela tem realmente afinidade orgânica com o o PSDB.
Acho sim que é uma militância de direita que realmente veio disputar as ruas e que sempre apoiará quem estiver do lado oposto ao PT, o que é legítimo.
Mas não acredito que o PSDB tenha como um de seus objetivos “exterminar” o PT ou quem quer que seja, mote que a militância “tucana” assumiu nas ruas.
Da próxima vez que encontrar o Rudá – encontrei com ele dia 30/10 na rodoviária de BH – vou perguntar sobre isso a ele.
Caro Fernando,
Gostei dos contrapontos do Ricci, mas vou me ater ao item 11. Concordo com ele que o Aécio não vai se tornar um líder nacional. O antigo Aécio – equilibrado e coerente, foi substituído por um Aécio arrogante e agressivo, lapidado para atender aos interesses de uma mídia radical em uma estratégia política que felizmente não deu certo. Com o passar do tempo, os radicais de direita vão perceber que o Aécio foi uma imagem criada para a eleição, e vão voltar seu apoio àqueles ultra-radicais como o Bolsonaro. O PSDB de São Paulo vai se voltar para a campanha de Alckmin 2018, tomando as rédeas do partido nacional. Aos poucos, Aécio deve retornar ao estilo anterior, mas acumulando muito mais mágoas por ter sido usado e abandonado. Seu futuro é o de se tornar o Álvaro Dias de Minas Gerais, um ex-governador que perdeu suas fichas apostando errado e que agora fica em segundo plano destilando venenos e criando factóides.
Pois eu fiz comentário ao respeito desse.Não concordo nem com a maneira como ele respira.Pra mim não passa de um MASTURBADOR DOUTRINÁRIO DE DIREITA.Sei que ele,do alto da pirâmide que supõe estar,nem vai dar bola,mas não passa de um MASTURBADOR DOUTRINÁRIO DA DIREITA.
Há intelectuais para todos os gostos. Esse senhor, faz toda uma análise, segundo ele, baseada em casos concretos, se diz democrático e de esquerda, para promover subliminarmente os tucanos de São Paulo, em detrimento até do seu candidato. Esquece fatos extremamente relevantes ocorridos na campanha ou antes dela. A absoluta imparcialidade da mídia tradicional, principalmente a de São Paulo, de propriedade do grande capital, que não exerceu o seu papel principal em nenhum momento, o de informar. Além disso, desconsidera todas as mentiras e divulgações odiosas disseminadas nas redes sociais, a exemplo do envenenamento do doleiro ou a reportagem criminosa da Veja, sem tempo hábil para resposta. Não analisou, pelo visto, que durante toda a campanha, na medida em que a propaganda na TV divulgava os feitos do governo, a aceitação do governo aumentava, deixando claro que a imprensa simplesmente escondia estas informações da população, a exemplo da construção da ferrovia Norte-sul, das usinas hidrelétricas, da interligação de todo o sistema nacional de energia, da transposição do São Francisco, das refinarias de petróleo do RJ e de PE, etc., do próprio combate à corrupção como o da Petrobras, no qual a presidente demitiu e mandou investigar um Diretor, filiado a um partido da sua própria base aliada.
A comunicação da campanha era bem feita, senhor sociólogo, mas estes profissionais de comunicação não fazem milagres, eles tinham realizações a mostrar, o que não ocorreu na campanha do PSDB, que dispunha de profissionais tão competentes quanto. Estes não tinham como esconder que seu candidato entende os programas sociais como custos e não como investimentos.
Quis dizer: “A absoluta parcialidade da mídia tradicional…”
PSDB tem militância digital contratando robôs e processando 66 tweeteiros, pedindo ao google na justiça para retirar o nome de Aécio das buscas a tudo que o ligava a escândalos, que ele tem aos montes, por isso o que o dito sociólogo escreveu não vale uma cibalena.
Nota-se que Há intelectuais para todos os gostos. Esse senhor, faz toda uma análise, segundo ele, baseada em casos concretos, se diz democrático e de esquerda, para promover subliminarmente os tucanos de São Paulo, em detrimento até do seu candidato. Esquece fatos extremamente relevantes ocorridos na campanha ou antes dela. A absoluta parcialidade da mídia tradicional, principalmente a de São Paulo, de propriedade do grande capital, que não exerceu o seu papel principal em nenhum momento, o de informar. Além disso, desconsidera todas as mentiras e divulgações odiosas disseminadas nas redes sociais, a exemplo do envenenamento do doleiro ou a reportagem criminosa da Veja, sem tempo hábil para resposta. Não analisou, pelo visto, que durante toda a campanha, na medida em que a propaganda na TV divulgava os feitos do governo, a aceitação do governo aumentava, deixando claro que a imprensa simplesmente escondia estas informações da população, a exemplo da construção da ferrovia Norte-sul, das usinas hidrelétricas, da interligação de todo o sistema nacional de energia, da transposição do São Francisco, das refinarias de petróleo do RJ e de PE, etc., do próprio combate à corrupção como o da Petrobras, no qual a presidente demitiu e mandou investigar um Diretor, filiado a um partido da sua própria base aliada.
A comunicação da campanha era bem feita, senhor sociólogo, mas estes profissionais de comunicação não fazem milagres, eles tinham realizações a mostrar, o que não ocorreu na campanha do PSDB, que dispunha de profissionais tão competentes quanto. Estes não tinham como esconder que seu candidato entende os programas sociais como custos e não como investimentos.
Alguém devia ter me contado que a campanha da Dilma tinha uma ” belíssima ação programada e articulada para criar uma onda de descontrução” dos outros candidatos. Ninguém me avisou.Então eu, militante petista desde 1981, trabalhei que nem um camelo até o domingo para conseguir mais um votinho… só mais um votinho (rsrsrs).
Do sr. Rudá Ricci, li o último post contendo réplicas do Manuel do Rosário. E já basta. Foi o suficiente para tomar um fartão desse sociólogo. Agora li somente a excelente resposta do Allan Ferreira pelo facebook – parabéns, permita que eu assine em baixo.
Com todo respeito Sr Rudá, vai Cagá……..
Toda manipulação e formação de opinião, desnudada pelo Manchetomêtro, mas ignorada pela outra metade, diz algo ao Sr. Rudá?
Isso sem contar o discurso impositivo hipócrita religioso em templos e igrejas, diuturnamente.
Ou ele acha que toda essa perversidade, diária, na desconstrução ao PT foi vão?
Marina e, principalmente, Aécio, não se passearam nessa onda?
EU GOSTARIA DE FAZER APENAS DUAS RESSALVAS AO QUE “RUDÁ” FALOU, PORQUE O RESTO É BABOSEIRA MESMO. PRIMEIRO SOBRE “DESCONSTRUÇÃO”. NINGUÉM, EM SESSENTA DIAS OU MESMO TRINTA DIAS, CONSEGUE DESCONSTRUIR UMA IMAGEM, CONSTRUÍDA COM VERDADE, FATOS REAIS, SABEDORIA, INTELIGÊNCIA E TÉCNICA. A GRANDE MÍDIA, QUE RUDÁ ESQUECE, PROPOSITALMENTE, EM SUAS TEORIAS, VEM DESDE 2003 E MAIS, ENFATICAMENTE, DESDE 2005, TENTANDO DESCONSTRUIR O PT E SEU PRINCIPAL LÍDER: LULA. QUANDO ESTA DESCONSTRUÇÃO, ATRAVÉS DA MANIPULAÇÃO DAS PALAVRAS E FATOS, NÃO SURTIU EFEITO, PARTIRAM, ENTÃO, PARA A “CRIMINALIZAÇÃO DO PT E DOS MOVIMENTOS SOCIAIS”, CRIANDO, POR EXEMPLO, A “ESTÓRIA!” DO MENSALÃO DO PT, QUE É UMA GRANDE MENTIRA, EXPOSTA COTIDIANAMENTE, ATRAVÉS DA ESPETACULIZAÇÃO DOS FATOS “CRIADOS”, NUMA TENTATIVA DE TRANSFORMÁ-LOS EM VERDADE. TAMBÉM, NÃO FUNCIONOU, O POVO NÃO ACREDITOU, POIS A SABEDORIA POPULAR, NÃO SE ENQUADRA NOS ESPETÁCULOS NEGATIVOS “CRIADOS” PELA MÍDIA. OS GRANDES VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DO PAÍS, O MONOPÓLIO QUE DOMINA A MÍDIA, ESQUECERAM OU ACREDITAM (?), QUE O POVO BRASILEIRO, ESPECIALMENTE AQUELE QUE “ELES” (ELITE) CONSIDERAM “IGNORANTES”, POR NÃO TER “TÍTULOS” FORMAIS, “NÃO SABE PENSAR OU NÃO TEM CULTURA”. RESQUÍCIO DA DITADURA, QUE DIZIA QUE O POVO NÃO SABIA VOTAR OU AGORA, MAIS RECENTEMENTE, ACREDITAM QUE O POVO NÃO SABE O QUE QUER, POR ISSO NÃO SE PODE DISCUTIR TEMAS IMPORTANTES PARA E COM A NAÇÃO (QUE É O POVO). A MAIORIA DOS PENSADORES DA DIREITA, COMO “RUDÁ”, NÃO AVALIAM ESTA VERTENTE, ”A CULTURA E O PENSAMENTO, SEM TÍTULOS FORMAIS”, DESENVOLVIDO PELO POVO SIMPLES! OS AUTOPROCLAMADOS PENSADORES DA DIREITA, NÃO CONSEGUEM PERCEBER A SABEDORIA POPULAR, POIS ESTÃO ALHEIOS À NAÇÃO, AO POVO, AQUELES QUE ESTES PSEUDOPENSADORES, CHAMAM DE ANALFABETOS E IGNORANTES, PARA DESCONSOLO DA ELITE, SABEM PENSAR, E PENSAM DENTRO DE UMA LÓGICA DELES, QUE LEVA EM CONTA O DIA A DIA, BEM SUPERIOR AOS MANUAIS DE PENSAMENTO, SOFISTICADAMENTE MONTADOS POR ESTES PENSADORES ELITISTAS, SEM LEVAR EM CONSIDERAÇÃO O QUE PENSA O POVO. POR ISSO DEIXA DE SER UM PENSAR E PASSA A SER UMA VERSÃO DOS FATOS. ESTE É O GRANDE ERRO DA DIREITA BRASILEIRA. MAS VAMOS ADIANTE NESTES QUATRO ANOS DE DILMA. AS MÍDIAS MONOPOLISTAS CONTINUARAM, FERRENHAMENTE, 24 HORAS ININTERRUPTAS, TENTANDO “DESCONSTRUIR” O PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT) E SEUS DOIS PRINCIPAIS LÍDERES: LULA E DILMA, SENDO QUE ESTA SOFREU, NESTES DOIS ÚLTIMOS ANOS, ATAQUES DE TODAS AS GRANDES MÍDIAS E COLUNISTAS ESCALADOS, VAIAS ORGANIZADAS E ORQUESTRADAS, DESRESPEITOS À SUA PESSOA HUMANA DE MULHER, MÃE E AVÓ. OS ATAQUES DE DESCONSTRUÇÃO CHEGARAM ÀS RAIAS DA SANDICE, DA INDECÊNCIA, DA IMORALIDADE, DA INTOLERÂNCIA, DO BAIXO CALÃO, QUE “RUDÁ” FEZ QUESTÃO DE ESQUECER, PARA DAR FORMATAÇÃO À SUA MANIPULAÇÃO DOS FATOS. MAS MESMO COM TODOS ESTES ATAQUES DIÁRIOS DE DESCONSTRUÇÃO, MESMO ASSIM, DILMA MANTEVE INALTERADOS, SEUS ÍNDICES DE POPULARIDADE EM TORNO DE 40 % E DE ACEITAÇÃO DA SUA FORMA DE GOVERNAR EM TORNO DE 54%. SE ANALISASSEM OS DADOS COM IMPARCIALIDADE, QUE SE ESPERA DE QUEM SE DIZ ESTUDIOSO VERIA QUE A PRESIDENTA NÃO TINHA COMO PERDER A ELEIÇÃO. A DIFERENÇA – QUE A MÍDIA ACHOU QUE TINHA ESCONDIDO DEBAIXO DO TAPETE – É QUE DILMA TINHA O QUE MOSTRAR E SUA OBRA, ESPALHADA PELO PAÍS INTEIRO, ERA VISTA E OBSERVADA PELO POVO, APESAR DE A MÍDIA TENTAR ESCONDER. A INFORMAÇÃO ORAL, QUE É USADA HÁ MILÊNIOS NO MUNDO, PELA HUMANIDADE, TEM A FORÇA DA VERDADE. “ISTO FAVORECEU DILMA, JÁ QUE A MESMA CONSTRUIU UM GRANDE GOVERNO, QUE A MÍDIA MONOPOLISTA FAZIA QUESTÃO DE ESCONDER, “MAS O POVO NÃO”. O SÓRDIDO ESQUEMA DE DESCONSTRUÇÃO DA PRESIDENTA DILMA, QUE A DIREITA ARQUITETOU E PÔS EM PRÁTICA, TAMBÉM “NÃO FUNCIONOU”, POIS O POVO PERCEBIA A MANIPULAÇÃO QUE A MÍDIA FAZIA. COMO NOS TEMPOS DO REI SALOMÃO, O TRABALHO DA PRESIDENTA CORRIA DE BOCA EM BOCA, BRASIL AFORA. COMO SE DIZ NO POPULACHO, COM ISTO A GRANDE MÍDIA NÃO CONTAVA E ISTO POIS PÔR TERRA O ARCAICO CONCEITO DO FORMADOR DE OPINIÃO. O POVO ESTÁ ATENTO, AO QUE ACONTECE À SUA VOLTA E NÃO AO QUE DIZEM OS TAIS “FORMADORES DE OPINIÃO”. ESTES, SÓ FUNCIONAM PARA QUEM VIVE ALHEIO AO SEU MUNDO, AO QUE AO SEU DERREDOR ACONTECE. OS TAIS FORMADORES DE OPINIÃO NÃO CONHECIA O NOVO BRASIL QUE SURGIU NESTES ÚLTIMOS DEZ ANOS. MAS VAMOS ADIANTE. “RUDÁ”, QUE SE AUTOPROCLAMA AFEITO APENAS A DADOS, DIZENDO QUE CONTRA DADOS, NÃO HÁ O QUE REFUTAR – E SE OS DADOS SÃO VERDADEIROS EU CONCORDO – NÃO SE DETEVE, “DE FATO”, AOS DADOS. EM SÃO PAULO, APENAS “21%” DO ELEITORADO PAULISTA VOTOU NO “PSDB”. PELOS NÚMEROS DO TRE/TSE, “79%” DOS ELEITORES PAULISTAS, NÃO VOTARAM, ANULARAM OU VOTARAM EM BRANCO, “REJEITANDO” O PSDB E AÉCIO. ISTO SÃO DADOS DO TRE-SP/TSE. É SÓ DAR UMA OLHADA NOS NÚMEROS DO TRE/SP OU MESMO TSE. É PRECISO ENTENDER QUE O DITO “VOTO VÁLIDO”, SÓ SERVE COMO ANÁLISE PARA O TSE, AO PROCLAMAR O VENCEDOR. PARA O VERDADEIRO “ESTUDIOSO”, VALE O ELEITORADO TOTAL E NÃO APENAS OS VOTOS VÁLIDOS. 36% DO ELEITORADO PAULISTA, PORTANTO 15% A MAIS QUE O QUE VOTOU EM AÉCIO, NÃO VOTOU EM NINGUÉM. PORTANTO, QUERER DIZER QUE O PAULISTA ANCOROU AÉCIO, É UMA GRANDE BOBAGEM, DIRIA MESMO IDIOTICE. AÉCIO NÃO SUPEROU SERRA, OBTEVE APENAS 0,89% A MAIS QUE SERRA EM 2010, TRADUZIDOS EM VOTOS NOMINAIS E, CONSIDERANDO O CRESCIMENTO DO ELEITORADO EM 2014, QUE FOI DE 2,5%, OBTEVE, PROPORCIONALMENTE, MENOS VOTOS QUE SERRA EM 2010. ESTA É A VERDADE DOS NÚMEROS “E NÃO O QUE RUDÁ COLOCOU”. TAMBÉM, O “SOCIÓLOGO” – ALIÁS, O TERMO SOCIÓLOGO, ASSIM COMO JURISTA, ANDA MUITO NIVELADO POR BAIXO NO BRASIL. ANTIGAMENTE AO SE DIZER QUE ALGUÉM ERA SOCIÓLOGO OU JURISTA, TINHA DE CORRER MUITA LINHA DE PAPEL EM ESCRITOS, HOJE NÃO, BASTA SE FORMAR EM DIREITO, PUBLICAR QUALQUER COISA, ALGUNS ARTIGOS, QUE JÁ VIRA JURISTA, CIENTISTA POLÍTICO OU SOCIÓLOGO, MEU CONCEITO É BEM DIFERENTE PARA ESTES TERMOS – ALERTA E CONCLAMA MIGUEL , A AVALIAR O TERMO DESCONSTRUÇÃO. ORA RUDÁ, AÉCIO NÃO FOI DESCONSTRUÍDO, AO CONTRÁRIO, O QUE OCORREU É QUE “DERRETEU” A CONSTRUÇÃO QUE DELE FEZ A MÍDIA, BASEADO EM VERSÕES E NÃO EM FATOS VERDADEIROS. NÃO SE CONSTRÓI COM “SLOGANS” A HISTÓRIA DE UM PERSONAGEM HISTÓRICO, MAS COM FATOS, COM VERDADES E NÃO COM VERSÕES. AÉCIO ERA UMA VERSÃO, QUE DERRETEU ASSIM QUE OS MINEIROS OCUPARAM AS REDES SOCIAIS PARA MOSTRAR AO POVO, QUE AQUILO QUE A MÍDIA VENDEU, NÃO ERA VERDADE. ASSIM COMO MARINA, CONSTRUÍDA PELA MESMA MÍDIA, SEMPRE SE DERRETE E VIROU, APENAS, UMA ESCADA POR ONDE O “PSDB” SOBE PARA CHEGAR AO SEGUNDO TURNO E PERDER AS ELEIÇÕES. PORTANTO, ESTE DISCURSO DE DESCONSTRUÇÃO DE CANDIDATOS, NÃO PEGA BEM, POIS CONSTRÓI OUTRAS DERROTAS FUTURAS, JÁ QUE NÃO SE ANALISOU PELA ÓTICA DA DERROTA, O QUE ESTÁ ERRADO NA OPOSIÇÃO. IR PARA UMA CAMPANHA PRESIDENCIAL ACREDITANDO QUE A “CENSURA PRÉVIA IMPOSTA”, POR TODOS OS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO IRIA FUNCIONAR COMO FUNCIONOU NA DITADURA, POR LONGOS 20 ANOS, É FALTA DE DISCERNIMENTO E INTELIGÊNCIA. NA DITADURA, A CENSURA FUNCIONAVA PELO MEDO DAS BAIONETAS, ENTÃO O SILÊNCIO DO MEDO, COMO BEM TRADUZ ESTE COMPORTAMENTO ANA ARENDT, COMO PRECURSOR DO FASCISMO. O SILÊNCIO, POR TEMOR DAS BAIONETAS, NÃO PERMITE QUE EXISTA A TRADIÇÃO DO BEM FALAR, DO BOCA A BOCA. SE A OPOSIÇÃO E SEUS PSEUDO – PENSADORES NÃO REFLETIREM SOBRE SI MESMOS, SOBRE O ERRO DA OPOSIÇÃO, VÃO PERDER OUTRAS TANTAS ELEIÇÕES QUANTO TIVEREM. “RUDÁ” ERRA EM SUA ANÁLISE, EM NÚMERO, GÊNERO E GRAU, POIS PARTE DE “VERSÕES”, DE “DADOS CORRETOS E FATOS VERDADEIROS”! QUANDO AGEM ASSIM, A EMENDA FICA PIOR QUE O SONETO!
Essa moçada que saiu do PT é inteligente, mas é ressentida!
Rudá Ricci, deveria como um dos “trocentos estudiosos sociais brasileiros” que imputaram ao movimento de junho de 2013, conteúdo e importância, que jamais passou pelo real significado do movimento, na verdade apenas uma catarse da juventude despolitizada que em 3 ou 4 dias, em volume de fato considerável, matou a vontade de passear pelo Brasil protestando, a partir do desejo de serem solidários ao movimento do MPL, que repetia-se ano após ano sem maior repercussão e nessa ocasião causou essa comoção solidária, sobretudo nas redes sociais e no público colegial e universitários, pela violência desmedida empregada pela polícia do Chuchu, associada a uma inédita (desde a primeira manifestação do MPL)exposição ao vivo pela rede Globo, até hoje não devidamente explicada, que iniciou-se condenando vândalos, depois transformados rapidamente em jovens idealistas, após a anabolização inesperada do movimento, pela arte e graça da polícia chuchuniana. Rudá deveria explicar por que esse movimento de junho de 2013, tão transcendental para esses estudiosos, não traduziu-se em arejamento da política brasileira através da eleição, pelo contrário, a política brasileira tornou-se ainda mais arcaica em termos de composição do congresso e de grupelhos ultra direitistas que deram para sair às ruas pregando o golpe militar. Em relação ao assunto da polêmica, escancara que sequer tem noção de como funciona a inorgânica militância petista, a que conta, a que vira o jogo, como virou esse e que Rudá não captou no seu radar tão afiado para captar tenebrosas manipulações maquiavélicas da informação. Deveria ficar uns quatro meses em São Paulo ouvindo diariamente as rádios paulistas, qualquer uma, a qualquer hora e então certamente teria muito material, aí sim concreto, planejado e executado para obter o “Fora PT”, esse sim fruto de um tremendo planejamento e esquema de execução, que merece um grande estudo político nesses tempos do Millenium. Por que o Rudá não vai nessa?
Eu parei de ler quando ele cita “O que foi feito” com Marina e Aécio ¬¬” ali já perde o rumo do debate… a campanha Petista não fala com o adversário? eu dialoguei com um monte de coxinha diariamente e em São Paulo, exatamente nas redes sociais, e na minha visão foi uma eleição bastante Online, definitivamente não foram os Meios de Comunicação que formaram a Opinião Popular.