A semana dos aumentos de preço

O Wall Street Journal dá, na capa de seu site, uma chamada que diz que o presidente dos EUA, Joe Biden está preso ‘entre inflação e pedidos para banir o petróleo russo’.

Porque, apesar de toda a dureza das sanções à Rússia, nem o petróleo que ela exporta para os Estados Unidos, nem o gás que entrega à Europa tiveram seu fornecimento suspenso por ordem de Vladimir Putin.

Cortá-lo por iniciativa norte-americana pode levar a uma retaliação no abastecimento da Europa – sobretudo, à Alemanha – do gás, mas a insólita missão mandada ao (ex?) arquiinimigo venezuelano Nicolás Maduro para negociar petróleo daquele país. Junto com representantes do governo dos EUA, dirigentes de petroleiras como a Chevron e da Exxon.

O petróleo, que entrou no final de semana dá a 116 dólares, pode começar a semana acima dos 120.

As altas no setor de energia são brutais: 26% no petróleo, 16% no gás, 32% na gasolina e no óleo para calefação e 41% no óleo diesel.

Não há possibilidade de, sem traumas enormes na empresa e no mercado acionário, que a Petrobras não repasse ao menos parte destes aumentos o mais depressa possível.

A alta dos preços das commodities que exportamos é uma vantagem, mas é bom lembrar que uma parte dele será “comida” pela dificuldade e encarecimento do frete que demandam, outra pelo fertilizante que demandam, tanto a carne de frango quanto a soja e milho.

O trigo, essencial para massas e pães, aumentou, em um mês, 57% no mercado internacional.

Duas semanas de guerra é tempo suficiente para que os compradores fiquem fora do mercado, esperando o quadro amenizar-se.

 

 

 

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