A vida dura de um blogueiro de “vida fácil”

johnny

Louvor em boca própria, dizia o D. Quixote de Cervantes, é vitupério.

Como texto de blogueiro é pessoal e intransferível, sempre constrangido pela velha (e, parece, ultrapassada) máxima de que “jornalista não é notícia”, tento fugir desta maldição.

Hoje, porém, na solidão típica do dia de Natal (o Natal, festa, é a noite da véspera), não quero falar do que fiz, neste blog, mas no que vocês, leitores, fizeram por mim.

Um filme, dolorosamente lindo, Johnny vai à Guerra, de Dalton Trumbo (um dos hollywodianos perseguidos pelo macartismo) que conta a história de um soldado que, no último dia da Primeira Guerra, é atingido por um morteiro e perde pernas, braços, visão, audição e fala.

E que aprende a se comunicar apenas pela sensibilidade do que resta do seu corpo. Num delírio final, Johnny sonha em ser exibido nos circos de “aberrações” da época por uma razão prosaica e profunda: “eu quero ser útil para as pessoas”.

Sem melodramas, a história de uma geração de jornalistas e militantes políticos guarda certas semelhanças com a de Johnny.

O pragmatismo – necessário e detestável, a um só tempo – da política partidária e social de alguma forma nos amputou os membros. A “imprensa alternativa”, dos anos 70 e início dos anos 90, definhou e morreu.

E o “pensamento único” que se assenhoreou da comunicação acabou, na mídia tradicional, tirou-nos visão, audição e, sobretudo, a fala.

A sociedade pós-moderna, massificante, trouxe, porém, suas contradições benditas, como as que Neruda resumiu nos versos sobre a guerra civil espanhola: “de cada buraco de Espanha sai Espanha”.

E um punhado de loucos resolveu expor-se no circo de aberrações da Internet.

Incrivelmente, milhares de mãos, milhões de dedos nos tocaram e quiseram e puderam perceber o que sentimos e temos a dizer.

Nos fizeram úteis.

O título original do filme – Johnny got his gun – dá melhor ideia do que quero dizer.

Ele, afinal, pôde pegar sua arma.

Embora ditos “malditos” e “sujos”, mesmo ouvindo que vivemos das benesses de governo (mesmo quando não recebemos dele um tostão), mesmo quando somos tratados como leprosos no mercado publicitário, conseguimos sobreviver desta utilidade, como o Cego Aderaldo pôde viver angariando trocados com seus versos.

E por isso, neste dia, só o que tenho a dizer é obrigado, muito obrigado por me fazerem ver a que é que se destina a minha vida pequenina.

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91 respostas

  1. Fernando, muito obrigado!
    Você existe e resiste. Sua “fábula” sempre nos deixará uma bela mensagem de reflexão e respeito.

  2. Um dia a história reconhecerá a força e importância desse movimento que fez frente aos barões da mídia. E teu nome estará lá.
    Forte abraço.

  3. FERNANDÃO, no livro do Piketty Pg. 76- ele conclui, em relação à evolução dos Países que se propuseram -através principalmente de seus Governos- a saírem do atraso e do Colonialismo dos Países Desenvolvidos, entre eles o Brasil:
    “- Esse processo de difusão do conhecimento não cai do céu: muitas vezes ele é acelerado pela abertura internacional e comercial (a autarquia não facilita a transferência tecnológica) e, sobretudo, depende da capacidade desses países de mobilizar os financiamenos e as instituições que permitam investir vastos montantes na formação de seu povo, tudo isso sob as garantias de um contexto jurídico para os diferentes atores. Ele está portanto , intimamente relacionado ao processo de construção de uma potência pública (um governo) legítima e eficaz. Essas são as principais lições, brevemente resumidas, que podem ser extraidas da investigação histórica da evolução do crescimento mundial e da desigualdade entre paises.”
    O inverso deste pensamento é o que a Ditadura Militar, e a Rede Globo fizeram e ainda tentam perpetuar no Brasil.
    Lutar contra isto é ser “Jhonny” pelo BRASIL!
    Parabéns e saúde!

  4. Eu agradeço em nome de Milhões de leitores Fernando, minha dependência em relação aos blogs sujos é semelhante ao de um viciado em álcool ou qualquer outra substância, não consigo mais ficar sem. Como educador transmito e passo adiante essa trincheira de resistência ao pensamento único da mídia nativa é preciso seguir lutando.

    Grande bj!

    1. Faço minhas as palavras do Paulo.Gostava muito da visão do Brizola Neto mas vc entrou,com informações precisas do vazamento de óleo…disse quem,disse como e disse quem era.Sua apresentação foi brilhante.E para um jornalista brilhante nossos agradecimentos.Feliz Natal Brito e vc não está só!

  5. Fernando, velho de guerra, o meu muito obrigado!!! Desejo a você e pessoas queridas um feliz natal.

  6. Feliz Natal pra voce e sua familia, Fernando.

    E muito grato por sua imensa contribuicao para a manutencao e expansao da democracia e da justica social no Brasil; pela bela vitoria alcancada contra o barbarismo manifestado pela direita troglodita brasileira durante a copa do mundo e, principalmente, durante as eleicoes.

    Forte abraco, e que Deus o abencoe assim como a todos os que trabalham e tornam possivel a existencia deste blog; e a todos os que o leem.

  7. “E um punhado de loucos resolveu expor-se no circo de aberrações da Internet.”
    E nós aqui do outro lado agradecemos vocês loucos e sujos. Sem vocês seria difícil suportar as aberrações da mídia nativa.

    Um grande abraço e continue se exibindo neste circo da internet.

    Antonio Gorski

  8. Avante, companheiro! Assino embaixo de cada pessoa que escreveu antes de mim!
    Você é o cara!!
    Feliz Natal! Or whatever…hehe!

  9. Grande Fernando, imenso em sua capacidade de tocar nossos corações e nossas mentes. Só posso te desejar muita saúde e paz para que você continue nos brindando com seus belíssimos textos, essenciais na construção e consolidação da cidadania brasileira. Grande e forte abraço.

  10. Uma missão verdadeiramente nobre , num país aonde a verdade sucumbe nas manchetes da grande mídia . PARABENS NÓS PRECISAMOS DO CONTRAPONTO.

  11. Fernando pessoa nobre ética e culta..obrigada por cada letrinha neste encantado blog e obrigada pela dedicação em nos manter pessoas muito bem informadas!! Não consigo ficar sem leitura blog Tijolaço..espero contribuir o mais breve possível a altura!! Grande abraço

  12. Fernando, o Tijolaço é a minha primeira leitura diária quando entro na net. Em seguida vem os meus outros “blogs sujos” favoritos.
    Eu é que agradeço demais a você pela sensibilidade e absoluta correção de suas análises, e pela sua imensa generosidade. E por iluminar o nosso dia-a-dia, tornando essa nossa luta diária bem mais suportável. Feliz Natal!!!

  13. Caro Fernando Brito,
    Louvo sua luta, capaz de nos tirar da inércia, eficaz em nos mobilizar, humana, verdadeira e iluminada. Não é em vão, não é. Que possamos continuar a combater e conquistar, a cada dia, mais consciências livres em torno de um mundo mais igual.
    Parabéns pela perseverança e pela generosidade em dividir conosco, seus leitores atentos e críticos, as palavras que lhes ditam a ação.

  14. Fernando, eu quem agradece seus artigos diários que muito me esclarecem e informam com sua notável habilidade com as palavras.
    Sigamos em 2015 com a mesma vontade.
    Grato.

  15. Pode ser vida pequenina, sim, pequenina e nas trilhas talvez sendo arremetido aos tempos dos sábios que tornando assim Justo, Gentil e Generoso ele Sócrates também foi o bálsamo de seus pensamentos senhor Brito Grande Alma, não sei se alma é o correto, talvez grande homem lutando pelos ideais, permanece a lembrança dos tempos de 1964, muitos ideais. O sr. cuida das palavras como a um filho, gostaria de te desejar vida longa e paz da maneira do possível, imagino a dificuldade de se obtê-la, seu serviço é claramente bombardeado diariamente, volto aqui nos idos de aproximadamente 300 AC Cícero Rei sábio, todo dia estejamos preparados iremos encontrar alguém do mal, só que o senhor encontra vários, muitos .B om seria conhece-lo e apertar essas mãos tão calorosas de Justiça. A nós pequeninos somos obrigados a viver e olhar para frente, o caminho vamos encontrar.

  16. Fernando Britto, acompanho o Tijolaço desde seu início, ainda assinado pelo Brizola (Carlos). Foi assim que comecei a receber informação mais categorizada e passei a ampliar minhas leituras para os demais blogs. Quando ele deixou o blog, por um misto de razões de saúde e de incompatibilidade com os cargos que ocupou, eu senti a falta dos textos. Só então percebi que vocês tinham estado o tempo todo juntos. Foi uma festa quando o Tijolaço retornou, assinado por você. Cada dia seu trabalho cresce, você se supera. Obrigada. Muitas felicidades para sua família e que 2015 nos traga a todos muita força para continuar na batalha.

  17. Hoje, tenho o Blog Tijolaço como absolutamente imprescindível para resistir e contrapor à desinformação da mídia tradicional. Parabéns Fernando, talvez você não faça ideia do quanto é importante para a democracia brasileira.

  18. Que belo texto, FFBB. Um baita de um jornalista , íntegro, incorruptível, patriota até a medula, idealista, em umpais onde o dinheiro compra as consciências dos donos de um PIG, hoje o maior e mais poderoso inimigo da pátria. Numa terra em que o PIG transforma em heroína uma Venina, recheada de “não conformidades” que cedo ou tarde se revelarão perigosos vicios quando melhor forem apuradas, resta um herói autêntico, sem reconhecimento daqueles que vendidos estão a forjar e a deformar as novas gerações. Certamente o sacrificio destes poucos herois do Helisponto, como você, impedirão o assalto das forças estrangeiras ao patrimônio público, a PETROBRAS, e preservarão as novas gerações da penuria e humilhação em que vivem a mais de 5 séculos. Vida longa a você FFBB.

  19. Feliz Natal, Fernando e obrigado por todo o seu trabalho! Aliás tava querendo mesmo contar aqui que fui ontem dia 24 ao shopping Riosul por 2 vezes sendo a segunda la pelas 16:30 hs. estava MUITO CHEIO, o que me impressionou pq neste dia normalmente é vazio já que fecha as 18:00hs. Fiquei espantado pq no jn do dia anterior ouvi sobre a miséria que seria este Natal – o valor médio dos presentes caiu este ano. Pelo jeito esqueceram de avisar todas aquelas pessoas que em cima da hora andavam carregando tantas sacolas. Ou quem sabe diminuíram o valor pra comprar mais presentes rsrsrs. Não me recordo de ver tanto movimento assim neste dia e hora. Imprensa safada!! Feliz Natal!!

  20. Grande Fernando.
    Obrigado pelas armas que nos distribui na frente de batalha diária contra a manipulação da mídia grande.
    Feliz Natal e armas a mão cheia e 2015 !
    Avante Sempre !

    1. Olá, querido Iskra!! Um Feliz Natal procê!!
      Brito, agora assino embaixo, acima e dos lados de todos os companheiros.

  21. Também acompanho o Tijolaço desde a sua criação ( com a luta do Brizola). A sua participação contribuiu de forma extraordinária, na democratização da mídia em nosso país, através de seus textos de alto nível com ironia e inteligência, tornando-o imprescindível a sua leitura, comparo como no auge do Pasquim no tempo da ditadura. Um feliz natal e excelente 2015. Vamos tentar encontrar forma de financiar a mídia alternativa.

  22. Caro Fernando,
    Nós precisamos de você, a sociedade brasileira se orgulha de ter você entre nós. O seu trabalho engrandece o verdadeiro jornalismo. Você é um exemplo de pessoa e caráter a ser seguido por todos.

  23. Fernando. plena felicidade. vida longa. paz. equilíbrio. harmonia. solidariedade. política. socialismo. a luta continua.

  24. Fernando,
    nós leitores, e no mais os viventes desta terra brasilis, é que temos que agradecer a você e este punhado de “loucos, sujos e malditos”, com quem nossa sociedade tem uma dívida impagável.
    Obrigado a você!

  25. O mais importante nisso tudo sr.Fernando Britto,é a possibilidade do EXERCÍCIO DO CONTRADITÓRIO,a INTERLOCUÇÃO.Segundo a física,negativo e positivo,geram energia e luz,e ainda que a maioria continue como se estivesse no escuro,a luz existe para que possamos ver.Um bom natal.

  26. Caramba, quanta alegria do blogue do Brizola Neto ter voltado a ativa! Fernando Rodrigues sempre com um Tijolaço na cara da hipocrisia! Os blogues progressistas são o canal de informações que polemizam com os abutres midiaticos! Vida longa Fernando, feliz Natal.

  27. Fernando. Muito obrigado. Não sei se teria resistido na eleição sem o seu blog.
    Sugiro um post de retrospectiva dos dados de visitação do blog no ano de 2014 e evolução em relação aos anos anteriores, tipo um balanço. Isso ajuda a dar mais credibilidade para divulgarmos os posts e o blog como contraponto a opiniões desinformadas nas redes sociais.
    Parabéns e abraços

  28. O Aparelhamento do Estado
    “O mundo é governado por personagens muito diferentes
    das que imaginam os indivíduos cujo olhar não penetra os
    bastidores” (Benjamim d’Israeli, Lord Beaconsfield)
    A quem serve o Estado? A quem o mantém. Esta é uma verdade factual. Se o povo tem consciência de que o Estado deve servi-lo e se organiza para mantê-lo, tudo bem. Senão caímos nas mãos de outros grupos, ou melhor, de outros interesses. Mas desvendá-los não é tarefa simples; há um jogo de véus, espelhos e armadilhas que, na medida em que a sociedade fica mais complexa, também vão assumindo maior camuflagem. Além disso, o Estado Brasileiro, desde sua independência política, sempre optou pelo sistema econômico capitalista e assim sofre as crises deste sistema, obrigando a ações que contrariam vez por outra seus aparelhadores. Nossas reflexões, abertas e desejosas de críticas, procuram dar alguma transparência neste Aparelhamento do Estado Brasileiro.
    Preâmbulo
    Em 20 de agosto de 1824, o Império Brasileiro endividado assina, com casas bancárias britânicas, seu primeiro empréstimo como país independente. Pelo Brasil firmam Felisberto Caldeira Brant (Marques de Barbacena) e Manoel Rodrigues Garneiro Pessôa (Visconde de Itabaiana). Pelos inglêses, Richard Campbell Baseth, David Colvin, John Farquhard, James Gathorne Remington (Baseth Farquhar Chrawford & Cie), James Alexander, Henry Pasher, Charles Dashwood Bruce (Fletcher Alexander & Cie) e Thomas Wilson, Gabriel Shaw, Milvis e Fletcher Wilson (Thomas Wilson & Cie).
    O valor do empréstimo de um milhão de libras continha a condição “tipo 75”, pela qual o Brasil recebeu 750 mil libras, embora com dívida de um milhão, para o cálculo dos juros, amortizações e reembolso. A diferença de 250 mil libras foi repartida entre os signatários do empréstimo.
    Podemos comemorar a data como o ingresso do País no Clube dos Devedores, da Corrupção e do Aparelhamento do Estado por interesses privados e estrangeiros.
    Império
    No Império, além da família real, o Estado era aparelhado pelos interesses inglêses, em especial o financeiro, pelos senhores de terra escravagistas e por um grupo de interesses que se perpetua em toda nossa história: os donos de engenho nordestinos. Estes grupos não são sempre harmônicos e vez por outra surgem desavenças, como a Questão Christie (nome do ministro inglês William Dougal Christie) envolvendo interesses ingleses e de escravocratas brasileiros.
    Não pretendo me deter neste período, mas é bastante lembrar que ao final do Império um grupo mais dinâmico assumia maior papel: os cafeicultures paulistas.
    República Velha
    Surge a República, que já nasce endividada, mas com novas forças no aparelhamento do Estado: cafeicultores de São Paulo, fazendeiros de Minas Gerais e usineiros do Nordeste. Unindo-se ora aos militares ora a interesses norte-americanos, este grupo manterá o Estado até a revolução de 1930. Vale citar Jacques Lambert (Le Brésil, Structure Sociale et Institutions Politiques, 1953):”é a grande propriedade, sob a forma da fazenda brasileira, a responsável pelo atraso da evolução brasileira em relação à da América do Norte”. Os militares, principalmente nos anos 1920, vão tentar impor sua força no
    aparelhamento do estado, mas o interesse econômico lhes impede, até que, em 1929, a queda do preço do café e a significativa safra brasileira derrubam a força paulista.
    Estado Novo
    Pouco a pouco, o Brasil vai se industrializando e o Estado vai passando a ter no seu aparelhamento os interesses industriais e comerciais. São Paulo sai na frente com a transformação de interesses meramente agrícolas em intereses comerciais e depois industriais. Mas neste período da Era Vargas, o Poder é compartilhado por Militares, Gaúchos e Nordestinos, como se vê na lista de Ministros do Estado Novo. No sempre importante Ministério da Fazenda, o Estado Novo teve o gaúcho Artur de Sousa Costa, por muitos entendido como estatizante, mas que seguia uma diretriz bastante comum daquele tempo de intervenção do Estado na vida econômica. Talvez, graças à habilidade política de Vargas, este período de nossa história tenha sido o de maior autonomia de ação do Estado, frente aos interesses privados não diretamente políticos. Daí, eu creio, se possa entender uma constante preocupação em desconstruir a Era Vargas.
    Da Constituição de 1946 ao Golpe de 1964
    Excluído o soluço de Eurico Dutra, podemos entender que este período foi da tomada do poder pela indústria e pelos empreiteiros, majoritariamente paulistas. Havia uma pressão nacionalista, herdada de Vargas, e um interesse no desenvolvimento da engenharia brasileira. Isto daria força política a estes empresários que, com Juscelino Kubitschek, tomam amplamente o poder, ainda que, como se vê na manutenção da Instrução 113, da SUMOC, o capital estrangeiro continuasse a ter condições privilegiadas no Brasil. A partir daí, com breves interregnos, este grupo empresarial aparelhará o País até os dias de hoje, com força ora maior ora menor, mas sempre presente. O curioso é que, mesmo aparelhando o Estado, este grupo foi dominado pelos antagonismos da Guerra Fria, provocando a ruptura de 1964, que, num primeiro momento, o excluiu do Poder. Pode-se entender que este avanço econômico fez crescer também os interesses dos trabalhadores e, nesta disputa, a indústria, o comércio e os bancos preferiram a aliança com os interesses estrangeiros do que com os asssalariados brasileiros. A melhor comprovação está na posição da imprensa, sempre familiar e oligopolista, apoiando o golpe.
    A Ditadura Civil-Militar
    O Governo Castello Branco cuidou de um aparelhamento que servisse aos interesses norte-americanos. São exemplos, não exaustivos, o Acordo de Garantia de Investimentos (1965), o PAEG e a própria política de “austeridade fiscal”. Preocupados com o afastamento, os empresários, principalmente paulistas, e parcela da imprensa trataram de influir na sucessão, triunfando com Costa e Silva. É o Delfinato que prosseguirá por todo este período. Há uma passagem significativa narrada, com testemunhos documentais, por Pedro Henrique Pedreira Campos (Estranhas Catedrais, Editora da UFF, 2014). Setores militares e interesses distintos dos empreiteiros denunciaram os ganhos de comissões de Delfim e o incidente com a Gendarmerie Française (Relatório Saraiva e outros). Parece claro que Delfim era mantido intocável, mesmo num governo autoritário, pois representava os empresários paulistas, grandes aparelhadores do Estado, e não militares ou qualquer outro grupo de pressão daquele período.
    Da Constituição de 1988 a Lula
    O capital financeiro anglo-americano, a imprensa brasileira e movimentos em pról da democracia, cada um com suas armas e argumentos e de modo não articulado, conseguiram dar fim ao “Governo dos Militares”. Mas o aparelhamento do Estado na Nova República foi distinto do conjunto de forças que elaborou a Constituição de 1988.
    Os Governos Fernando Collor e Fernando H. Cardoso foram, igualmente, aparelhados por grupos estrangeiros, com prejuízo dos empreiteiros e do industrial brasileiro. É um período no qual a ideologia denominada neoliberal tomou conta de todos os formadores de opinião – o pensamento único, tal qual nos regimes comunistas que apareciam como inimigos antidemocráticos. É também um período de recessão e desemprego, como observamos hoje na União Européia.
    Podemos verificar que desde o Império até hoje, o Brasil teve que se submeter, quando não dar exclusividade, a interesses estrangeiros no aparelhamento do Estado. Excluindo em parte o Estado Novo e o 2º Governo Vargas, o Governo presidencialista de João Goulart e o Delfinato (Costa e Silva-Medici) pode-se dizer que a grande força foi sempre a do capital estrangeiro, em especial o capital financeiro anglo-americano. No Poder Executivo prevaleceram os empreiteiros, mas já contrabalançado pelo capitalismo financeiro. Atribui-se a Roberto Campos uma frase que bem caracterizaria estes períodos: a um governo de empreiteiros, sucede um governo de contadores. Estes últimos serão predominantes até a posse de Lula.
    Lula e Dilma
    Se a história é dos vencedores, será muito difícil imaginar como este período da política brasileira será contado. Limitemo-nos a entender, se possível, o aparelhamento do Estado e suas mudanças. Como premissa, entendemos que o aparelhamento pela classe política – aquela que não é apenas representante de interesses econômicos, como a bancada da bala (indústria armamentista), das construções civis (empreiteiros), dos bancos etc – é legítimo e até desejável, pois representa diversas parcelas da população grupadas num projeto de governo. Não vemos neste aparelhamento um loteamento do Estado, mas, de acordo com os poderes conferidos pelas urnas, a expressão destas vontades.
    O Governo Lula deixou-se aparelhar pelas forças tradicionais: empreiteiros e industriais paulistas, interesses ruralistas, interesses dos bancos e assim conseguiu evitar um fim abrupto. Mas introduziu uma política que, inicialmente denominada de fome zero, veio a reduzir as diferenças sociais e regionais. O sucesso desta política foi tão expressivo que lhe garantiu a reeleição, criada por Fernando Cardoso para prosseguir o aparelhamento pelas finanças anglo-americanas, e ainda eleger sua sucessora: a primeira mulher presidente do Brasil.
    Este sucesso gerou uma confiança em dar maior conteúdo político do que econômico no aparelhamento do Estado. Vimos que nem a força militar teve êxito nesse embate. A campanha diuturna da imprensa, em especial do monopólio televisivo, fez a Presidenta Dilma recuar na composição de seu segundo mandato. Adicionou às força políticas que lhe dão sustentação parlamentar, os interesses agrários, industriais e bancários. Teremos, eu espero, quatro anos para constatar o resultado deste acordo.

    1. Pedro Pinho, mais um pouco vira ensaio, foi um resumo histórico interessante e isso conduzido apenas na perspectiva do aparelhamento do Estado, algumas nuances do 1º governo Vargas 1930-1934, quando ele conduziu o início da estruturação de um estado mais profissionalizado, criando ministérios, departamentos, carreiras e quanto ao período do Estado unitário do Estado Novo em que mesmo bandeiras regionais foram queimadas em espetáculos públicos, porém genial para apontar as dificuldades de retirarmos o Estado Brasileiro da condição de mero guardião de interesses patrimoniais favorecedor da concentração de renda!!!!!!!

  29. Meu Caro: A grandeza da Vida não se mede pelo tamanho da obra, mas pela nobreza de caráter, o que não te falta.Seria para desanimar , lutar sem armas. Mas a grandeza de alma compensa todas as deficiências e o condão da vitória compensará as angústias do digno labor pelo bem coletivo. Aos porcos o que lhes é de direito; Ao Herói, O sabor da vitória.PAZ AOS HOMENS DE BOA VONTADE.

  30. Eu que tenho que agradecer, Fernando. Não tenho o dom de ler as bandidagens da imprensa nativa e mostrar no blog o outro lado da realidade como você pacientemente faz. Apenas compartilho seus comentários no meu Facebook. Vamos em frente.

  31. Caro Fernando Brito,

    Sou tão assíduo aqui que já me sinto íntimo a ponto de lhe chamar “caro Amigo”. Penso que você não faz idéia da importância deste blog com seus textos tão incisivos, pertinentes, esclarecedores, INFORMATIVOS. Muitas vezes desanimado, cansado, e por que não dizer; triste, chego a este blog como o Tuareg em busca de água no oásis…e o melhor de tudo é que encontro água da boa, mesmo morando na São Paulo da SAbesp. E depois de beber dos seus textos saio reanimado, muitas vezes ENTUSIASMADO (na acepção da palavra) …e a cada dia entra a vontade de lhe dizer MUITO OBRIGADO!

    viva o Tijolaço! Vida longa a Fernando Brito! Muita saúde e paz!

  32. Ei, Fernando, receba um fortíssimo abraço de agradecimento por ter feito este ano político brasileiro mais suportável com seus textos que, para mim, são tão “identificantes”. Saúde!

  33. Fernando, de repente você recuperou a luz do Natal. Ela é a reunião dos que sonham com um Brasil justo para todos.
    Estou com você e todos os que aqui se ajuntam para lutar por isto.
    Esta luta perpassa a nossa vida física e que vejo desde 2003 é o brilho aumentar, mesmo que vagarosamente.
    Não importa que seja vagaroso, mas sim que seja constante.
    Você nos ajunta. E isto nos anima.
    Este é o Natal com o nosso jeito de esperança.

  34. Obrigado dizemos nós, que em qualquer momento de dúvida, podemos contar com a informação precisa do Tijolaço e a opinião honesta e franca de seu titular.
    Feliz Natal, Fernando Britto.

  35. Salve, salve Fernando! Esse blog é uma excelente ferramenta para o inteligente e construtivo debate. Por mim e milhares de leitores ele está fortalecido. Grato por sua lúcida contribuição na construção de uma análise de conjuntura nacional e mundial. Abraço.

  36. Fernando, eu que agradeço.Gosto muito do seu trabalho.Feliz Natal e a luta contínua emem 2015.

  37. Brito: um dia – quando tiver engenho e arte – vou escrever algo com o título “Por que me ufano de ser amigo do Fernando Brito”.
    Enquanto isto não acontece, fico apenas no orgulho de meu currículo registrar que fui chefiado por você, entre 1988 e 1994.
    Mais um ano, poderia começar o texto repetindo Camões: “Sete anos de pastor, Jacó servia…”, cuja nossa serrana bela seria o Brasil que a gente ousou sonhar.
    Afora isto, continuo na expectativa de ver você abrir seu baú.
    Pelo menos este pessoal acima merece saber um pouco de seu conhecimento sobre a passagem velho Brizola pelo Rio de Janeiro: no mínimo 30 anos de História do Brasil para os mais jovens.
    Apio

  38. Estamos aí!
    Dentro de nossas limitações, apoio total ao TIJOLAÇO.
    Que continue assim, cada vez melhor em 2015.

  39. Sou apaixonado pelos blogs.
    O seu é o primeiro que abro
    em minha lida diaria. Você sai
    aí do Rio e adentra nossa casa
    aqui no paraná.
    Nem Papai Noel é tão rápido e
    gentil, verdadeiro para nós.
    Todo o dia um presente..doado,
    e sabemos a duras penas..
    Felicidades e longa Vida a voce
    e os seus.

  40. “Cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz”. Feliz 2015 Tijolaço. Estou viciado, não consigo ficar um dia ser ver os “sujos”: FFBB, EduGuim, PHA, DCM, Rovai, VioMundo, AltBorges e o HAP.

  41. Quem tem que agradecer somos nós, seus leitores! Com o passar do tempo e a leitura de suas análises aprendi a respeitá-lo e admirá-lo. Não esmoreça e nem nos deixe órfãos! Abraços fraternos!!!!!!

  42. Graças a Deus que temos pessoas como vocês, tidos como blogueiros sujos, para lançar luz nas trevas que essa mídia vergonhosa despeja todo dia em cima da gente. Feliz Natal, Fernando!

  43. Fernando,
    Enquanto você existir nós temos em quem nos espelhar, portanto, simplismente exista e viveremos as nossas vidas com dignidade, pois és digno.
    Feliz Natal e próspero 2015.

  44. Gosto muito do seu blog. Muito. E você não está sozinho.Sozinhos estávamos nós antes da Internet. Quando ligávamos para as TVs reclamando dos absurdos das versões noticiadas e desligavam na nossa cara. Ou quando escrevíamos para o espaço do leitor e eles ignoravam.Sabemos que não há a melhor das estruturas, mas é a melhor resistência que podemos ter. E isso é ótimo. Sempre. Parabéns! E seu blog é o que mais entende da nossa Petrobrás.

  45. Fernando, sou brizolista como você e leitor diário do seu blog. É muito bom ler textos que refletem nosso pensamento e saber que não estamos sozinhos nesta luta contra esta mídia partidarizada. Parabéns!! Grande Abraço.

  46. Fernando,
    Você e os outros blogueiros são nossos olhos, nossos ouvidos e nossa voz no meio deste chiqueiro que e a imprensa Pig.
    Admiro imensamente sua disposição inabalável de fazer jornalismo honesto e independente, a despeito das enormes dificuldades, de ofensas e de falsas acusações.
    Agradeço por este trabalho que faz por todos nos que amamos o Brasil e que precisamos da verdade para defende – lo dos antipatriotas que ainda nos querem colônia.
    Feliz 2015! Conte conosco.

  47. Externo meus sentimentos de gratidão por manter o blog e nos saudar diariamente com análises livres e sinceras.
    Infelizmente até hoje não pude contribuir financeiramente, mas em 2015, como vou ganhar na Mega da Virada, poderei financiar os blogs sujos rsrsrs
    Obrigado pelo explosivo 2014 e um belíssimo 2015!

  48. Fernando, leio diariamente seu blog mas este é meu primeiro comentário. Que este espaço continue a ser trincheira daqueles que buscam a informação honesta. Parabéns e obrigado.

  49. Caro Fernando,

    Receba as saudações de um outro solitário. Talvez ainda mais que você, pois além da distância dos entes queridos, encontro-me do outro lado do mundo.

    Conto com seus textos precisos e pouco ufanistas para acomodar o meu dia a dia.

    Um feliz ano novo repleto de críticas controversas.

  50. Como você é importante, meu irmão!

    E se Deus quiser isso é só o comecinho de uma contribuição ainda maior.
    Você deveria coordenar uma redação!

    Queria era ser seu sócio (mais do que os dez contos por mês), numa empresa de comunicação!

    Grande Abraço!

  51. Fernando, descobrir o seu blog foi uma das poucas coisas boas nesse 2014, ano muito difícil para todos. Não entendo como uma grande pessoa tem uma vida pequenina, acho que você está precisando descobrir é a sua real importancia na vida de muitos que lêem seus textos.

  52. Fernando, sou eu, como seu leitor diário, quem lhe agradece. Nos dias que correm, os blog “sujos” fazem, sim, a diferença. E você, assim como os poucos blog que acompanho, são minha referência.

  53. Fernando Brito você é um grande jornalista e mais ainda por ser engajado. É um bravo lutador pela causa da democracia, pela causa da maioria, enfim, pela causa dos trabalhadores. O teu blog é sujo para a direita e para a mídia golpista porque você não defende e nunca esteve alinhado às elites e aos patrões. Portanto, teu blog é uma trincheira avançada da luta popular em defesa do Brasil verdadeiramente nacionalista. Tenho um prazer imenso em ler diariamente e desfrutar do teu conhecimento, das informações de uma conjuntura quente, bem como de tua vasta experiência. Desejo-lhe um Natal Feliz e um Novo Ano Novo de progresso, realizações e muita saúde, extensivo à família, para continuar esse bom combate. “Vence quem luta não quem geme”. Um forte abraço.

  54. Caro Fernando,
    Sinta-se prestigiadíssimo por todos nós. Vá em frente. Não tenho, e não consigo ter mais palavras para elogiar o seu espetacular trabalho.

  55. Leitura diaria! faço minha as palavras dos leitores que tao bem expressaram a necessidade que temos diariamente de ler o TIJOLAÇO, desde os formidaveis tijolaços de Brizola, Brizola Neto e Sempre Fernando Brito.Salve!

  56. Fernando, vocês os blogueiros Sujos, são de fato jornalistas, os outros que se dizem, sabem apenas lamber botas.

  57. Olá, Fernando.
    Voce tpode achar sua vida do tamanho que quiser. Pequenina, média , grande, não importa. Ela é muito maior do que voce pode enxergar. Voce trasforma diariamente a vida de millhares de pessoas. Sua coragem, determinação e, claro, seuus ótimos textos são exemplos para todos que prezam pela boa informação. Voce faz parte de um seleto grupo de jornalistas que ajudam a transformar o Brasil. Parabéns! Vida longa ao Tijolaço!

  58. Ao contrário do personagem do filme a nossa guerra ainda não terminou, soldado!
    Em frente, sempre! Até a vitória! Obrigado por tudo, caro Fernando. Feliz Natal a ti a aos teus. Logo, logo veremos os frutos de tanto suor seu e de seus colegas “sujos”, na forma de algumas leis e decretos. Aguardemos e brindemos à Paz.

  59. Quantos comentários espontâneos com belos elogios, como os que estão aqui, recebem juntos O Globo, Folha, Estadão e Veja?
    Observando por este ângulo, quem é pequeno e quem é grande?
    Parabéns!

  60. Falando em guerra, a nova modalidade parece ser mesmo a da justiça. Agora, no Uol, li que uma cidade americana entrou na justiça contra a Petrobrás (Providence/Rodhe Island). A corte é a de Nova Iorque, não sei se a mesma que entrou contra a Argentina.É no mínimo estranho essa ‘justiça’ vindo do país que impôs a globalização e seu sistema neoliberal ao mundo causando desemprego, desestabilização econômica, crises políticas, só para dizer o mínimo. Com uma ressalva, o risco é só dos países periféricos, para eles deve ter segurança total. Lembremos da crise de 2008, quem pagou ao mundo indenizações por perdas causadas pela leviandade do sistema bancário que envolveu os maiores bancos americanos e europeus? Qual foi a cidade brasileira que entrou na justiça contra o maior rombo causado por pura especulação financeira? Pelos trechos do artigo selecionado é possível ver a que absurdo chegamos. “Outros impactos advirão das medidas aprovadas nesse 2 de agosto de 2011: a demanda norte-americana por produtos de outros países deverá ser fortemente abalada pelas medidas recessivas que estão sendo adotadas para reduzir gastos e fazer sobrar mais recursos para o pagamento da dívida. Além de afetar, em cascata, o comércio de diversos países, tais medidas recessivas provocarão o agravamento da própria crise, inibindo investimentos reais, produtividade e geração de empregos. Por isso outro impacto deverá ser o aumento da pressão para a colocação de produtos norte-americanos em todos os mercados, afetando indústrias locais. Segundo Michel Chossudovsky, para financiar o salvamento dos bancos o governo dos EUA recorreu a empréstimos junto a esses mesmos bancos. Assim, como num passe de mágica, os bancos falidos foram salvos e ainda transformados em credores do Estado! Por isso, o autor defende a ANULAÇÃO destas dívidas, o retorno dos recursos ao Tesouro dos EUA, e o confisco dos bens dos especuladores, proposta bem distinta da recentemente aprovada no parlamento norte-americano. A atual crise expôs a dominância do setor financeiro e impõe a necessidade de revisão desse modelo de desenvolvimento e de acumulação capitalista que privilegia o setor bancário. Especialmente nos Estados Unidos, o privilégio de impressão de moeda e emissão de títulos da dívida para financiar investimentos, mas também especulação e guerras, se esgotou. – See more at: http://cspconlutas.org.br/2011/08/a-crise-da-divida-dos-eua-por-maria-lucia-fattorelli/#sthash.cXtFafEp.dpuf“. E mais:”…Devido à aceitação mundial do dólar em transações comerciais e financeiras, diversos países aplicam suas reservas internacionais em títulos da dívida dos EUA. O Brasil é um destes países, tendo acumulado mais de 200 bilhões de dólares em títulos do Tesouro estadunidense nos últimos 6 anos, embora tal aplicação não renda quase nada ao país. O mais grave é que a compra dessas reservas internacionais (que não rendem quase nada) foi feita mediante a emissão de títulos da dívida interna brasileira que pagam os juros mais elevados do mundo. Essa diferença de rendimentos agravada pela forte desvalorização do dólar frente ao real resultou em mega prejuízo ao Banco Central do Brasil, da ordem de R$ 147 bilhões em 2009 e R$ 50 bilhões em 2010, que é arcado pelo Tesouro Nacional, isto é, por toda a sociedade. O endividamento brasileiro já atinge quase R$ 3 trilhões e em 2010 consumiu 44,93% dos recursos do orçamento da União, sacrificando os investimentos em saúde, educação e todas as demais áreas. Desta forma, o povo brasileiro também já está pagando, há algum tempo, a conta da crise da dívida norte-americana. – See more at: http://cspconlutas.org.br/2011/08/a-crise-da-divida-dos-eua-por-maria-lucia-fattorelli/#sthash.cXtFafEp.dpuf
    Outros impactos advirão das medidas aprovadas nesse 2 de agosto de 2011: a demanda norte-americana por produtos de outros países deverá ser fortemente abalada pelas medidas recessivas que estão sendo adotadas para reduzir gastos e fazer sobrar mais recursos para o pagamento da dívida. Além de afetar, em cascata, o comércio de diversos países, tais medidas recessivas provocarão o agravamento da própria crise, inibindo investimentos reais, produtividade e geração de empregos. Por isso outro impacto deverá ser o aumento da pressão para a colocação de produtos norte-americanos em todos os mercados, afetando indústrias locais. Segundo Michel Chossudovsky, para financiar o salvamento dos bancos o governo dos EUA recorreu a empréstimos junto a esses mesmos bancos. Assim, como num passe de mágica, os bancos falidos foram salvos e ainda transformados em credores do Estado! Por isso, o autor defende a ANULAÇÃO destas dívidas, o retorno dos recursos ao Tesouro dos EUA, e o confisco dos bens dos especuladores, proposta bem distinta da recentemente aprovada no parlamento norte-americano. A atual crise expôs a dominância do setor financeiro e impõe a necessidade de revisão desse modelo de desenvolvimento e de acumulação capitalista que privilegia o setor bancário. Especialmente nos Estados Unidos, o privilégio de impressão de moeda e emissão de títulos da dívida para financiar investimentos, mas também especulação e guerras, se esgotou. – See more at: http://cspconlutas.org.br/2011/08/a-crise-da-divida-dos-eua-por-maria-lucia-fattorelli/#sthash.cXtFafEp.dpuf“.

  61. Fernando,
    seu blog já é um patrimônio para todos que lutam por um Brasil melhor. Difícil acordar e deixar de lê-lo. Contraponto indispensável às mentiras e manipulações da grande (argh!) imprensa.
    Muita saúde, energia e vida longa à você e ao TIJOLAÇO !!!

  62. O que seria do mundo sem os sujos, malditos, insurgentes, independentes? Vocês, jornalistas blogueiros, dão-nos o que pensar – um alimento. Bom Ano Novo!

  63. Caríssimo Fernando, nós leitores é que temos que agradecer a você por nos mostrar de uma forma tão clara e lúcida as “verdades” que o PIG sempre deturpa.

  64. Fernando em primeiro lugar, Feliz Natal para você e família.

    Senti neste texto sinais daquela depressão que nos acomete todo ano neste período natalino.
    Todavia, quero dizer que não tenha dúvida você é “Grande”, muito maior do que aqueles mercenários do PIG que nos azucrinam a vida todo santo dia.

    Fernando, ser chamado de blogueiro sujo nos dias de hoje, entendo que deve até ser motivo de Orgulho.

    Portanto, parabéns, continue na luta porque precisamos de você!

    Abraços e um Feliz 2015!

  65. Se, neste ano que se aproxima, eu virar um blogueiro “sujo” com certeza, em muito será inspirado em todos vocês que nos precederam na Luta e no sacrifício por um País mais democrático.
    Que o Nosso Bom Deus os conserve e proteja para sempre!
    Grande abraço.

  66. Eu é que tenho que dizer obrigado a você pelo trabalho incansável em me trazer notícias e análises que aperfeiçoam minha visão política.

  67. fernando, quem tem a agradecer somos nós, que temos o privilégio de sermos informados e orientados por textos tão bem escritos e que trazem tntas verdades. dosados com a mais fina percepção e inteligência, além de mta sensibilidade.
    obrigada e continue assim
    abs,
    ana

  68. vai cuidar da tua familia rapaz, e pare de postar asneiras a favor de ladroes do pt….cuidado com pe de pano…muito tempo no micro e a mulher precisando….muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

  69. De jornalista de seu naipe não se poderia esperar outra coisa. Como sempre, brilhante texto a nos brindar no pós Natal. Se estes louvados mercantilistas tivessem a metade de sua capacidade de pensador e escritor o Brasil seria um país muito melhor. Que Deus nos permita compartilhar de seus textos por muitos e muitos anos que virão e que serão cada vez melhores.

  70. Nós é que agradecemos pelo belo trabalho que faz. Meu muito obrigado e em 2015 estaremos juntos na trincheira por um Brasil desenvolvido social e economicamente.

  71. Fernando
    Seu blog já faz parte do meu dia a dia só tenho que te agradecer por iluminar minha vida com seus textos e suas informações, que Deus te de forças para continuar.Feliz 2015 para você e sua família.

  72. Querido Fernando Brito,

    Tuas palavras nos alegram e emocionam.
    Se tivéssemos (minha família e eu) que escolher um super herói, tu serias o escolhido. Obrigada por tua garra e por tua lucidez.
    Estaremos juntos em 2015 !
    Boas festas e felicidades nesse novo ano para ti e tua família !
    Abraços,

  73. Sem os blogues progressistas, nacionalistas, democráticos, trabalhistas e de esquerda seríamos cegos ou morreríamos de infarto por ler, ouvir ou assistir a programação monolítica do PIG.

    Quero que mais e mais pessoas comecem a enxergar ou deixem de morrer de infarto devido à programação monolítica das famiglias do PIG.

    Dilma: corte a Bolsa Imprensa do PIG!

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