Creio que – não sem alguma razão – o governo considera que a imprensa e a opinião pública se compõem de “tolinhos” que acreditam em qualquer coisa.
Alguém pode acreditar que um Secretário de Paulo Guedes, um dos mais importantes integrantes da sua equipe (ainda mais quando se trata de tributos), ia falar de um imposto, com detalhes de alíquotas de quanto e tanto para tais e quais operações, sem haver um consenso dentro do ministério?
Afinal, se a Receita revelou, em detalhes, como seria e quanto seria a mordida, será que falava apenas por conta própria?
É claro que havia um acordo, no mínimo, dentro do Ministério, sobre o que se desejava fazer e é quase tão inacraditável que uma medida como essa não tenha sido, ao menos, pré-combinada com o presidente.
Mas os covardes marqueteiros, ao ver o tamanho da reação à proposta, acharam melhor queimar Marcos Cintra, sozinho.
Sai a público o herói Bolsonaro, que impede a criação do imposto.
Nunca vi tanta gente “tolinha”…
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Veremos como o heroi Bolsonaro se sai quando, extinto o horario de verao, tiver um apagão em alguma regiao do pais devido a algum desequilíbrio no consumo versus produção de energia
Tudo combinado. O governo sabe que a imprensa não é tola, é sonsa. Igualmente sonsos são os que apoiam essas medidas apenas porque lhes favorecem economicamente.
Tolos são os eleitores de bolsonaro e os que têm preconceito arraigado contra a esquerda e/ou o PT. Esses bloquearam sua capacidade de raciocinar para poderem continuar acreditando no que querem.
É a tática deles. Liberam a informação, ventilam para ver a aceitação ou não e quando dá errado, ou dizem que era "fake news" ou ideia isolada de algum membro do governo.
E acreditem: o gado leva isso totalmente a sério.
Bolsonaro está com problemas. Ele PRECISA da CPMF para equilibrar as contas e, principalmente, pagar as famílias rentistas. Mas a reação será muito adversa, contra um governo que já não anda bem das pernas.
Certa feita, um pobre patriarca russo estava às voltas com insatisfações sobre seus conselhos e sua liderança na comunidade. Então, sem saber o que fazer, subiu à montanha para falar com o sábio eremita. O sábio, com sua boca torta e maus modos, lhe pergunta grosseiramente o que o traz até ali. E o patriarca, contrito, confessa que já não lhe ouvem mais como ouviam antigamente. Eis que o boquirroto guru lhe cospe. "Ora, mas a resposta é muito óbvia. Capture um bode desta montanha e leve-o até a sala comunal. Lá ele deve ficar, e lá ele fará suas necessidades, dará seus berros, mas trará boa sorte." O patriarca diligentemente obedece, mas logo vê a indisposição aumentar. Chega o momento em que ninguém mais aguenta o bode na sala, nem mesmo o patriarca que cria fielmente no presságio de tão sábio eremita. Então ele retorna à montanha e, temendo o escárnio do seu guru, pergunta exasperado. "Pois fiz o que você me mandou, e eis que o bode não trouxe boa sorte, mas só mais indisposição e desconforto!" O velho ranzinza surpreende seu pupilo, pois sua resposta não é de escárnio ou uma reafirmação dos presságios de boa sorte. "Pois agora é o momento de ação. Retire o bode, mostre-se como o responsável por salvar a todos de tão grande desconforto e você verá restaurado o apreço que antes seus servos lhe tinha."
Essa é a lenda do "bode na sala", tão versátil e às vezes interpretada erroneamente. Mas traduzida perfeitamente na vida real: substitua "patriarca" por Bonossauro, "sábio" por Olavo (opcional), e bode na sala por CPMF.
... Depois que os mais de 300 dePUTAdos picaretas do Congresso 'NAZIonal' engabelar o eleitorado dizendo que são machões para proteger a sociedade da CPMF, e receberem o pagamento pela aprovação da 'Reforma da Previdência da Morte'...
Bom, aí, aí... Aí o Cintra volta!
Em seguida, os mesmos 300 dePUTAdos picaretas do Congresso 'NAZIonal' voltarão rodando as sacolinhas de tchutchucas na cara do povo!
As sacolinhas com a seguinte inscrição: "CPMF JÁ"!
Vida que segue!
Impor, como dizem hoje, uma "narrativa" é algo muito fácil, pelo menos em um pais que conta com um "sistema de comunicação social" como o nosso, dominado por um par de famílias que compartem os mesmos valores e que impõe imperialmente esses valores e opiniões em seus meios de comunicação. Famílias que se pensam acima dasda lei e distintos de todos os outros cidadãos. Famílias que "emprestam" seu poder a qualquer corporação capaz de defender seus interesses, seja militares, juizes, tecnocratas ou mesmo criminais e milicianos. A única coisa que detém essa plutocracia são seus erros, sua incapacidade de ser e cumprir a função que ela mesmo se impôs de governar esses país e impedir que qualquer outro grupo de cidadão decida o seu próprio destino.
A tática foi amplamente divulgada pelos feitores da Globo News no intuito de convencer seus telespectadores tolinhos.