Do The Guardian, hoje:
A Alemanha rejeitou um plano de compromisso de última hora da Grécia que se curvou para algumas exigências fundamentais de seus credores. Em um discurso ao Bundestag (parlamento), a chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou sua posição de que não havia nenhum ponto sobre o qual ter conversas com o governo deAlexis Tsipras antes de um referendo na Grécia sobre aceitar ou não o plano de resgate da UE.”
Seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, foi ferozmente crítico de Tsipras, dizendo: “A Grécia está em uma situação difícil, mas puramente por causa do comportamento do governo grego … Buscar a culpa fora da Grécia pode ser útil na Grécia , mas não tem nada a ver com a realidade.
“O governo grego não está fazendo nenhum favor seu povo em todos, se ele continua fazendo declarações completamente falsas. Ninguém mais é o culpado por sua situação. “
Assim, a Alemanha afirma sua posição imperial: não quer uma solução, quer a derrubada do governo eleito pelos gregos, que pegou o país na arapuca de acordos que não poderia honrar, feitos por gente que está, agora, apoiando o ultimato alemão.
O curioso é que a Alemanha, durante a ocupação nazista da Grécia, obrigou aquele país a tomar 54 bilhões de euros emprestados ao Tesouro do Reich para fazer despesas de guerra – a favor dos alemães, claro.
Diz a BBC: “Obrigar um banco central de um país ocupado a tomar empréstimos com a Alemanha era um procedimento comum dos nazistas naquela época.”
O país foi destruído pelas batalhas e depois por uma guerra civil entre os antinazistas e os simpatizantes da Alemanha, sob o apoio europeu que não desejava um governo esquerdista por alo, completando a influência soviética na Península dos Bálcãs (com Albânia e Iugoslávia).
Entre as duas guerras, somando os judeus gregos “eliminados”, foram perto de meio milhão de mortos.
Agora, de novo, Alemanha trabalha para derrubar o governo eleito pelos gregos e instalar uma administração títere, pela via do medo eleitoral, que mantenha o país na espiral de submissão pela dívida.
10 respostas
Boa tarde,
como sempre a “Casa Grande” que produtividade dos escravos no chicote.
A reportagem tem um viés equivocado e merece melhor esclarecimento.
O Governo de Tsipras da Grécia, ao ser eleito, prometeu manter a Grécia na União Européia ao mesmo tempo que combateria a “austeridade” defendida pelo Euro. (uma dicotomia invencível)
Seu débito surgiu de má gestão mesmo, (gastou mais que arrecadava, por anos, crendo num eterno “colchão europeu”), ninguém forçou a grécia a contratar trocentos funcionários públicos ou equiparar pensões às do resto da europa.
Essa proposta do Tsipras já se sabia impossível, uma mentira, mas “populistas” mentem e pensam que “nada vai acontecer”. (vide nosso anterior guia “dessstche paiff” e sua atual “mandioca criada”)
Depois Tsipras “blefou” com o tal “referendo”, acreditando que estava jogando com “Dilmandióca, a mulher sápiens” e que a mesma jogaria a toalha em nome de um acordo “meia boca”, de um “fisiologismozinho”….
Só que do outro lado não tem “pixuleco” não! Quem está lá é a Merkel, representante da ALEMANHA, e ela pagou pra ver, sabendo que pra ela é “ganha x ganha”.
A economia da grécia é menor que o Estado de São Paulo (US$ 241 bi da grécia contra US$ 721,3 bi de São Paulo) então não será nenhuma perda econômica para o Euro, além disso a conta da “opção populista” virá em dobro na forma do próprio referendo.
Se vencer o Tsipras (com o não ao acordo) a grécia implode em 3,2,1….. Vai ficar pior que no tempo do “Zorba” (sem a dancinha) e em menos de 1 mês, com o caos econômico, teremos um golpe militar pra colocar as coisas em ordem e reagrupar com a Europa/EUA. (e o tal boquirroto na cadeia ou fugindo pro Brasil, p.ex.)
Se vencer o acordo a Grécia se salva, fica na Eurozone sob as asas da “Águia Gamada”, mas o Tsipras sai com o rabo entre as pernas e dá lugar a um governo mais realista.
Em tempo: Tsipras não é de esquerda, ao menos sua postura assim não demonstra, afinal, tem entre seus apoiadores grupos de ultradireita nacionalista, então não passa de um “populistazinho” mesmo, desses de “conchavo e coalizão/compra” de apoio, dos quais estamos tão acostumados nos últimos anos “nesstche paiff”….
Para responder a um “intelectual” nada melhor que outro intelectual: Habermas defende a Grécia:“São os cidadãos, não os banqueiros, que têm de dizer a última palavra sobre as questões que afetam o destino europeu”. O comentário é de Jürgen Habermas, filósofo e escritor alemão em artigo publicado no jornal no El País, 28-06-2015. Habermas lembra que “a Alemanha deve o impulso inicial para sua decolagem econômica, do qual ainda se alimenta hoje, à generosidade dos países credores que no Tratado de Londres, de 1954, perdoaram mais ou menos a metade de suas dívidas”.
Segundo ele, “o acordo não está fracassando por causa de alguns bilhões a mais ou a menos, nem por causa de um ou outro imposto, mas unicamente porque os gregos exigem que a economia e a população explorada pelas elites corruptas tenham a possibilidade de voltar a funcionar através da quitação da dívida ou uma medida equivalente, como, por exemplo, uma moratória dos pagamentos vinculada ao crescimento”.http://www.ocafezinho.com/2015/06/30/habermas-defende-a-grecia/
Realmente, a austeridade defendida pelos grandes da União Européia tem dado excelentes resultados. Basta ver o que aconteceu com a Espanha, a Itália, a própria Grécia e por aí vai. O modelito de austeridade defendido serve apenas para canalizar recursos para os grandes, que também não estão bem das pernas. Os pequenos se atolam em dívidas, salvando a lavoura dos grandes e do mercado financeiro.
Não tem nada a ver com pagar ou deixar de pagar o débito, mas sim, sobre quem irá recair o esforço de pagamento. Existem muitos Gregos bilionários.
kkkk leitor de veja é de dar dó mesmo, sempre a mesma ladainha repetida e repetida. Pensar que é bom, nada. Repete até os insultos, é de uma indigência mental…
Mas enfim, Tsipras prometeu rever o sistema da dívida, auditá-la, dar prioridade ao povo e não aos especuladores, não ao capital. Por isso, toda essa reação, essa chantagem, essa coação e coerção do ´´mercado“, dos donos do dinheiro.
A UE chefiada pela imperadora Merkel exige superávit de 3,5%, exige tomar conta do país, subjugá-lo, dominá-lo, colonizá-lo através da submissão por meio das dívidas, modus operandi antigo do FMI e congêneres. É Merkel e a UE que querem ver a Grécia de joelhos, são os especuladores abutres que se aproveitam da debilidade dos países para extorquir, para ´´emprestar“ dinheiro com juros de deixar agiotas constrangidos. Fazem isso no mundo todo, aproveitando-se de mazelas históricas, como no caso recente da Argentina com os abutres. Querem retirar a dignidade de um povo, vê-lo de quatro, submetido, paralisado, drenando seu esforço e seus recursos para as contas de milionários.
É muito viralatismo, muita subserviência cultuar o capital e o imperialismo de Merkel, sua chantagem, sua coerção. Mas algumas palavras expõem muito bem o reacionarismo, o autoritarismo e a visão de mundo obtusa, grotesca. Por exemplo: “teremos um golpe militar pra colocar as coisas em ordem e reagrupar com a Europa/EUA.(…)”. Como assim colocar ordem? Reprimir, matar, violentar e instaurar a paz de cemitério, como fizeram na América Latina? Ou também ““populistazinho” mesmo, desses de “conchavo e coalizão/compra” de apoio, dos quais estamos tão acostumados nos últimos anos(…)”. é necessário ser muito néscio, muito crédulo e ingênuo para crer que essas coisas começaram em 2002. Qualquer lição de história corrobora isso, e não é necessário nem ir muito atrás para verificar: nos anos 90, a reeleição foi comprada, seu apoio, por um presidente que nada tinha de ´´populista“ (coxinha insiste em brigar com a história).
Por fim, que alguém veja as coisas de maneira diferente não significa que tenha um ´´viés equivocado“, significa que ela pensa diferente, que tem uma visão de mundo distinta. Isso é possível, sabia? Por mais que a direita sonhe em instaurar o pensamento único, a esquerda sempre existirá, e a pluralidade, felizmente, também. Resta aceitar o fato.
Puxa vida!
Como você é inteligente!
Onde aprendeu isso?
Na Veja?
Na Época?
Na Folha de São Paulo?
Viu na Globo?
Viu na Globo News (você assina TV a cabo ou rouba sinal com AZARBOX?).
Cara, quando eu crescer, eu juro que vou me lambuzar no ovo, rolar na farinha e enfiar um cabo de vassoura no rabo só pra ficar parecido com você:
COXINHA!
Esses alemães são grandes… Grandes filhos da puta!
Nada diferente do que sempre foi a Alemanha.
“A Grécia está em uma situação difícil, mas puramente por causa do comportamento do governo grego … Buscar a culpa fora da Grécia pode ser útil na Grécia , mas não tem nada a ver com a realidade”.
Isso me lembra o discurso fajuto de uma certa turma aqui no Brasil.
Grande Fernando, se você, hipoteticamente, um cidadão de classe média, empresta R$ 5.000 a um amigo, contando com o pagamento para pagar a escola de seus filhos, recebe um belo calote, o que você vai fazer?
Perdoar de boa ou buscar meios de garantir uma boa educação ao seu moleques?
Por favor ne, sem hipocrisia.