Como publicado aqui neste blog no domingo, a Aneel anunciou a redução do adicional de segurança energética cobrado nas contas de luz – as chamadas bandeiras tarifárias – a partir de 1º de fevereiro.
Antecipou, na verdade, a decisão que será formalizada na sexta-feira.
A decisão foi extremamente conservadora – agência reguladora é, por natureza, amiga do empresário, que é seu “público”, não o povo – mas tende na direção certa e óbvia, com a melhoria nos níveis das represas do Sudeste e, nos últimos dias, também do Nordeste, que estão ainda em situação crítica.
O adicional cai de R$ 0,045 por quilowatt/hora para R$ 0,03 pela mesma unidade de consumo, embora permaneça na denominação de “bandeira vermelha”.
A rigor, a Aneel “inventou” uma espécie de “bandeira rosa”, com perto do mesmo valor que teria a “bandeira amarela”, até agora fixada em R$ 0,025 por kwh. Talvez o tenha feito para não desagradar O Globo, que ontem disse que a “bandeira vermelha” vigoraria até abril, embora não haja razão técnica para isso senão na Região Nordeste.
E falta razão técnica não apenas porque os reservatórios subiram, mas porque o consumo caiu – pela crise econômica e por um verão, até aqui, mais ameno – em perto de 10% em relação a um ano atrás.
A normalização do regime de chuvas joga um papel importante no combate à inflação, por conta desta suicida política de repasse imediato e cavalar de custos.
Mesmo com esta “conta de chegar” da Aneel, algum alívio se fará sentir.
Que pode ser maior ao final de fevereiro, que é um mês de menor consumo industrial (30% do total) por conta dos feriados. A depender, claro, das chuvas. Que, mesmo sem a intensidade da semana passada, continuam fortes no médio São Francisco e no “Nariz de Minas” .
E, com chuva, os urubus da economia não levantam voo.
19 respostas
Você pega um pobre, que levou chicotadas financeiras um ano todo por causa do desgoverno de Dilma e agora fala com entusiasmo: levante-se, homem, acabaram as chibatadas. Me poupe, Fernando Brito!
Me poupe você,rapaz.
O alívio é mínimo e só acontecerá porque, com a recessão, a indústria está consumindo muito menos. E, com a inflação estourando, será que a Dilma terá cara de pau de anunciar essa “conquista” na TV, como fez ao mentir na outra vez? Ah, esqueci, o lulopetismo sofre de panelaçofobia. Ela e a alma viva mais honesta vão fugir até do programa do partido porque têm medo de aparecer na TV (e de caminhar pela rua, entrar num restaurante, num estádio …)
Dilma tem que anunciar sim a queda da conta de luz. Até porque quando subiu a culpa foi toda para cima dela.
Mas é estranho que a luz aumentou 51 % e teve impacto direto de 1,50 % na inflação do ano passado. E onde foi que a luz aumentou mais? São Paulo e Paraná tiveram os maiores aumentos de 70,97 % e 69,22 % respectivamente. Coincidência ou não dois estados governados por tucanos.
E Curitiba teve a maior inflação 12,58 % tanto pelo aumento da luz (69,22 %) como aumento em até 50 % de ICMS nos alimentos.
O que fica evidente que por mais que a Dilma do PT faça um governo ruim, os governadores tucanos conseguem ser muito pior.
Ela e a alma viva mais honesta têm medo até de aparecer no programa do PT. Você acha que ela terá coragem de falar sobre energia depois das mentiras que contou da outra vez??!! Aceito apostas.
Ela impediu o aumento da energia regularmente até a eleição. Isso gerou um rombo de 60 bi que pagamos com juros e mais juros. A culpa não foi pra cima de Dilma. A culpa é de Dilma.
Noto que os coxinhas entram aqui babando de ódio nos comentários.
Pode ser que o nosso Ernesto atenda também pelo nome de Alisson Souza. É necessário dar volume aos comentários “coxísticos”, já que não tem conteúdo nenhum, assim o Ernesto vem fazendo jogada com o Alisson e o Alisson vem fazendo jogada com o Ernesto. Mas podemos perceber que o focinho de um está no comentário do outro e o rabo do outro está no comentário do um. É a clássica jogada de coxinha.
Desde os tempos de Adoniram Barbosa que você, Ernesto, é um sujeito mal-intencionado. Você sempre foi adepto de Carlos Lacerda?
quero ver a cara do pig ,dos coxinha,do sandenberg,da mirian leitao!
Cogumelou-se?
Cogumelo era como Brizola se referia ao consórcio midiático que hoje é chamado de PIG…
Tijolaço como sempre, antecipando a notícia. Bebendo na fonte e repassando a informação correta.
Parabéns.
Obs.: Com um Tijolaço desses quem quer saber do Globo.
Eu acho que os brasileiros estão com saudade do psdb(partido que manda bater em professores e estudantes)partido que não da uma minima para os trabalhadores.
Ótima notícia, pois a energia elétrica influencia no preço de todos os produtos. Reduzir a tarifa de energia é um EXCELENTE meio para reduzir a inflação.
O Brasil é um dos países que mais investe em energia eólica, coisa que não foi feita nos tempos sombrios de FHC. Além disso, hoje somos o campeão mundial na produção de biocombustíveis (álcool e biodiesel).
Parabéns ao Alisson Souza e ao ernesto, que em vez de se desinformarem geral, vem ao tijolaço beber da fonte correta da informação. São coxinhas conscientes, se é que os há!
“A normalização do regime de chuvas joga um papel importante no combate à inflação, por conta desta suicida política de repasse imediato e cavalar de custos.”
Lembrando que se as empresas brasileiras ficarem com o prejuízo por muito tempo, ou o Governo abre o Tesouro para salvá-las (em última análise, o povo tá pagando, assim como pagaria com o aumento de tarifa) ou as mesmas serão engolidas por empresas internacionais…….
Óh dilema pros urubus! Torcer pra chover e encher o Cantareira , ou torcer pra seca pra continuar a conta alta!
A Aneel, defensora dos interesses do mercado, foi obrigada a reduzir um pouquinho o preço do Kwh, pois ela está interessada em manter os lucros do mercado. Mas daqui há alguns dias a mesma defensora do mercado pode aumentar muito o preço do Kwh para que o mercado possa ampliar suas margens de lucros e continuar nadando nos lucros produzidos pelos consumidores, isto tudo de forma técnica, conforme a visão técnica da Aneel.
Quando será que uma agência reguladora vai dar mais atenção aos consumidores do que aos lucros do mercado?