Aras no fogo por ligação com golpistas

A revelação da intimidade de Augusto Aras com o grupo de empresários golpistas que teve seus celulares apreendidos ameaça destampar as conexões entre empresários e a cúpula da República.

A informação – originalmente publicada pelo site jurídico Jotade que nos aparelhos há registros de conversas entre eles e o Procurador Geral da República tem um potencial explosivo. Dependendo do teor, que logo virá à tona, pode colocar um impedimento definitivo para que Augusto Aras se veja impedido de seguir no cargo.

Já havia suspeitas sobre suas ligações com um dos empresários, Meyer Joseph Nigri, dono da Tecnisa – há mais de 15 anos amigo e colaborador das campanhas do atual presidente a deputado, especialmente na aproximação com a comunidade judaica.

Em maio de 2020, a Veja diz que “Nigri foi um dos padrinhos das indicações de Nelson Teich para o Ministério da Saúde e de Augusto Aras para o cargo de procurador-geral da República”. E o procurador, dias atrás, fez questão de demonstrar-lhe gratidão, saudando-o especialmente em seu discurso na própria posse na PGR.

Há duas situações decisivas para a evolução do caso: os indícios que levaram Moraes a ordenar as buscas e apreensões e o teor dos diálogos entre Aras e os empresários.

É preciso esperar os fatos, mas há motivos para crer que Aras está no fogo.

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