Vai ter Copa: argumentos para enfrentar quem torce contra o Brasil
Por Antonio Lassance, na Carta Maior.
Como a desinformação alimenta o festival de besteiras ditas contra a Copa do Mundo de Futebol no Brasil.
Profetas do pânico: os gupos que patrocinam a campanha anticopa
Existe uma campanha orquestrada contra a Copa do Mundo no Brasil. A torcida para que as coisas deem errado é pequena, mas é barulhenta e até agora tem sido muito bem sucedida em queimar o filme do evento.
Tiveram, para isso, uma mãozinha de alguns governos, como o do estado do Paraná e da prefeitura de Curitiba, que deram o pior de todos exemplos ao abandonarem seus compromissos com as obras da Arena da Baixada, praticamente comprometida como sede.
A arrogância e o elitismo dos cartolas da Fifa também ajudaram. Aliás, a velha palavra “cartola” permanece a mais perfeita designação da arrogância e do elitismo de muitos dirigentes de futebol do mundo inteiro.
Mas a campanha anticopa não seria nada sem o bombardeio de informação podre patrocinado pelos profetas do pânico.
O objetivo desses falsos profetas não é prever nada, mas incendiar a opinião pública contra tudo e contra todos, inclusive contra o bom senso.
Afinal, nada melhor do que o pânico para se assassinar o bom senso.
Como conseguiram azedar o clima da Copa do Mundo no Brasil
O grande problema é quando os profetas do pânico levam consigo muita gente que não é nem virulenta, nem violenta, mas que acaba entrando no clima de replicar desinformações, disseminar raiva e ódio e incutir, em si mesmas, a descrença sobre a capacidade do Brasil de dar conta do recado.
Isso azedou o clima. Pela primeira vez em todas as copas, a principal preocupação do brasileiro não é se a nossa seleção irá ganhar ou perder a competição.
A campanha anticopa foi tão forte e, reconheçamos, tão eficiente que provocou algo estranho. Um clima esquisito se alastrou e, justo quando a Copa é no Brasil, até agora não apareceu aquela sensação que, por aqui, sempre foi equivalente à do Carnaval.
Se depender desses Panicopas (os profetas do pânico na Copa), essa será a mais triste de todas as copas.
“Hello!”: já fizemos uma copa antes
Até hoje, os países que recebem uma Copa tornam-se, por um ano, os maiores entusiastas do evento. Foi assim, inclusive, no Brasil, em 1950. Sediamos o mundial com muito menos condições do que temos agora.
Aquela Copa nos deixou três grandes legados. O primeiro foi o Maracanã, o maior estádio do mundo – que só ficou pronto faltando poucos dias para o início dos jogos.
O segundo, graças à derrota para o Uruguai (“El Maracanazo”), foi o eterno medo que muitos brasileiros têm de que as coisas saiam errado no final e de o Brasil dar vexame diante do mundo – o que Nélson Rodrigues apelidou de “complexo de vira-latas”, a ideia de que o brasileiro nasceu para perder, para errar, para sofrer.
O terceiro legado, inestimável, foi a associação cada vez mais profunda entre o futebol e a imagem do país. O futebol continua sendo o principal cartão de visitas do Brasil – imbatível nesse aspecto.
O cartunista Henfil, quando foi à China, em 1977, foi recebido com sorrisos no rosto e com a única palavra que os chineses sabiam do Português: “Pelé” (está no livro “Henfil na China”, de 1978).
O valor dessa imagem para o Brasil, se for calculada em campanhas publicitárias para se gerar o mesmo efeito, vale uma centena de Maracanãs.
Desinformação #1: o dinheiro da Copa vai ser gasto em estádios e em jogos de futebol, e isso não é importante
O pior sobre a Copa é a desinformação. É da desinformação que se alimenta o festival de besteiras que são ditas contra a Copa.
Não conheço uma única pessoa que fale dos gastos da Copa e saiba dizer quanto isso custará para o Brasil. Ou, pelo menos, quanto custarão só os estádios. Ou que tenha visto uma planilha de gastos da copa.
A “Copa” vai consumir quase 26 bilhões de reais.
A construção de estádios (8 bi) é cerca de 30% desse valor.
Cerca de 70% dos gastos da Copa não são em estádios, mas em infraestrutura, serviços e formação de mão de obra.
Os gastos com mobilidade urbana praticamente empatam com o dos estádios.
O gastos em aeroportos (6,7 bi), somados ao que será investido pela iniciativa privada (2,8 bi até 2014) é maior que o gasto com estádios.
O ministério que teve o maior crescimento do volume de recursos, de 2012 para 2013, não foi o dos Esportes (que cuida da Copa), mas sim a Secretaria da Aviação Civil (que cuida de aeroportos).
Quase 2 bi serão gastos em segurança pública, formação de mão de obra e outros serviços.
Ou seja, o maior gasto da Copa não é em estádios. Quem acha o contrário está desinformado e, provavelmente, desinformando outras pessoas.
Desinformação #2: se deu mais atenção à Copa do que a questões mais importantes
Os atrasos nas obras pelo menos serviram para mostrar que a organização do evento não está isenta de problemas que afetam também outras áreas. De todo modo, não dá para se dizer que a organização da Copa teve mais colher de chá que outras áreas.
Certamente, os recursos a serem gastos em estádios seriam úteis a outras áreas. Mas se os problemas do Brasil pudessem ser resolvidos com 8 bi, já teriam sido.
Em 2013, os recursos destinados à educação e à saúde cresceram. Em 2014, vão crescer de novo.
Portanto, o Brasil não irá gastar menos com saúde e educação por causa da Copa. Ao contrário, vai gastar mais. Não por causa da Copa, mas independentemente dela.
No que se refere à segurança pública, também haverá mais recursos para a área. Aqui, uma das razões é, sim, a Copa.
Dados como esses estão disponíveis na proposta orçamentária enviada pelo Executivo e aprovada pelo Congresso (nas referências ao final está indicado onde encontrar mais detalhes).
Se alguém quiser ajudar de verdade a melhorar a saúde e a educação do país, ao invés de protestar contra a Copa, o alvo certo é lutar pela aprovação do Plano Nacional de Educação, pelo cumprimento do piso salarial nacional dos professores, pela fixação de percentuais mais elevados e progressivos de financiamento público para a saúde e pela regulação mais firme sobre os planos de saúde.
Se quiserem lutar contra a corrupção, sugiro protestos em frente às instâncias do Poder Judiciário, que andam deixando prescrever crimes sem o devido julgamento, e rolezinhos diante das sedes do Ministério Público em alguns estados, que andam com as gavetas cheias de processos, sem dar a eles qualquer andamento.
Marchar em frente aos estádios, quebrar orelhões públicos e pichar veículos em concessionárias não tem nada a ver com lutar pela saúde e pela educação.
Os estádios, que foram malhados como Judas e tratados como ícones do desperdício, geraram, até a Copa das Confederações, 24,5 mil empregos diretos. Alto lá quando alguém falar que isso não é importante.
Será que o raciocínio contra os estádios vale para a também para a Praça da Apoteose e para todos os monumentos de Niemeyer? Vale para a estátua do Cristo Redentor? Vale para as igrejas de Ouro Preto e Mariana?
Havia coisas mais importantes a serem feitas no Brasil, antes desses monumentos extraordinários. Mas o que não foi feito de importante deixou de ser feito porque construíram o bondinho do Pão-de-Açúcar?
Até mesmo para o futebol, o jogo e o estádio são, para dizer a verdade, um detalhe menos importante. No fundo, estádios e jogos são apenas formas para se juntar as pessoas. Isso sim é muito importante. Mais do que alguns imaginam.
Desinformação #3: O Brasil não está preparado para sediar o mundial e vai passar vexame
Se o Brasil deu conta da Copa do Mundo em 1950, por que não daria conta agora?
Se realizou a Copa das Confederações no ano passado, por que não daria conta da Copa do Mundo?
Se recebeu muito mais gente na Jornada Mundial da Juventude, em uma só cidade, porque teria dificuldades para receber um evento com menos turistas, e espalhados em mais de uma cidade?
O Brasil não vai dar vexame, quando o assunto for segurança, nem diante da Alemanha, que se viu rendida quando dos atentados terroristas em Munique, nos Jogos Olímpicos de Verão de 1972; nem diante dos Estados Unidos, que sofreu atentados na Maratona Internacional de Boston, no ano passado.
O Brasil não vai dar vexame diante da Itália, quando o assunto for a maneira como tratamos estrangeiros, sejam eles europeus, americanos ou africanos.
O Brasil não vai dar vexame diante da Inglaterra e da França, quando o assunto for racismo no futebol. Ninguém vai jogar bananas para nenhum jogador, a não ser que haja um Panicopa no meio da torcida.
O Brasil não vai dar vexame diante da Rússia, quando o assunto for respeito à diversidade e combate à homofobia.
O Brasil não vai dar vexame diante de ninguém quando o assunto for manifestações populares, desde que os governadores de cada estado convençam seus comandantes da PM a usarem a inteligência antes do spray de pimenta e a evitar a farra das balas de borracha.
Podem ocorrer problemas? Podem. Certamente ocorrerão. Eles ocorrem todos os dias. Por que na Copa seria diferente? A grande questão não é se haverá problemas. É de que forma nós, brasileiros, iremos lidar com tais problemas.
Desinformação #4: os turistas estrangeiros estão com medo de vir ao Brasil
De tanto medo do Brasil, o turismo para o Brasil cresceu 5,6% em 2013, acima da média mundial. Foi um recorde histórico (a última maior marca havia sido em 2005).
Recebemos mais de 6 milhões de estrangeiros. Em 2014, só a Copa deve trazer meio milhão de pessoas.
De quebra, o Brasil ainda foi colocado em primeiro lugar entre os melhores países para se visitar em 2014, conforme o prestigiado guia turístico Lonely Planet (“Best in Travel 2014”, citado nas referências ao final).
Adivinhe qual uma das principais razões para a sugestão? Pois é, a Copa.
Desinformação #5: a Copa é uma forma de enganar o povo e desviá-lo de seus reais problemas
O Brasil tem de problemas que não foram causados e nem serão resolvidos pela Copa.
O Brasil tem futebol sem precisar, para isso, fazer uma copa do mundo. E a maioria assiste aos jogos da seleção sem ir a estádios.
Quem quiser torcer contra o Brasil que torça. Há quem não goste de futebol, é um direito a ser respeitado. Mas daí querer dar ares de “visão crítica” é piada.
Desinformação #6: muitas coisas não ficarão prontas antes da Copa, o que é um grave problema
É verdade, muitas coisas não ficarão prontas antes da Copa, mas isso não é um grave problema. Tem até um nome: chama-se “legado”.
Mas, além do legado em infraestrutura para o país, a Copa provocou um outro, imaterial, mas que pode fazer uma boa diferença.
Trata-se da medida provisória enviada por Dilma e aprovada pelo Congresso (entrará em vigor em abril deste ano), que limita o tempo de mandato de dirigentes esportivos.
A lei ainda obrigará as entidades (não apenas de futebol) a fazer o que nunca fizeram: prestar contas, em meios eletrônicos, sobre dados econômicos e financeiros, contratos, patrocínios, direitos de imagem e outros aspectos de gestão. Os atletas também terão direito a voto e participação na direção. Seria bom se o aclamado Barcelona, de Neymar, fizesse o mesmo.
Estresse de 2013 virou o jogo contra a Copa
Foi o estresse de 2013 que virou o jogo contra a Copa. Principalmente quando aos protestos se misturaram os críticos mascarados e os descarados.
Os mascarados acompanharam os protestos de perto e neles pegaram carona, quebrando e botando fogo. Os descarados ficaram bem de longe, noticiando o que não viam e nem ouviam; dando cartaz ao que não tinha cartaz; fingindo dublar a “voz das ruas”, enquanto as ruas hostilizavam as emissoras, os jornalões, as revistinhas e até as coitadas das bancas.
O fato é que um sentimento estranho tomou conta dos brasileiros. Diferentemente de outras copas, o que mais as pessoas querem hoje saber não é a data dos jogos, nem os grupos, nem a escalação dos times de cada seleção.
A maioria quer saber se o país irá funcionar bem e se terá paz durante a competição. Estranho.
É quase um termômetro, ou um teste do grau de envenenamento a que uma pessoa está acometida. Pergunte a alguém sobre a Copa e ouça se ela fala dos jogos ou de algo que tenha a ver com medo. Assim se descobre se ela está empolgada ou se sentou em uma flecha envenenada deixada por um profeta do apocalipse.
Todo mundo em pânico: esse filme de comédia a gente já viu
Funciona assim: os profetas do pânico rogam uma praga e marcam a data para a tragédia acontecer. E esperam para ver o que acontece. Se algo “previsto” não acontece, não tem problema. A intenção era só disseminar o pânico e o baixo astral mesmo.
O que diziam os profetas do pânico sobre o Brasil em 2013? Entre outras coisas:
Que estávamos à beira de um sério apagão elétrico.
Que o Brasil não conseguiria cumprir sua meta de inflação e nem de superávit primário.
Que o preço dos alimentos estava fora de controle.
Que não se conseguiria aprontar todos os estádios para a Copa das Confederações.
O apagão não veio e as termelétricas foram desligadas antes do previsto. A inflação ficou dentro da meta. A inflação de alimentos retrocedeu. Todos os estádios previstos para a Copa das Confederações foram entregues.
Essas foram as profecias de 2013. Todas furadas.
Cada ano tem suas previsões malditas mais badaladas. Em 2007 e 2008, a mesma turma do pânico dizia que o Brasil estava tendo uma grande epidemia de febre amarela. Acabou morrendo mais gente de overdose de vacina do que de febre amarela, graças aos profetas do pânico.
Em 2009 e 2010, os agourentos diziam que o Brasil não estava preparado para enfrentar a gripe aviária e nem a gripe “suína”, o H1N1. Segundo esses especialistas em catástrofes, os brasileiros não tinham competência nem estrutura para lidar com um problema daquele tamanho. Soa parecido com o discurso anticopa, não?
O cataclismo do H1N1 seria gravíssimo. Os videntes falavam aos quatro cantos que não se poderia pegar ônibus, metrô ou trem, tal o contágio. Não se poderia ir à escola, ao trabalho, ao supermercado. Resultado? Não houve epidemia de coisa alguma.
Mas os profetas do pânico não se dão por vencidos. Eles são insistentes (e chatos também). Quando uma de suas profecias furadas não acontece, eles simplesmente adiam a data do juízo final, ou trocam de praga.
Agora, atenção todos, o próximo fim do mundo é a Copa. “Imagina na Copa” é o slogan. E há muita gente boa que não só reproduz tal slogan como perde seu tempo e sua paciência acreditando nisso, pela enésima vez.
Para enfrentar o pessoal que é ruim da cabeça ou doente do pé
O pânico é a bomba criada pelos covardes e pulhas para abater os incautos, os ingênuos e os desinformados.
Só existe um antídoto para se enfrentar os profetas do pânico. É combater a desinformação com dados, argumentos e, sobretudo, bom senso, a principal vítima da campanha contra a Copa.
Informação é para ser usada. É para se fazer o enfrentamento do debate. Na escola, no trabalho, na família, na mesa de bar.
É preciso que cada um seja mais veemente, mais incisivo e mais altivo que os profetas do pânico. Eles gostam de falar grosso? Vamos ver como se comportam se forem jogados contra a parede, desmascarados por uma informação que desmonta sua desinformação.
As pessoas precisam tomar consciência de que deixar uma informação errada e uma opinião maldosa se disseminar é como jogar lixo na rua.
Deixar envenenar o ambiente não é um bom caminho para melhorar o país.
A essa altura do campeonato, faltando poucos meses para a abertura do evento, já não se trata mais de Fifa. É do Brasil que estamos falando.
É claro que as informações deste texto só fazem sentido para aqueles para quem as palavras “Brasil” e “brasileiros” significam alguma coisa.
Há quem por aqui nasceu, mas não nutre qualquer sentimento nacional, qualquer brasilidade; sequer acreditam que isso existe. Paciência. São os que pensam diferente que têm que mostrar que isso existe sim.
Ter orgulho do país e torcer para que as coisas deem certo não deve ser confundido com compactuar com as mazelas que persistem e precisam ser superadas. É simplesmente tentar colocar cada coisa em seu lugar.
Uma das maneiras de se colocar as coisas no lugar é desmascarar oportunistas que querem usar da pregação anticopa para atingir objetivos que nunca foram o de melhorar o país.
O pior dessa campanha fúnebre não é a tentativa de se desmoralizar governos, mas a tentativa de desmoralizar o Brasil.
É preciso enfrentar, confrontar e vencer esse debate. É preciso mostrar que esse pessoal que é profeta do pânico é ruim da cabeça ou doente do pé.
(*) Antonio Lassance é doutor em Ciência Política e torcedor da Seleção Brasileira de Futebol desde sempre.
20 respostas
Em 1970, a casa grande precisava promover a copa e muita gente, ressabiada com razão, negava-se a participar da festa como se a festa fosse um ganho da ditadura militar. Entretanto, depois de, com uma certa culpa, acompanhar os jogos, vimos a paixão pelo esporte superar as divisões políticas. Fomos todos para as ruas gritar de orgulho por todos os grandes heróis do povo, os jogadores. Naquele tempo, o futebol costumava ser a razão nacional do povo brasileiro. Hoje, que o povo brasileiro tem melhores condições, trabalho e já saiu da linha de pobreza absoluta, vem esses mesmos que conspiraram contra o Brasil impor para a gente não participar da maior festa que a gente pode ter?NÃO MESMO! Globo, quem és tu camaleão? Folha de São Paulo, quem é tu, camaleão? Estadão, quem é tu camaleão?
A Copa do Mundo está sendo vista assim, conforme dispõe o texto, acredito eu, por pessoas influenciadas pela oposição ao Governo Federal. Atrás desse bloco, sim, entram os incautos, ou os brasileiros anônimos que já odeiam o PT de há muito.
Uma vã, transportando Dilma ao estádio novo de Natal, onde resido, foi apedrejada de tal forma, como se as pessoas quisessem assassiná-la. Os palavrões contra ela foram repetidos e muito forte. Porém, eram um grupelho insignificante a proceder dessa forma. Agora, qual a chance dessas pessoas até terem sido pagas pra tais ações? Diria de 100%. Quem são os manda-chuvas do RN? E o que podemos esperar de um ordinário como Agripino Maia, que não presta nenhum serviço ao seu estado, faz campanha diuturna contra Dilma e Lula, indica somente gente que não presta pra governar o RN e a Natal? Micarla, ex-prefeita, indicada por ele, foi posta fora pelo MP na reta final da sua gestão (?), com o povo, o mesmo que votou nela dizendo que já foi tarde. Agora, tá o povo, que também votou na Rosalba Ciarlini, com ódio do ministro Marco Aurélio por não ter acatado o pedido do MP pra também expelir do cargo essa malfadada governadora.
A “depressão panicopas” é apenas um sintoma de outra doença, de uma enfermidade altamente contagiosa (via medios) que afeta originalmente apenas uma parte da Casagrande, um pequeno percentual da população genuinamente brasileira: o ódio ao povo e às figuras emblemáticas que o representa. A doença pode ser batizada também de “complexo de viralatas”: a ilusão de que o estrangeiro que se quer ser é muito melhor que a “gentalha brasileira”. O tratamento para a doença é uma semana sentado em uma cadeira estilo Luis XV, em postura confortável, olhando a própria imagem refletida em um espelho cristalino, incrustado em uma moldura do mesmo estilo.
Pois é.
CONLUTAS e PSTU juntamente com o PSOL apoiam o “não vai ter copa”.
É a pseudo esquerda colaborando ativamente com a direita golpista, somados aos burguezinhos de sempre.
a presidente precisa urgentemente
mandar policia federal investigar para ver quem esta por
de trás dessas badernas e punir com rigor
‘É A ECONOMIA, ESTÚPIDO!’
… Sabe por que eu estou tranquilo, nem me preocupo com os fascistas? Simplesmente, porque os donos do capital “querem porque querem” os lucros auferidos em função da Copa do Mundo a ser realizada no Brasil! ‘É A ECONOMIA, ESTÚPIDO!’ Simples assim!…
Pano rápido!
E que país é esse, sô? “É o ‘brazil’ radicalmente (sic) mudado por um menino paupérrimo (idem sic) chamado Joaquim!” Cotado do Ruy Barbosa!
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
No centro de São Paulo, ontem, sábado (25), os baderneiros incendiaram o fusquinha do serralheiro, um trabalhador cujo automóvel velho era usado para fazer entregas de portões. Os autores desse crime “protestavam” contra a Copa do Mundo. Esses canalhas deveriam ser identificados, presos e condenados, além de pagar pelo dano causado. Uma coisa fica clara, esse é um movimento maléfico para a sociedade brasileira, portanto, contra o Brasil, merece total repúdio. [Chico Barauna, 26-01-2014].
À esta altura, os argentinos devem estar felizes ao verem alguns brasileiros confirmando o que eles dizem: que somos Los macaquitos de siempre
os serviços de segurança federais ,devem ou estão acompanhando essas pessoas.vejamos nos eua que eles tanto idolatran.essas primeiras arruaças de janeiro seriam vistas como terrorismo .fbi cia ,nsa.já teriam enquadrado,varios como terroristas,incluindo jornalistas apologistas do caos ,como os que vemos em nossa velha midia.o governo brasileiro deve agir da mesma forma .não são bardeneiros são terroristas e como tais devem ser tratados.em vez de delegacia ser encaminhado para orgãos de segerunça.os eua são demogracia nos tambem.
ALVO DOS FASCISTAS: UM SERRALHEIRO DE 55 ANOS
Itamar Santos, dono do Fusca 1975 incendiado por extremistas de direita durante protesto em São Paulo, utilizava o único veículo que possuía para entregar os portões que fabrica; “Um bando de irresponsáveis”, desabafa o operário, que viveu momentos de terror na tentativa de tirar a família do carro em chamas; o trabalhador contou que o Fusca foi cercado por pessoas usando lenços pretos para cobrir os rostos; 146 black blocks foram presos por atos de vandalismo na manifestação; todos liberados poucas horas depois
26 DE JANEIRO DE 2014 ÀS 17:01
247 – O serralheiro Itamar Santos, de 55 anos, foi a principal vítima da ação de fascistas travestidos de manifestantes que barbarizaram no sábado (26) em São Paulo no protesto denominado #naoveitercopa. O operário tinha no Fusca ano 1975, incendiado no centro da cidade, o suporte para o seu ganha pão. Era com ele que entregava os portões de aço que fabrica.
O pobre serralheiro voltava da igreja junto com mais quatro pessoas no carro, dentre elas uma criança de quatro anos, quando o fato aconteceu. “Teve muito pânico para sair do carro pegando fogo. A criança estava chorando… Naquele local não tinha um policial”, relatou Itamar à reportagem do R7.
As fotos acima dão a dimensão do terror vivido pela família, que passava nas proximidades da Praça Roosevelt quando colchões em chamas foram atirados contra o carro. O trabalhador contou que o Fusca foi cercado por pessoas usando lenços pretos para cobrir os rostos. O grupo estava colocando fogo em colchões para interceptar a via e teriam jogado um deles no carro. “Eu acho que são um bando de irresponsáveis”, desabafou.
O fusca era o único carro do serralheiro que utilizava o veículo para entregar portões. Itamar ainda não calculou o prejuízo. Após o incêndio, ele voltou para casa de ônibus.
A família comemora o fato de que ninguém tenha se ferido, mas já estuda para processar o Estado para recuperar o prejuízo.
Todo mundo livre
Indiferente ao vandalismo e aos atos de terror na capital paulista, todos os 146 detidos foram liberados na madrugada deste domingo (26). A maioria dos detidos (128) foi encaminhada para o 78º Distrito Policial (DP), nos Jardins. Dezoito foram levados para o 2º DP, no centro.
A manifestação em São Paulo partiu da Avenida Paulista, com concentração às 17h no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), e chegou ao centro da cidade no início da noite. Houve mobilização em outras capitais.
Parte dos manifestantes foi presa dentro de um hotel na Rua Augusta, quando tentava se refugiar das bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, conforme imagens de um vídeo amador divulgadas na internet.
O protesto teve a participação do movimento Black Bloc, cujos integrantes usam táticas de ação direta para protestar em manifestações de rua. Um carro da Guarda Municipal Metropolitana foi depredado e agências bancárias da região central foram quebradas.
Nota assinada pelos grupos que compõem a organização do ato explica as razões do protesto. “O levante de junho já mostrou claramente o que os brasileiros já perceberam: os gastos bilionários na construção dos estádios não melhoram a vida da população, apenas retiram investimentos de direitos sociais. Mas junho foi só o começo!”, diz texto divulgado pelos manifestantes.
O manifesto lembra que, embora os dirigentes políticos tenham dito, na época, que não era possível atender à reivindicação pela redução da tarifa dos ônibus, “o poder popular nas ruas mostrou que realidades podem ser transformadas”. O coletivo destaca que a proposta do grupo é impedir a realização dos jogos e “mostrar nacionalmente e internacionalmente que o poder popular não quer a Copa”. (Com Agência Brasil)
FONTE: http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/128236/Alvo-dos-fascistas-um-serralheiro-de-55-anos.htm
Como o estado de São Paulo tem um governo frouxo, covarde ou até mesmo de acordo com o que fazem esses filhinhos de papai vestidos de preto e com o nome americanalhado de Black-blocs, que não passam de bandidos, reacionários de extrema direita, neo-facistas, Neo-nazista, que deveriam ir para o cárcere , pagar os prejuizos dado por eles e ainda mofar no xilindró, coisa que não acontece, visto que os mesmos são liberados imediatamente por delegados incompetentes e um governo que torce pelo caos, por um mundo de terra arrassada para retormar o poder para a direitona. Essa é a mais pura verdade.
O sujeito compra roupa, boina do tipo ninja, máscara sofisticada contra gases, óculos especial de proteção, luvas de proteção, mochila (para apetrechos, martelo, etc.), botinas do tipo coturno, tudo na cor preta. Depois, disfarçado segue para a rua, onde o oportunista se agrupa e fica na espreita, e assim espera o momento para atacar, depredar, incendiar. Durante o vandalismo se exibem em saltos para serem filmados, etc. Depois desse vandalismo urbano, aparece gente querendo convencer que esses grupos violentos atuam de maneira espontânea e por idealismo, visando defender a cidadania e a democracia. Acreditar nisto seria a mais completa e total estupidez. [Chico Barauna, 26-01-2014].
Por que essa gente se esconde atrás de máscaras? Quem são essas pessoas? De onde veem?
Eu quero só assistir a COPA aqui no Brasil, e não me interessa quem ganhe, se a seleção ganhar mó blz.
No mais eu quero uma copa das copas. Depois esfrego na cara dos manés.
Quem não consegue entender a Copa do Mundo sendo realizado no Brasil, não entende nada de nada, e pode ser que seja um empresário, chefe de turma, um vereador um prefeito um governador…
Esta inteligência ainda vai durar uns anos, pois são a inteligencia que a direita formatou….
Logo logo os jovens tomam conta da Coisa…
Basil….
Dilma 13 14 .
No que se refere ao texto, tudo está bem colocado e explicado. Excelente, parabéns para o autor. [Chico Barauna, 26-01-2014].
AINDA SOBRE AS ESTRIPULIAS DO DIABO QUE VESTE PRADA! II
[HENRIQUE PIZZOLATO É O NOSSO DREYFUS DO SÉCULO XXI! ENTENDA
[MAIS] ESTE HEDIONDO CRIME JURÍDICO!]
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Há outro ponto do relatório que derruba um dos pilares da acusação: posicionar um petista no centro do núcleo financeiro do esquema.
Apesar de o delegado Zampronha revelar, em alguns trechos do relatório, o desejo de incriminar o diretor de marketing, Pizzolato, o único petista ocupando um cargo de diretoria no Banco do Brasil, o documento não traz nenhuma prova contra ele; ao contrário, menciona repetidamente o Laudo 2828, que afirma que outros servidores, e não Pizzolato, eram os responsáveis pelos recursos do Fundo Visanet.
(…)
A partir da página 53, Zampronha começa a falar dos anos de 2003 e 2004. Aí, em minha opinião, comete outra grande “impropriedade” para os objetivos da procuradoria e de Joaquim Barbosa. Talvez esta seja a explicação principal para Barbosa ter mantido o documento em segredo.
A “impropriedade” é informar, com todas as letras, o nome dos servidores que assinam os repasses financeiros para a DNA nos anos de 2003 e 2004. Entre eles, não consta, em nenhum momento, Henrique Pizzolato, o único petista na cúpula do BB.
O primeiro grande depósito do Fundo Visanet na conta da DNA, no valor de R$ 23,3 milhões, feito em 08 de maio de 2003, traz as assinaturas de Léo Batista dos Santos e Douglas Macedo. Em novembro do mesmo ano, outro grande depósito, desta vez de R$ 6,4 milhões, traz a assinatura de Douglas Macedo. Nada de Pizzolato. É óbvio que esse relatório tinha que ser mantido em segredo: nem Léo nem Douglas são petistas; ambos vinham da gestão anterior e não tinham ligação nenhuma com o então novo governo Lula.
[Página 54]
Quando a DNA apresenta a sua planilha, com os fornecedores que receberam os recursos oriundos da Visanet, apenas em 2003, veja quem aparece no topo da lista: TV Globo, que recebeu R$ 3,39 milhões; e Tom Brasil, a empresa para a qual o filho de Joaquim Barbosa prestou serviços em 2010. Hoje o filho de Barbosa é empregado da Globo.
Por jornalista Miguel do Rosário
http://www.ocafezinho.com/2014/01/24/o-inquerito-2474-derruba-as-teses-do-mensalao/
O DARF DA GLOBO PAGA DOIS ESTADIOS MENORES OU O MINEIRÄO,OU O
MARACANÄ OU O DO CORINTIANS…………..OS BB DEVERIAM ACAMPAR DEFRONTE A GLOBO.
Você pode desmentir isso? Veja só a história pra boi dormir nas cidades E esTADOS em que PSDB e DEM estão no poder! http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/os-estadios-da-copa-do-mundo-que-mais-sugaram-seu-dinheiro
Esclarecimentos sobre a Direita Miami
Postado por *Juremir Machado – historiador e jornalista
em 25 de janeiro de 2014
O mais comum é que cada personagem não tenha consciência da sua personalidade. O Brasil vem sendo dominado, na classe média e na mídia, por um tipo muito especial, o lacerdinha, representante da direita Miami.
É um pessoal que se acha sem ideologia, pois, para o lacerdinha autêntico, ideologia é coisa de esquerdista comedor de criancinha. A direita Miami acredita que todo esquerdista é comunista de carteirinha e que sonha com uma sociedade no modelo da Coreia da Norte.
O ideal da direita Miami é comer hambúrguer na Flórida, visitar a Disney todos os anos, ler a Veja, ver BBB, copiar e colar artigos de colunistas que falam todo dia da ameaça vermelha – e não é o Internacional nem o América do Rio -, esbaldar-se em shoppings sem rolezinhos, salvo de patricinhas e mauricinhos, e denunciar programas governamentais, exceto de isenções de impostos para ricos, como esmolas perigosas e inúteis.
A direita Miami tem uma maneira curiosa de raciocinar.
– Se você é esquerdista, por que vai à Europa?
– Não entendi a relação – balbucia o ingênuo.
– Se você é esquerdista, por que tem plano de saúde?
A direita Miami contabiliza as mortes produzidas pelo comunismo, no que tem razão, mas jamais pensa nas mortes produzidas pelo capitalismo no passado e no presente. Mortes por fome, falta de condições sanitárias e doenças evitáveis não impressionam os lacerdinhas. Não parece possível à direita Miami que se possa recusar o comunismo e o capitalismo brasileiro. A social-democracia escandinava, por exemplo, não chama atenção dos sacoleiros de Miami. É uma turma que quer muito Estado para si e pouco para os outros. De preferência, muito Estado para impedir greves, estimular isenções fiscais para grandes empresas e reprimir movimentos sociais.
O mais curioso na direita Miami é que, embora defenda o Estado mínimo na economia, salvo se for a seu favor, gosta de Estado robusto em questões morais como consumo de drogas e de sexualidade, aquelas que, mesmo criticando, costuma praticar e exigir tratamento diferenciado quando o Estado flagra algum dos dela em conflito com a lei. A direita Miami fala ao celular, dirigindo, sobre a sensação de impunidade no Brasil e, se multada, denuncia imediatamente a indústria da multa.
A direita Miami é contra cotas, Bolsa-Família, ProUni e todos esses programas que chama de assistencialistas e eleitoreiros. Vive de olho no impostômetro e, para não colaborar com a excessiva arrecadação dos governos, faz o que pode para sonegar o que deve ao fisco. Roubar do Estado que gasta mal parece-lhe um dever moral superior.
Um imperativo categórico.
A direita Miami vive denunciando Che Guevara, mas nunca fala de Pinochet. Se dá uma melhorada na economia dos camarotes, pode torturar e matar. As vítimas são esquerdistas mesmo. A direita Miami adora metrô em Paris, quando vai até lá, apesar de achar que tem muito museu chato e pouco shopping bacana, mas é contra estação de metrô no seu bairro. Tem medo que atraia “marginais”. A última moda da direita Miami é o sertanejo universitário. Quanto mais a tecnologia evolui, mas a direita Miami se torna primária. O que lhe falta, resolve com silicone.
*Juremir Machado da Silva, nascido em 29 de janeiro de 1962, em Santana do Livramento, graduou-se em História (bacharelado e licenciatura) e em Jornalismo pela PUCRS, onde também fez Especialização em Estilos Jornalísticos. Passou pela Faculdade de Direito da UFRGS, onde também chegou a cursar os créditos do mestrado em Antropologia. Obteve o Diploma de Estudos Aprofundados e o Doutorado em Sociologia na Universidade Paris V, Sorbonne, onde também fez pós-doutorado. Como jornalista, foi correspondente internacional de Zero Hora em Paris, trabalhou na IstoÉ e colaborou com a Folha de S. Paulo. Atua como colunista do Correio do Povo desde o ano 2000. Tem 27 livros individuais publicados, entre os quais Getúlio, 1930, águas da revolução, Solo, Vozes da Legalidade e História regional da infâmia, o destino dos negros farrapos e outras iniquidades brasileiras. Coordena o Programa de Pós-Graduação em Comunicação da PUCRS. Apresenta diariamente, ao lado de Taline Oppitz, o programa Esfera Pública, das 13 às 14 horas, na Rádio Guaíba.
FONTE: http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=5553
Podem ter certeza que existem entidades no Brasil e no exterior para financiar e apoiar novos Cabos Anselmos. Especialmente um novo tipo de Cabo Anselmo: o coxinha Anselmo. Sai o uniforme de marinheiro e entra o uniforme de coxinha de classe média alta, que vai para a passeata no carro que ganhou do pai.
Tem também aquele Anselmo, que não é coxinha. É idealista, bem-intencionado e até de esquerda, mas que com suas ações acaba fazendo ingenuamente o jogo da direita e pode abrir caminho para um novo Collor ou similar. Depois esse Anselmo idealista e de esquerda pode se lamentar de sua ingenuidade, mas vai ser tarde.