Nos últimos 15 dias – 9 dias úteis – o dólar subiu perto de 9%, de R$ 4,72 para os R$ 5,12, deste momento.
A Bolsa de Valores caiu de 111 mil pontos para os 102,3 mil pontos de agora, fim do pregão.
Não há sinal de que isso possa melhorar até quarta-feira, quando o Federal Reserve norte-americano e o Banco Central, aqui, revelem o quanto subirão os juros.
O pessimismo dos mercados não é apenas local, mas global, com a Bolsa de Nova York caindo 1.500 pontos (perto de 5%) em dois pregões.
Até as novas queridinhas do mercado financeiro, as moedas virtuais – bitcoin e outras – caíram com força, cerca de 15%.
Está longe de ser um movimento fugar, embora sexta-feira e hoje possam ter tido movimentos agudos.
A inflação não dá sinais de queda e, aqui, o pouco que se conseguiu no mês passado foi fruto do fim das bandeiras tarifárias e de um “bom comportamento” do dólar, que indexa grande parte da precificação de mercadorias. Isso parece ter acabado e, mesmo com a manipulação dos impostos sobre os combustíveis, tirou o fôlego da possibilidades de queda de preços.
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal da Fundação Getúlio saiu da trajetória de queda que manteve nas semanas iniciais de maio, subiu levemente no final do mês e voltou a subir forte.
Paulo Guedes, com seu comportamento bipolar – numa semana diz que “o inferno (da inflação) passou” e na outra apela aos supermercado para que congelem suas tabelas de preço.
Ainda bem que mercado está tão sem direção que nem parece mais importar-se com a confusão econômica e política, dando pouca ou nenhuma atenção à crise política.
Mas isso tem um limite e ele se aproxima quanto mais próximas se tornam as eleições.
A cartola de mágicas do governo apara “distribuir dinheiro” chegou ao fundo e será furada pelos dedos ávidos do Congresso com a insana prestidigitação do ICMS.