Logo quem? Ricardo Barros, o poliprocessado ex-ministro da Saúde de Temer, aparece como primeiro advogado de Jair Bolsonaro no Congresso, dizendo que o Supremo Tribunal Federal “vai pagar o preço” por não “chegar a um meio-termo” com a proposta governista de voltar à apuração manual dos votos.
Barros foi além, em entrevista à Folha, dizendo que não sabe – “vamos ver até o ano que vem” – se Bolsonaro reconheceria uma derrota eleitoral. E que Bolsonaro não está radicalizando, mas apenas reagindo a um STF que “está esticando a corda”.
É, como se vê, a ser o líder da tropa de choque governista, como Roberto Jefferson foi de Fernando Collor.
Neste caso, com uma agravante: “esticando a corda”, como estão fazendo, correm o risco de ver derrubadas no Supremo as medidas atropeladoras em que apostam, como a PEC do Calote e a minirreforma trabalhistas, ambas cheias de inconstitucionalidades.
Barros, ele próprio, está pendurado em processos judiciais – entre eles o da compra marota feita à Global-Precisa quando era ministro.
Parafraseando Leonel Brizola, tenho a impressão que logo o Barros será de Lama.