Durante meses, Jair Bolsonaro e o general Paulo Sérgio Nogueira, Ministro da Defesa insistiram, até com a ameaça e não aceitar o resultado das urnas, numa auditoria militar sobre o sistema eletrônico de votação.
O TSE, diziam eles, tinha uma “sala secreta” para totalizar os votos e queriam que saísse um “duto” para que computadores do Exército somassem os resultados.
Agora, descobrimos que a ação dos militares, autorizada por Alexandre de Moraes, para que os militares conferissem o sistema de biometria que comanda as urnas não foi realizado ou, pelo menos, não para verificar segurança.
Jair Bolsonaro disse, numa rápida entrevista que “as Forças Armadas não fazem auditoria” e que “lançaram equivocadamente” a informação.
Era, portanto, “brincadeirinha”.
Ou melhor, virou “brincadeirinha” porque não se conseguiu levantar alguma irregularidade.
Parece a história da “Batalha de Itararé”, que entrou no anedotário nacional como “a batalha que não houve”.
Mas, depois da “auditoria que não era auditoria” pode voltar a ser “auditoria” se Jair Bolsonaro perder a eleição por uma pequena diferença.
Não é, portanto, a maior vergonha que as Forças Armadas têm pela frente, quando seus chefes aceitaram servir de capacho a um homem que esbofeteia a honra que militares devem ter.