Bolsanaro agora quer usar CGU para reduzir mortes por Covid

Depois de usar um documento falso, inserido por um servidor bolsonarista no sistema eletrônico do Tribunal de Contas da União para dizer que o número de mortos pela Covid não era sequer a metade do que dizem as estatísticas oficiais, o presidente Jair Bolsonaro escalou outro órgão público para reduzir os óbitos – mais de 520 mil – causados pela pandemia.

Em sua live das quintas-feiras, ele disse que os municípios inflaram os mortos pela Covid para receberem R$ 2 mil por leito de UTI, o dobro do que ganhariam em uma UTI “normal” e que os atestados de óbito eram indevidamente lançados pela doença.

Segundo ele, os casos eram lançados como Covid contra a vontade das famílias, que diziam que seus parentes não haviam morrido da doença, para estados e municípios ganharem R$ 2 mil em lugar dos R$ 1 mil que receberiam por um leito não Covid.

E que pacientes sem Covid eram misturados com os de Covid, para o ganho ser maior.

O vídeo está aí, abaixo, para quem duvidar desta monstruosidade.

Diz ele que a CGU foi posta em campo para legitimar esta versão monstruosa, não só para prefeitos e governadores, mas também para todo o pessoal médico-hospitalar que estaria lançando pessoas à infecção e a morte para ajudar no “caixinha, obigado”.

Na mente de um deformado como Jair Bolsonaro, talvez, só passe aquilo que ele próprio é capaz de pensar – como demonstrou no episódio das bombas que queria explodir nos quartéis para obter um aumento de soldo – que é matar pessoas para conseguir mais dinheiro.

Bolsonaro não está preocupado em salvar vidas, está é querendo limpar os números do genocídio pelo qual é responsável.

É incrível que, mesmo acusando os heróis do SUS, que se desgastam há quase ano e meio para evitar que o morticínio seja maior, de pessoas que são capazes, para receber mais, de lançar pacientes em meio à contaminação, este filho da p… ainda receba o apoio dos quinta-coluna do Conselho Federal de Medicina para seu charlatanismo.


Fernando Brito:
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