Andréia Sadi, no G1, informa que voltou a circular entre os parlamentares governistas a ideia de votar uma emenda parlamentar garantindo foro privilegiado a Jair Bolsonaro, depois de terminarem as eleições, pela criação de uma cadeira vitalícia para ex-presidentes no Senador Federal.
É claro que é apenas fumaça, porque assumir esta pretensão seria uma prévia admissão de derrota do “Mito” e muitíssimo pior do que a suas confissões de derrotado contidas no questionamento da lisura das eleições, o que, ao menos, condiz com o personagem “valentão” que exibe para consumo público.
Numa linha: isso, antes das eleições, o transformaria em derrotado e, depois da derrota eleitoral simplesmente não seria aprovado, pois seria o paradoxo de pretender salvar da morte um cadáver. Ninguém, nem politicamente, morre por um morto.
Mas, no sentido inverso, ninguém espere que, mesmo diante dos mais evidentes crimes, algo na Justiça (inclusive a Eleitoral) ande contra o atual presidente e, portanto, é surpresa zero que até as “evidências evidentíssimas” da CPI da Covid vão dormitar nas gavetas da Procuradoria Geral da República.
Claro que é preciso protestar e insistir na abertura de procedimentos investigatórios, mas sem ilusão de que eles só progredirão depois das eleições e, talvez, nem tão de imediato, porque ainda estarão em seus lugares os mesmos Augusto Aras e Arthur Lira que mantém bloqueados os caminhos da aplicação das leis.
Impossível fazer algo contra quem tem zero de limites éticos ou espírito democrático para não usar a força armada contra a lei, a menos que os militares fossem colocar algum limite para isso e, até agora, nenhum sinal disso deram.
Resta apenas um limite a Bolsonaro antes das urnas falarem e este só se pode evitar se elas forem impedidas de falar.