Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Artur Lira, que anunciaram auxílio emergencial e vacina como as prioridades do parlamento neste início de 2021 foram ao Palácio do Planalto receber o que é mais urgente para o presidente da República.
E receberam uma lista de desejos de Jair Bolsonaro onde as palavras “auxílio” e “vacina” nem sequer constam.
Bruno Goes, em O Globo, conta como o presidente preferiu entregar-lhes uma longa pauta onde – além das tais reformas que ele sequer mandou ao Congresso, há prioridade que mereceriam mais o nome de barbaridades.
Estão lá mais concessões para a compra e porte de armas, o direito de “educar” os filhos fora da escola (quem sabe usando a “pedagogia do tonel”), mineração nas terras indígenas e a “excludente de culpabilidade” para militares que cometam crimes durante operações de “garantia da lei e da ordem”.
Em relação à pandemia, apenas uma vaga menção ao “uso dos fundos públicos para a pandemia”.
O resto, no momento em que a renda dos mais pobres despenca a patamares inéditos nas últimas décadas, com o desemprego lançando milhões no desespero, nadica de nada.
A nossa Maria Antonieta do “E Daí?” só falta sugeria aos que não têm pão que comam uma Glock.
Quem sabe com leite condensado.