Bolsonaro reduz Moro à servidão

Jair Bolsonaro, informalmente, confirmou que Moro vai perder o controle que ainda mantinha sobre o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), através de seu presidente, Roberto Leonel, um ex-integrante da República de Curitiba.

Ao dizer que Paulo Guedes é livre para trocar, quando quiser, o comando do órgão, que tem acesso à movimentação financeira de qualquer pessoa, dá o sinal para que isso aconteça, até mesmo se não estiver entre as prioridades do ministro da Economia.

Lembre-se que o futuro ex-chefe do Coaf dispõe de dados que, além de Flávio Bolsonaro, podem se referir a outras áreas próximas do clã presidencial e que, com o clima criado pelas investigações clandestinas sobre ministros do Supremo, sua cabeça e um “agrado” ao STF.

E sobre ser um desagrado a Sergio Moro? Não tem a menor importância, porque Moro não tem para onde ir. Como não pode sair atirando, embaixo do fogo da Vaza Jato e sem a invulnerabilidade da toga, tem é de ficar bem quietinho.

Como disse Bolsonaro hoje, “tem coisas que eu não peço, eu mando, por isso sou Presidente”.

Não precisa nem mandar, a mensagem foi captada.

Fernando Brito:

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