O caso do fugitivo Lázaro Barbosa acabou como todos já sabíamos que iria terminar, tenha ele reagido ou não à prisão. Quando uma operação policial se transforma em “caçada” não há lugar para prisões, mas para abate.
Ainda haverá alguma comemoração, hoje, pela “valentia” do ato, o fato é que acabaram por produzir o que se vai perceber nas próximas horas: o monopólio dos escândalo da vacina no boca a boca popular.
É provável que Jair Bolsonaro, que está em silêncio sobre a denúncia de que sabia das irregularidades na compra da vacina e do envolvimento de seu líder no episódio, deve logo ir às redes comemorar a morte, querendo “pintar de herói” na história na qual não tem participação alguma.
Episódios como este são sempre usados como elemento de dissimulação política e recentemente de maneira cada vez mais grotesca, como fez Wilson Witzel comemorando a morte de um criminoso na Ponte Rio-Niterói como quem festeja um gol.
Não provocará muito efeito, porque a vida destes personagens vale tão pouco que pode ser tirada sem maiores preocupações, mas até a sua morte é pequena e desprezível: assunto que não dura até amanhã.
Nenhum ser humano decente comemora a morte de outro, mas Bolsonaro não é um ser humano decente.
Mas, neste caso, nem mesmo assim tem o que comemorar.