Braga Netto frustra Temer e anuncia intervenção “low profile”

coletseg

O general-interventor Walter Braga Netto deve ter provocado bufos nos marqueteiros de Michel Temer.

Ao não colocar militares no comando das organizações policiais, nomeando apenas coordenadores militares para a área de Segurança e anunciando que não haverá ocupação militar em favelas, apenas ações pontuais e localizadas.

Ao que parece, portanto, longe da militarização espetaculosa da cidade que muitos pretendiam, a começar pela mídia.

Talvez nada o resuma melhor do que a frase dita por Braga Netto quando os repórteres insistiam em prolongar a entrevista – certamente muito contida – para especular:

“Senhores, no grito não funciona.”

Nem entrevista, nem segurança pública.

O general demonstrou que não está interessado, essencialmente, em promover um festival de militares nas ruas, certamente um “sucesso de público e de crítica”, embora inócuo,  pela curta duração e pela superficialidade.

Era (e é) nítida a frustração da Globonews, dizendo que não foram anunciadas “medidas concretas”, como se uma coletiva de imprensa fosse o lugar de anunciar “blitzen” e cercos policiais.

Braga tem se demonstrado um homem prudente. Colocar militares no comando hierárquico das polícias Militar e Civil criaria um fator de instabilidade muito difícil de administrar e sujeito a produzir fatos apavorantes.

Como não há dia com noticias boas, nestes tempos, é preocupante que a Polícia Federal, definitivamente, esteja politizada e temerizada, nas mãos de Raul Jungmann e Fernando Segóvia.
contrib1

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12 respostas

  1. 86% apoiaram a intervenção ,disse o ¨ xico¨. Pois bem ,em 1964 86% também apoiaram o golpe de Estado ,em 2016 ídem , e estamos vendo no que deu . O povo ainda é boiada ,e é empurrada fácilmente pela ribanceira .

  2. A intervenção militar no Rio de Janeiro é pedida pela maioria esmagadora dos cariocas; disso não há a menor dúvida. Não sei se é o que de melhor poderia acontecer; se é a melhor saída. Não fui favorável, porque achei que seria somente pirotecnia. De qualquer forma, aconteceu; é uma realidade e não há mais caminho de volta. Assim sendo, vou torcer para que o General Braga Neto tenha sucesso e que mantenha, o que está parecendo, bom senso e continue resistindo a fazer espetáculo para a plateia. vamos aguardar. Boa sorte, General.

  3. O general interventor, Walter Braga Neto, assim como o chefe máximo [o efetivo, não o formal] é discreto, contido; mas esse chefe de Braga Neto, Sérgio Westphalen Etchegoyen é uma pessoa má, perigosa, filho e sobrinho de torturadores. Etchegoyen é insubordinado, golpista e entreguista. Portanto é bom não se iludir com a postura discreta e anti-midiática de Braga Neto, caindo na ilusão de que ele está sob o comando de uma hipotética ala “nacionalista e moderada” do Exército, esta sob o comando do general Eduardo Villas Bôas.

    A melhor e mais consistente análise que li até agora, sobre a interveleição militar no RJ, foi publicada hoje no blog Conversa Afiada. Segue a baixo o texto.

    “O Conversa Afiada publica análise inteligente de amigo navegante:

    Há um lado que ainda não foi inteiramente considerado nos atos da camarilha golpista em torno dessa intervenção militar no Rio: o galinha verde Bolsonaro se diz a favor (e resmunga) mas, mesmo assim, isso não esconde que ele não está feliz com ela.

    Por trás da intervenção houve uma “inteligência”.

    E a “inteligencia” tem o Bolsonarismo no centro de seu mapa.

    Há pelo menos dois meses a Abin reúne funcionários de “inteligência” dos governos estaduais e requisitados para uma tarefa não discriminada.

    Essa articulação vem do Etchegoyen, da Abin, e do próprio Exército, apesar de toda a encenação para a plateia.

    O procedimento surgiu a partir dos motins de PMs no Espirito Santo e, mais recentemente, no Rio Grande do Norte. O Bolsonarismo dá o combustível para incendiar a revolta no corpo das PMs, onde ele está bem entrincheirado.

    É a base de politica e eleitoral do candidato Bolsonaro.

    Em 2017, a revolta no Espírito Santo foi coisa do Bolsonarismo e seu grupo. Na época, o plano era parar a PM do Rio. A sublevação foi deflagrada, pegou um ou dois quartéis, mas teve que ser abortada. O mesmo movimento deve estar por trás da revolta da PM do Rio Grande do Norte em dezembro e janeiro. Em Minas, a situação também é frágil.

    Índices mostram que foi fake news a história do Jornal Nacional sobre o agravamento da situação de violência do Rio no Carnaval.

    Em suma, talvez a ação do Exército nas favelas seja apenas para inglês ver. Um show para a Globo.

    O que interessa é outra coisa: é restituir a hierarquia militar. Quebrar a revolta na PM, mas sem assumir o ato, para não incentivar a reação do Bolsonarismo. Deslocar as lideranças sublevadas da baixa oficialidade, sargentos e cabos.

    Agora, os PMs respondem a um militar (ver o agudo artigo do Breno Altman no Conversa Afiada). Se houver agitação, greve, quarteis fechados, o motim vai ter outro caráter.

    Há portanto dois lados nessa intervenção: um para fora e outro para dentro.

    Para fora, é salvar o Brasil da criminalidade (como diz o ansioso blogueiro, quá, quá, quá!).

    Para dentro é restabelecer a hierarquia minada, bichada.

    Agora, os especialistas de plantão da GloboNews só discutem o externo. Imagine essa pólvora armada na campanha eleitoral, com Bolsonaro, alucinado, candidato com ideias de um banqueiro, mais radicais do que as do radical Milton Friedman.

    Daí a intervenção ser no Rio, principal base dele, mas longe de ser a única.

    Preocupa também que o empresariado de São Paulo – sempre São Paulo! – reaja abertamente à anemia do Alckmin.

    Daí se justifica que FHC lance o Flávio Rocha. É pra conter a fuga da manada do gado rentista, cortejados pelo Paulo Guedes, BTG, André Esteves, Pérsio Arida, MBL e Millenium.

    Os ricos estão indóceis! FHC está gaga, mas é uma obsolescência interessada… (Até gagá, o FHC é malandro…)

    O próprio BTG organizou a palestra do Bolso para mil empresários e executivos. Aquela em que ele disse que ia metralhar a Rocinha e foi aplaudido de pé.

    A intervenção não faz sentido senão desse jeito. A insubordinação fermenta. Os empresários desnorteados.

    É uma ação para repor a hierarquia, diante da insatisfação na terra sem lei e sem ordem, turbinada pelo Bolsonaro.

    Assim se movimenta camarilha do Michel Temer, que esse ansioso blog, com muita propriedade, considera um presidente ladrão.

    Assinado: analista inteligente”

  4. E o lula ta se linchando,também está e sempre esteve do lado do povão,esses golpistas que se enforquem em sua própria lingua,para este país só existe duas saídas,Lula ou intervenção militar geral,porque só tem medo de uma intervenção militar quem é bandido.

  5. Como dizem alguns poucos do quadro da PF , na sua maioria não estão contrariados pelo comando e o novo chefe dos chefes . Dentro da polícia Federal 80% do efetivo apoiaram o golpe e continuam apoiando o governo atual , a intenção é agradar para se tornar independente , sonho de longa data . As promessas dos políticos apoiados por eles seguiam nessa direção . totalmente ao contrário dos governos do PT . fortalecimento sim , independência não .
    E hoje descaradamente se tornaram políticos de carteirinha . Ao invés da neutralidade institucional em atendimento aos anseios de segurança , investigação , represão ao crime organizado , etc . Tornaram se poodle do golpe.

  6. A intervenção pode ser “low profile” mas, os interesses das FFAA no médio-prazo é o de pior “high profile” que possa vir a existir.

    Conforme a entrevista avança, o General interventor deixa claro, com todas as letras, que,o Rio é o laboratório para esse tipo de projeto.

    Ou seja, pode muito bem ser replicado para outros estados (independente de não haver a extrema necessidade disto), conforme a vulnerabilidade política do Governo Federal de plantão, caso tenha vontade de se agarrar a qualquer espetáculo midiático para se salvar.

  7. Laboratório é o local onde se fazem experiências. Se as experiências forem bem sucedidas, passa-se dos protótipos para a linha de montagem e “fabricação” em larga escala. Perceberam o perigo e a quase literalidade das declarações do general interventor, subordinado ao canalha e entreguista sérgio etchegoyen?

    E o FB querendo por panos quentes e aliviar para essa FFAA, violenta e cruel com os pobres, além de entreguista e sabuja dos EEUU.

  8. Desculpa FErnando, mas tu não entendeu ainda…
    Deixa eu te explicar.
    É o novo voto de cabresto. Lembra? sabe aquele negócio no nordeste onde se o político indicado pelo coronel não ganha na zona eleitoral, aquela comunidade não recebe carro pipa de água?
    Pois é, agora é assim:
    O governo do MDB (Me Dá tua Bund@) manda os milicos no centro comunitário. SE o candidato do Temer ganhar, então tu tem segurança. Se o candidato do Temer não ganhar, tu não só deixa de ter qualquer ajuda no teu centro, como nenhuma segurança. Este é o laboratório que o interventor fala ao dizer “Rio é um laboratório para o Brasil”. Porque em breve todo o Brasil vai ser assim.

  9. Só lembrando que o PMSDB de long data quebraram o orçamento do rio de janeiro. Deixaram os servidores sem pagamento. Quebraram o brasil.
    E agora apostam em intervenção militares marqueteiras para desviar a
    atenção da bandidagem do golpe e da venda do patrimônio público.

  10. É a última chance da direita: daí dobrarem a aposta! O dia da queda da bastilha se aproxima e será definitiva! Pode demorar alguns anos mas a trajetória é irreversível!

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