Ótimo trabalho o de Jamil Chade, no UOL, revelando o teor da mensagem da ONU ao governo brasileiro, onde se ela mostrava preocupação com as anunciadas “comemorações” do golpe militar de 31 de março.
Na carta, o relator se diz “profundamente preocupado” com a decisão de Bolsonaro de pedir que as comemorações sejam realizadas. Mas ele também cita que o próprio presidente já havia elogiado tanto a ditadura brasileira como outros ditadores latino-americanos –o chileno Augusto Pinochet e o paraguaio Alfredo Stroessner, por exemplo.
E a resposta do Brasil, de um tipo a que só nós, por aqui, vendo as estultices diárias de Jair Bolsonaro veio assim:
“O presidente reafirmou em várias ocasiões que não houve um golpe de Estado, mas um movimento político legítimo”, diz a carta, que ainda cita o apoio do Congresso e do Judiciário aos fatos em 1964. Segundo o governo, houve ainda o apoio da maioria da população na tomada de poder. “O presidente Bolsonaro tem reiterado seu entendimento de que o movimento de 1964 foi necessário para frear a ameaça crescente da tomada comunista do Brasil e para garantir a preservação das instituições nacionais, no contexto da Guerra Fria”.
Os diplomatas da ONU ficaram espantados com a defesa de uma ditadura militar, algo que para eles é impensável. Mas, como convém a diplomatas, ficaram quietos.
Não foram os únicos. Também os nossos, talvez num resquício de dignidade, também, tanto que a manifestação brasileira foi entregue sem assinatura, mas com um mero carimbo, como conta Jamil.
Se tradicionalmente as cartas do Itamaraty são assinadas, desta vez o documento foi entregue às Nações Unidas apenas como um selo da missão do Brasil junto à entidade, liderada pela embaixadora Maria Nazareth Farani Azevedo. Nenhum dos diplomatas, assim, ficará com seu nome registrado na história, num documento em que se nega a própria história.
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O Brasil é o país em que na Política os nomes e as coisas só ocasionalmente se correspondem. Golpe de Estado é um "movimento legítimo", a direita é chamada Centrão, o centro é ocupado pela esquerda, comunista é social democrata, social democrata é neoliberal, e todo aquele que diz é apartidário vota sempre no mesmo partido. Assim fica difícil não?
Se fechar congresso, cassar deputados e senadores oposicionistas, derrubar presidente eleito democraticamente, prender, torturar e matar é legítimo, então eu não sei mais o que é democracia. PQP.
Lembremos: além do governo bolsonaro, do qual não se espera nada, o globo, estadão e cia, embora nunca tenham negado a ditadura, sempre prestigiaram o seu legado na política, sempre avalizaram as atitudes antidemocráticas da ditadura.
Seu anti esquerdismo justificador de barbaridades sempre foi igual ou maior do que o dos gorilas.
Não foram eles que afastaram o LULA para colocar ali, com festa, o bolsonaro!?
A ameaça comunista era tão grande que - passado um mês do golpe - sequer um tiro de enfrentamento ao poder estabelecido foi disparado.
Pode aguardar que vem aí mais um golpe.
esse gajo é uma besta, um aldrabão, um miliciano, um bandido, ou seja, 57 milhões, votaram nesse excremento ambulante, é inacreditável, isso tudo por conta de um ódio ao pobre, aos que frequentavam a universidade, aos que viajavam de avião, aos que poderiam ter 3 refeições por dia, que podiam sonhar, mas..... os 57 milhões vão se arrepender amargamente!!!!
Diplomacia covarde. Quietinhos em suas mordomias.
O Cartel da Mídia rouba a voz da sociedade. Eis porque as aberrações do fascismo não enfrentam as naturais reações das pessoas: ROUBARAM A NOSSA VOZ!... E a entregaram a lacaios de redação, aos capatazes dos LADRÕES.