O Financial Times publica os detalhes da batalha financeira entre China e Estados Unidos, anunciando que o país asiático está vendendo sua carteira de títulos norte-americanos, num esforço para sustentar a sua moeda.
A China perdeu para o Japão, desde a eleição de Trump, o papel de maior investidor na dívida pública norte-americana e, pela primeira vez desde 2010, tem aplicações inferiores a US$ 1 trilhão em títulos dos EUA.
Escreve o FT:
A China tem vendido as suas participações em moeda estrangeira, em parte, para apoiar o renminbi, que caiu 4 por cento em relação ao dólar desde o início do ano passado. A queda das participações no Tesouro faz parte de uma campanha mais ampla de Pequim para impedir a saída de capitais.
O movimento de venda de nada menos que US$ 66 bilhões está segurando o preço (juro) dos papéis dos Estados Unidos.
Hoje, a chefe do Federal Reserve, Janet Yellen, sinalizou uma alta contínua da taxa de juros até 2019.
Mas nós, aqui, estamos defendendo uma valorização de mais de 10% do dólar em relação ao mesmo período, numa situação de sobrevalorização do real que não se tem como sustentar sem queimar, como fazem os chineses, parte das reservas, no médio prazo.
Os chineses estão antecipando seus planos de foco no mercado interno, para compensar a pressão protecionista que certamente virá com Trump.
Nós, aqui, apostando tudo num fluxo de investimentos externos que é improvável no Governo Trump.
Estamos fazendo de conta que o mundo lá fora é um mar de rosas e a imprensa idiota saúda o sucesso de Janot e da Lava Jato em Davos.
Até parece que o capitalismo mundial se matriculou no Instituto Ethos.
21 respostas
O selfie de Janot com o multidelatado presidente do Paraguai é o mais bem acabado cartão de visita de como a Farsa Tarefa é seletiva e pouco confiável nos propósitos que anuncia. Foi a Davos mas não vai a lugar nenhum em um capitalismo cujas origem e natureza passam longe de uma concorrência livre e limpa. Janot matava aula na escola, caso contrário teria aprendido que capitalismo é, em doses diárias, especulação, manipulação, arranjos, lobbies, vale-tudo. Combate à corrupção, sim, mas sem destruir a economia e a sociedade que dela depende.
A cruzada moralista é aqui ponta de lança de Deus sabe o quê, nessa articulação policialesca e justiceira que leva informação nacional aos americanos.
Bloomberg tenta interferir nas eleições do Brasil de 2018 descrevendo Lula com criminoso que será preso e sugerindo vitória de candidatos de fora da política
http://www.jb.com.br/pais/noticias/2017/01/18/bloomberg-brasil-quer-seu-proprio-donald-trump/
Ressalte-se que Michael Bloomberg é um oito bilionários que detêm mais riqueza que metade da população da Terra. Neste artigo, sua agência de notícias tenta também desqualificar Donald Trump, a quem teme e odeia, comparando-o a votações de protesto, como Tiririca e Macaco Simão.
– Macaco Tião! Desculpe, Simão. Mas tudo isso quer dizer que nossa eleição de 2018 já é um caso de interesse internacional. O jogo ficará muito interessante se o próprio Donald Trump vier a apoiar a candidatura de Lula.
mas vocês são otimistas. acham que vai ter eleição? com essa imbecil sociedade que temos,Não! e pior,muitos vão aplaudir de pé! o problema é que o brasil vai ficar quebrado de vez.
Toda notícia de jornais semelhantes ao FT devem ser lidas nas entrelinhas e muito bem completadas com outras informações. A China levou um tremendo susto com a possibilidade de que o tesouro americano fosse obrigado a dar um calote geral, quando o Congresso tentou negar ao governo Obama a elevação do teto da dívida americana. A partir daí a China começou a se desfazer como pôde de seus papéis do tesouro americano, que faziam daquele país o maior credor dos EUA. Mas desde muito antes disso, a China vem furiosamente comprando todo o ouro que possa no mercado internacional. E também de modo oculto ou clandestino. Não só isso, ela tenta comprar também minas e projetos de extração até manual na África e na América Latina. E desde 2015 que tenta agressivamente influir nos preços internacionais do ouro. Em 2015, o governo chinês declarava oficialmente que possuía 1.055 toneladas de reservas em ouro, mas os observadores internacionais garantiam que estas reservas chegavam a mais de 5.000 toneladas. A China está estocando ouro em segredo. Enquanto há fortes dúvidas de que ainda existam as reservas de 5.000 toneladas ouro de Forte Knox, isso desde o episódio em que os EUA negaram à Alemanha a devolução de seu ouro guardado naquele local, alguns falam que as reservas da China podem superar 9.000 toneladas. As intenções da China devem ter a ver com a posição futura de sua moeda, que já está sendo aceita para pagamentos internacionais, em relação ao dólar. Não é por algum problema temporário de sua moeda que a China está se desfazendo de papéis americanos. É uma política deliberada de há anos. E os EUA poderiam estar com dificuldades de encontrar no exterior financiamento para sua gigantesca dívida. O Brasil é o terceiro credor dos EUA, depois da China e do Japão, com cerca de 350 bilhões de dólares em papéis americanos. Apesar de economistas de visão aconselharem desde há muito tempo o Brasil a constituir uma reserva em ouro e fazer uma lei destinando a esta reserva todo o ouro encontrado em seu território, o ouro do país é todo praticamente explorado por canadenses que o levam para fora.
Perfeitas as suas observações. A China não faz nada de improviso. Lembro também as negociações com a Rússia ( gás se não me engano) q foram feitas em rublos / yuans e não em dólares.
Concordo com vc e discordo com a conclusão do Brito. Os investimentos dos EUA vão reduzir, mas a China certamente aumentará suas compras no Brasil nos próximos anos…
Deixando de lado toda as barbaridades que Trump diz, o fato do stablishment lutar com unhas, dentes e tentativas de golpes baixos contra ele demonstra que esta cambada está se sentindo ameaçada. Trump vai tentar chamar de volta para os EUA bilhões de dólares que andam voando pelo mundo como capital especulativo para recuperar a economia interna do seu país. A revoada de dólares levará junto muitos daqueles que Lula e Dilma deixaram em nossas reservas cambiais. O stablishment está se borrando de medo do protecionismo de Trump.
Coxinha é burro prá caramba. A China e a Rússia vão aplicar 1 trilhão de dólares em estradas, portos e aeroportos na Ásia e na África, na chamada Nova Rota da Seda. Ficarão com um mercado de quase 4 bilhões de consumidores, tirando a Europa e os EUA deste mercado. E o coxinha, comedor de alfafa transgênica com cogumelos alucinógenos, interpreta uma ironia sobre o embargo à Cuba como se fossem fatos iguais.
Dentre outros motivos, salvo engano, o comércio de petroleo por parte da Líbia e Iraque, que passou a ser efetuado em euro, foi fator fundamental para a perseguição a Saddam Hussein e Muammar Kaddafi. Agora, será que os americanos terão a mesma disposição e coragem para reagir as ações comerciais chinesas tal como fez no Oriente Médio? Dinheiro sem lastro retornando à origem… Acho que tem gente coçando a cabeça e pensando no que fazer com tantas “verdinhas”, pois começam a vislumbrar a possibilidade de dentro em breve velas amadurarem e apodrecerem no quintal de casa.
Além da mudança para comércio de petróleo em Euros, há outra coisa. Hussein e Kadaffi faziam parte de lideranças que estavam propondo uma espécie de nacionalismo e fortalecimento da região, estavam cosolidando, mesmo á força, estados nacionais, assim como os líderes de esquerda da América do Sul estavam tentando fazer aqui. Por isso também tentaram derrubar o governo da Síria. Não foi só para tomar o petróleo que eles fazem isso, é também para impedir a consolidação de nações e blocos soberanos.
Os países sérios, nacionalistas, responsáveis e que conhecem a história interna e externa, não dormem de touca. Seus passos na sociopolíticaeconomia são dados milimetricamente definidos por um planejamento de longo , médio e curto prazos. Os países de 1* escalão fazem isto muito bem, o que dificulta entre eles um tomada de decisão que seja definitiva, pois interesses se aproximam e se afastam a cada momento em que vêem necessidade de uma correção. O padrão monetário tenderá a ser de uma natureza independente, o ouro ainda é uma forma de unificação e igualdade. O Brasil perde sua excelente oportunidade por muito ouro. E estendendo-se a outros padrões, temos o petróleo, os minerais estratégicos, as florestas ,a água e um território extenso com três climas e possibilidades de produção agrícola tripla. Tudo ist tem peso estratégico no planejamento econômico e nas suas consequências. Infelizmente nestes 13 anos não houve preocupação dessa ordem. Afora a preocupação com o maior patrimônio de um país, que é seu povo. Falta-nos boa instrução, cultura e engajamento político consciente.
você disse temos petróleo. na verdade TINHAMOS petróleo. pois esse golpista temer(cujo um dos cabeças é o Aécio Neves),está entregando o petróleo aos gringos! principalmente o pré sal!
Sim, trata-se de uma desova. Os EUA caminham para um novo desastre, bem maior do que o de 2008. Os títulos do governo dos EUA são, cada vez mais, títulos podres. Boa parte desses títulos os chineses estão trocando por propriedades… nos EUA. É uma invasão pacífica e silenciosa.
se esse desastre ocorrer,o brasil será o país mais atingido economicamente falando. mas querem desse jeito. nossodestino é a falência.
A china vende, por cautela devagar e sempre. A russia vende, e ambos entesouram ouro.
Se tu vai a miami, a tua festa coxinha é em verdinhas. Na inglaterra ou na UE todos fazem cara feia e te roubam no guiche ou troca. A russia ja tem encomendas de exportar armamentos que compensam em um mes seus gastos de mais de um ano na Síria.
Isso tudo no médio prazo será que embute alguma realidade?
Em termos de geo política econômica e enfrentamento no comércio global que a china ao longo do tempo vem abocanhando cada vez mais , está correta sua posição em vender parte de seus títulos para fortalecer seu mercado interno que é o maior do mundo , e ao mesmo abrindo a competição há muito tempo pretendida de países satélites façam o mesmo para preservar suas ecônomias contra o desconhecido conhecido . Como também se tornar depositário de cretitos de outros países. Depois de 11 de setembro tudo pode acontecer.
Os 7 maiores riscos para a economia mundial:
1. Abrandamento da economia chinesa. Os especialistas preveem que se a economia chinesa cair mais do que o previsto, os preços do petróleo e do metal devem aumentar e a União Europeia e os Estados Unidos vão sentir graves efeitos devido à dependência da China na indústria.
2. A intervenção da Rússia na Ucrânia e na Síria é o segundo maior risco, abrindo a possibilidade de uma nova Guerra Fria, seguido da volatilidade do dólar, que pode conduzir a uma crise da dívida nos mercados emergentes.
volatilidade do dólar, que pode conduzir a uma crise da dívida nos mercados emergentes.
3. A volatilidade do dólar, que pode conduzir a uma crise da dívida nos mercados emergentes.
4. A possível fratura da União Europeia. A análise lembra os ataques terroristas em Paris e a crise de refugiados que está a atingir a Europa. Os especialistas avisam que num cenário de fechamento de fronteiras, os fluxos comerciais e a cooperação econômica vão ser prejudicados, deixando os países mais frágeis da zona do Euro ainda mais vulneráveis no caso de uma nova crise econômica.
5. A saída da Grécia da zona do Euro e a consequente ruptura da UE é o quinto maior risco da lista.
6. A crescente ameaça do terrorismo que pode destabilizar a economia global, os britânicos saindo da União Europeia (o brexit), as disputas territoriais no Mar da China Meridional e a queda de investimentos no setor de petróleo que pode conduzir a um grande aumento dos preços do petróleo.
7. A criação da Nova Rota da Seda, entre o BRICS e a África.
E o governo brasileiro, ao que parece, está alheio a tudo isto.
Davos revelou: eram 19% os investidores que consideravam o Brasil um dos três países com ambiente favorável para investir no governo Dilma. Depois do golpe este percentual caiu para 8% conforme divulgado dias atrás:
https://noticia-final.blogspot.com.br/2017/01/o-fiasco-do-brasil-no-forum-de-davos.html#more