A imagem aí de cima é a do Agregador de Pesquisas do Estadão, que calcula a média dos resultados de todas as pesquisas de opinião e, assim, dá mais certeza de que representem o pensamento da população. E mostra o que realmente conta no resultado: a percentagem dos votos válidos, a referência oficial para haver ou não segundo turno nas eleições presidenciais.
Os números falam por si: Lula tem 50% e, portanto, está no limite para alcançar uma decisão que nos proteja de, entre um turno e outro, de uma “virada de mesa” que custará décadas de retrocesso ao nosso país.
Não é uma polarização, é uma encruzilhada. O fiasco em construir-se, durante um ano e sob uma intensa propaganda da mídia, uma “terceira via” demonstra, a qualquer pessoa razoável que são estas as opções, e apenas estas.
Muito menos é um jogo eleitoral limpo, mas um vale-tudo feito com o dinheiro público e o futuro do país para beneficiar o atual mandatário.
Trata-se, portanto, uma situação que não permite devaneios ou caprichos pessoais ou partidários, porque cada um deles é um perigo para o direito dos brasileiros à liberdade, à democracia e ao convívio civilizado.
O país que queremos é o das pistolas e fuzis, o dos alucinados ameaçadores, o dos racistas, o do fanatismo, o da indiferença ao sofrimento e à morte?
Cada voto em Lula é, antes e acima de tudo um voto contra um golpe, golpe na democracia e nos direitos de um povo humilde, mas lúcido. Que, mostram as pesquisas, sabe muito bem o que escolher, ao contrário de nós, elite (porque viramos um país em que “remediados” passaram a ser elite) que tergiversamos diante do óbvio e do necessário.
Tem sido cada vez mais difícil escrever, de tão evidentes que as coisas estão. Tudo o que se pode dizer soa a pleonasmo, porque a realidade só pode deixar de ser vista pelos que têm a névoa do preconceito e do ressentimento a turvarem-lhes a visão.
Lula tem dado mostras de que está disposto a dissolver estas resistências e tem provado que está disposto a partilhar o poder com quantos queiram vencer este tempo terrível da vida brasileira.
Que se deixe de lado a arrogância, a agressividade ou o desejo de “lacração” e se diga apenas a verdade, que cada voto conta nesta reconquista do Brasil.