Cadê a turma que criticava o “populismo econômico”?

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O Estadão traz hoje a confirmação do que já vinha sendo comentado “pelas beiradas”.

O governo real – leia-se Temer  e seu braço direito Eliseu Padinha – preparam um novo “pacite de bondades” para enfiar  goela abaixo dos seus “cuidadores” do mercado financeiro, Henrique Meirelles à frente.

Vai elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda de forma cavalar. Ninguém pode contestar que os limites de taxação hoje são baixos, muito baixos. Ou que o tipo dos descontos é baixo, sobretudo quando se considera que são isentos  os rendimentos das pessoas físicas, se proveniente de empresas – onde são taxados a alíquotas bem menores. Leizinha, intocável, da era FHC.

Fazer isso num momento em que a arrecadação federal e a dos Estados – que recebem parte da receita do IR – está arruinada e os déficits explodem.

As desonerações pontuais, vinculadas a manutenção da produção e do emprego eram consideradas “populismo econômico”.

Obvio que não é erro aliviar tributos para elevar consumo, como se fez, por exemplo, na isenção de IPI nos carros populares e e na linha branca de eletrodomésticos no Governo Lula. Mas era uma renúncia fiscal diretamente relacionada, como se disse, à produção e ao consumo. Portanto, à atividade econômica real.

A regra agora é pegar o dinheiro dos recursos estatais ou sob seu controle e joga-los no mercado na base do “barata voa”: quem tiver  mais força pega mais. Nas condições atuais de musculatura da economia brasileira, não é difícil imaginar quem o pegará, não é?

No caso trazido á tona pelo Estadão, a correspondência é direta: cada real da isenção que se der, acima de um limite razoável, é um real que se subtrai na já cambaleante arrecadação.

Vai para o mercado financeiro enlouquecido, que perdeu todas as âncoras na economia real, como também registra o mesmo Estadão, em sua capa: a economia real patina.

 

 

 

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8 respostas

  1. Num país com governo sério, essa medida seria acompanhada com pesado imposto sobre grandes fortunas, como existe em países da Europa. Mas isso, obviamente, esses gângsteres não farão.

    1. Exatamente Roberto. No mínimo deveriam começar a taxar “pro labore”. Isso é básico! Todo país do mundo faz isso…

  2. Agora que sabemos que nenhum delator delatou Lula e que o MP não tem provas contra ele, por que diabos o MP começou investigação contra ele?
    Sim, pois a investigação tem um que partir de algo.
    No caso de Lula, tá parecendo que é só perseguição política.

    1. Vicente claro que de cara viram que o triplex e sítio não eram do Lula. Precisavam dum pretexto para poder quebrar os sigilos fiscais, telefônico etc dos familiares, amigos, funcionários, enfim de possíveis laranjas. Na pior das hipóteses encontrariam 10 mil movimentados ilegalmente, sonegado, etc. Mas parece que nem isso.

      1. Pois o mais estranho é que tudo indica que o MP, que deveria investigar fatos, escolheu uma pessoa, o Lula, e fez uma devassa na esperança de encontrar algo. Aquilo que os bloqueios progressistas suspeitavam fica a cada dia mais evidenciado. Investigações políticas contra Lula.

  3. “Obvio que não é erro aliviar tributos para elevar consumo, como se fez, por exemplo, na isenção de IPI nos carros populares e e na linha branca de eletrodomésticos no Governo Lula. Mas era uma renúncia fiscal diretamente relacionada, como se disse, à produção e ao consumo. Portanto, à atividade econômica real.”
    Isentar uma indústria puramente estrangeira que pratica preços abusivos no Brasil não é erro? Parae…

  4. A renúncia fiscal era para manter a atividade econômica e, principalmente, os empregos. Hoje a industria deve estar operando com 50% da capacidade. Nos tempos do PT as montadoras operavam em 3 turnos.

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