Candidatura e taxa da segurança: Temer desmente, quem acredita?

Como ninguém acredita em Michel Temer, os desmentidos que faz ou manda fazer têm o valor de confirmação daquilo que tenta negar.

O porta-voz do Palácio do Planalto ter de dar declarações oficiais, por nota oficial aos  jornalistas, de que não autorizou seu marqueteiro, Elsinho Mouco, a tratar de relações entre a intervenção no Rio de Janeiro e suas pretensões eleitorais acabou confirmando tudo o que Bernardo de Mello Franco publicou hoje em O Globo.

O texto, claro, silencia sobre o objeto da notícia: a intenção do presidente em ser candidato em outubro.

A outra “furada” foi a declaração de Rodrigo Maia, em sua escalada verbal contra Temer, de que o presidente pretendia criar um “imposto da segurança” e que foi dissuadido disso pelo presidente da Câmara, como conta o Estadão.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira, 21, que o presidente Michel Temer apresentou em conversas nos últimos dias uma proposta de criação de um imposto para custear gastos com segurança pública no Brasil. Maia, no entanto, classificou a medida como “inviável”.
“Expliquei: é inviável, porque, por lei, tem que ser (valer) para o próximo ano e, por emenda
constitucional não pode por causa do decreto (que autorizou intervenção federal na segurança do Estado do Rio)”, declarou Maia em rápida entrevista na Câmara.

A taxa da segurança, claro, foi para a gaveta das “genialidades de curta duração”, como a “suspensão da intervenção para votar a Previdência” e o “mandado de busca coletivo”.

Além do princípio constitucional da anualidade – imposto só vale no ano seguinte – alguém aí já imaginou um imposto federal que valesse apenas para contribuintes de um estado ou, ao contrário, um imposto nacional cuja arrecadação se destinasse a financiar ações em um único estado?

Será que o ilustre constitucionalista que nos preside nega-lo-á ou, ao menos, esclarecê-lo-á?

 

Fernando Brito:

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  • Imposto de segurança? Aproveita e cria o imposto da saúde, o imposto da educação e o imposto da corrupção. Aí fica bom: o povo financia tudo, além de pagar imposto sobre salários e de tudo o que consome. Que tal um "imposto para respirar"?

  • Belchior, um gênio cancioneiro, talvez tenha feita essa música para o vampirão:

    NÃO LEVE FLORES

    Não cante vitória muito cedo, não
    Nem leve flores para a cova do inimigo
    Que as lágrimas do jovem
    São fortes como um segredo
    Podem fazer renascer um mal antigo

    Tudo poderia ter mudado, sim
    Pelo trabalho que fizemos - tu e eu
    Mas o dinheiro é cruel
    E um vento forte levou os amigos
    Para longe das conversas, dos cafés e dos abrigos
    E nossa esperança de jovens não aconteceu, não, não

    Palavra e som são meus caminhos pra ser livre
    E eu sigo, sim
    Faço o destino com o suor de minha mão
    Bebi, conversei com os amigos ao redor de minha mesa
    E não deixei meu cigarro se apagar pela tristeza
    Sempre é dia de ironia no meu coração

    Tenho falado à minha garota
    Meu bem, difícil é saber o que acontecerá
    Mas eu agradeço ao tempo
    O inimigo eu já conheço
    Sei seu nome, sei seu rosto, residência e endereço
    A voz resiste. A fala insiste: Você me ouvirá
    A voz resiste. A fala insiste: Quem viver verá

  • CIRO foi ministro do Itamar Franco, não de FHC. Mas Ciro, nesta época, era do PSDB.

  • Já criaram tanto imposto que o povo já não aguenta mais, eu lembro por exemplo, do CPMF foi criado pelo PSDB, para saúde e o Serra roubou.

  • Nunca esquecendo que tudo que estamos sofrendo vem da mídia judiciário mercado coxinha, onde vamos parar ? Ninguém sabe, provavelmente em um desfiladeiro rumo ao inferno onde nos jogaram por não aceitarem um Brasil mais justo

  • O Ciro já havia saído do PSDB, por incompatibilidade com Serra e se filiou ao PPS de Roberto Freire.

  • Para tudo há um jeito: deixa a segurança por conta do mercado...privatiza-la-á é a solução, Temer!

  • "Será que o ilustre constitucionalista que nos preside nega-lo-á ou, ao menos, esclarecê-lo-á?"
    eu ri, mas é para chorar.

  • Ladies and Gentlemans:

    Mais perdido que cego em tiroteio;

    Mais perdido que barata em galinheiro;

    Mais perdido que biscoito em boca de banguela,

    Com vocês...Micheeeeeeeeeel Temer!

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